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segunda-feira, 11 de dezembro de 2017

IRAQUE DECLARA O FIM DA GUERRA COM O ESTADO ISLÂMICO

O primeiro-ministro Haider al-Abadi disse em uma conferência em Bagdá que as tropas iraquianas estavam agora no controle total da fronteira Iran-Iraque. A zona fronteiriça continha as últimas áreas, realizada após a perda da cidade de Rawa em novembro.
O Departamento de Estado dos EUA saudou o fim da ocupação do Estado Islâmico no Iraque e disse que a luta contra o grupo continuaria.
O anúncio do Iraque ocorre dois dias depois que o exército russo declarou ter realizado sua missão de derrotar o Estado Islâmico na vizinha Síria.
O grupo jihadista apreendeu em vastas partes da Síria e do Iraque em 2014, quando proclamou um "califado" e impôs seu governo sobre cerca de 10 milhões de pessoas.
Porém sofreu uma série de derrotas nos últimos dois anos, perdendo a segunda cidade de Mosul em Iraque em julho e sua capital de fato de Raqqa no norte da Síria no mês passado. Alguns traficantes do Estado Islâmico se espalharam para o campo sírio, enquanto outros acreditam ter escapado pela fronteira turca.
Este é inegavelmente um momento orgulhoso para o primeiro-ministro Abadi foi uma vitória que, desta vez, parecia que só poderia ser retórica e não real.
Mas se a guerra militar direta com o Estado Islâmico no Iraque está genuinamente acabada e as forças de elite do país agora podem voltar atrás, depois de um conflito que lhes custou muito, isso não significa que a batalha contra a ideologia do grupo ou a sua habilidade de organizar uma insurgência está terminada - seja no Iraque, na Síria ou no mundo mais amplo.
Os ataques podem estar em um nível mais baixo do que eram, mas as cidades iraquianas ainda são vítimas dos terroristas suicidas, enquanto as condições que alimentaram o crescimento do jihadismo permanecem, mesmo em um território recapturado.

Fonte: BBC News

quinta-feira, 7 de dezembro de 2017

JERUSALÉM É RECONHECIDA COMO A CAPITAL DO ESTADO DE ISRAEL PELO GOVERNO AMERICANO

A comunidade internacional espera uma escalada de confrontos na região com o anúncio do presidente Donald Trump de que os EUA reconhecem Jerusalém como capital de Israel, ocorrido nesta quarta-feira. Já segundo Trump, a medida "é uma condição necessária para atingir a paz".
"Nós não estamos próximos de um acordo de paz duradouro, seria uma loucura assumir que a repetição da mesma fórmula possa conquistar algo diferente", discursou Trump, , em defesa de sua decisão de alterar o status da cidade.
A primeira reação internacional foi do secretário-geral da ONU, Antonio Guterres, criticando "medidas unilaterais" relacionadas à questão Israel-Palestina e afirmando que Jerusalém tem de ser reconhecida como "capital de Israel e da Palestina".
Jerusalém foi erguida no alto do Monte Moriah. Para os cristãos, esse foi o palco da paixão de Cristo, onde Jesus foi crucificado, morto e sepultado. Para os muçulmanos, é o lugar onde o profeta Maomé ascendeu aos céus. Já segundo a tradição judaica, a cidade fundada pelo rei Davi é o local onde foi construído um templo guardar a Arca da Aliança, onde estariam as tábuas dos Dez Mandamentos.
Por isso, até hoje Jerusalém atrai peregrinos de diferentes religiões em busca de lugares sagrados.
Na tentativa de manter a neutralidade e não influenciar diretamente o já complicado acordo de paz na região, a comunidade internacional nunca reconheceu a soberania de Israel sobre a cidade. A maioria dos países, por exemplo, estabeleceu representações diplomáticas em Tel Aviv e arredores, mas não em Jerusalém.
Por isso, o anúncio do reconhecimento de Jerusalém como capital de Israel por Donald Trump e a mudança da embaixada têm sidos criticados até mesmo por aliados dos EUA.
Antes do discurso de Trump nessa quarta-feira, a Arábia Saudita e o Egito se manifestaram contrários às mudanças. O primeiro-ministro turco Binali Yildirim disse que "Jerusalém é um assunto delicado para o mundo islâmico. Nossa expectativa e esperança nesse assunto é que nenhum passo seja dado. Imposições e maus passos podem levar a consequências irreversíveis".
O presidente da França, Emmanuel Macron, ttambém teria alertado a Trump, por telefone, que reconhecer Jerusalém como capital de Israel seria má ideia. Até mesmo o papa Francisco se manifestou pedindo que o status atual seja mantido.
Fonte: BBC Brasil

quarta-feira, 22 de novembro de 2017

DITADOR ROBERT MUGABE RENUNCIA NO ZIMBÁBUE


No início na tarde do dia 14 de Novembro de 2017, em Harare, capital do Zimbabwe. Efectivos do Exército Nacional do Zimbabwe tomaram posições em torno de Harare, tomando o controlo da emissora de televisão estatal, a Zimbabwe Broadcasting Corporation (ZBC), e de outras áreas da cidade. No dia seguinte, os militares emitiram um comunicado afirmando que não se tratava de um golpe de Estado, e que o Presidente Robert Mugabe estava em segurança, embora a situação apenas voltaria ao normal após terem tratado dos "criminosos" em torno de Mugabe, responsáveis pelos problemas sócio-económicos do Zimbabwe.
O golpe foi levado a cabo no contexto de tensões crescentes no partido no poder, o ZANU–PF, entre o anterior Vice-Presidente Emmerson Mnangagwa, apoiado pelos militares, e a Primeira Dama Grace Mugabe, apoiada pela jovem facção G40, acerca de quem poderá suceder ao idoso Presidente Mugabe, agora com 93 anos. Uma semana após Mnangagwa ter sido demitido e forçado a fugir do país, e no dia anterior à entrada das tropas em Harare, o Comandante das Forças Armadas, Constantino Chiwenga emitiu um comunicado afirmando que as purgas de elementos séniores do ZANU-PF como Mnangagwa terão que acabar.
Ao fim da tarde de 14 de Novembro, testemunhas descreveram vários caminhões militares cheios de soldados, e pelo menos seis tanques em estradas a caminho de Harare, e deslocando-se em comboio pela cidade. Foram avistados dois tanques estacionados na principal estrada que liga Harare e a cidade de Chinhoyi, numa zona localizada a cerca de vinte quilómetros da capital. Segundo outras testemunhas, quatro tanques fizeram inversão de marcha ao chegar a Harare, seguindo em direcção ao complexo da guarda presidencial situado num subúrbio de Harare. Uma segunda coluna de veículos militares foi depois observada seguindo pela mesma estrada. No entanto, não foram observados sinais de tropas no aeroporto, nem na residência do Presidente Robert Mugabe. Não é ainda claro quem terá ordenado as movimentações militares.
Na noite desse dia, dois funcionários da televisão pública do Zimbabwe, a ZBC, relataram à Reuters que a sede havia sido ocupada por militares, indicando que alguns funcionários haviam sido manietados. A informação fornecida pelos soldados foi que não havia motivo para preocupação, e que estavam ali apenas para proteger o local. Apesar destas informações, a estação continuou a sua programação habitual, e a única presença militar no exterior continuou sendo o habitual destacamento de guardas. De acordo com os militares, estas acções foram motivadas pelas ordens dadas à ZBC para que não transmitisse a declaração dos militares emitida na segunda-feira.
Na mesma noite, foram ouvidas pelo menos três explosões na capital do país, Harare, e foram vistos veículos militares nas ruas. Embora relatos sugerissem que a capital se encontrava num estado de caos, na noite de 15 novembro as ruas de Harare encontravam-se desertas, sob a chuva.
Jacob Zuma, Presidente da África do Sul, afirmou que Robert Mugabe foi colocado sob prisão domiciliária pelo exército do Zimbabwe. Mugabe disse a Zuma, por chamada telefónica, que estava bem, mas impedido de abandonar a sua residência.
No dia 21 de novembro de 2017, Mugabe renunciou à Presidência da República e em seu lugar assumiu o vice Emmerson Mnangagwa.


quinta-feira, 9 de novembro de 2017

NAVIO CHINÊS QUE CRIA ILHAS PODE MUDAR O MAPA DO SUDESTE ASIÁTICO

Um novo navio lançado pela China foi descrito como um "criador mágico de ilhas", sendo que, ele pode escavar grandes "pedaços do fundo do mar e transportá-los por até 15 quilômetros. A ideia seria criar novas ilhas e explorar ainda mais as disputadas águas do Mar da China Meridional e a embarcação foi apresentada pelas autoridades na véspera da visita do presidente dos EUA ao país. 

O Instituto de Estudo e Desenho Marinho de Xangai garante que o navio, chamado Tian Kun Hao, tem o maior contador da Ásia, capaz de escavar muito fundo e transportar areia por longas distâncias. Entretanto, a China é acusada de construir ilhas artificiais no Mar da China Meridional para reforçar sua reivindicação pelas águas, hoje disputadas por vizinhos como Vietnã, Filipinas, Malásia, Brunei e Taiwan.

O nome do navio Tian Kun Hao significa um lendário e enorme peixe que pode se transformar em um pássaro mítico. O navio possui um comprimento de 140 metros, capaz de escavar 6 mil metros cúbicos por hora, equivalente a três piscinas do tamanho padrão, a 35 metros de profundidade abaixo do nível do mar.

O navio pode escavar qualquer coisa - desde areia e terra até coral. O navio corta material do fundo do mar, suga e transporta tudo isso por até 15 quilômetros de distância do navio para acumulá-lo e formar um novo território "recuperado". Navios similares, ainda que menores, foram utilizados para construir ilhas no Mar da China Meridional no inicio de 2013.

Fonte: BBC Brasil

terça-feira, 7 de novembro de 2017

O BRASIL NA COP23

Apesar de queda do desmatamento, o país chega a Conferência do Clima (COP23) em meio ao aumento de emissões e críticas por retrocessos ambientais. Detentor da maior floresta tropical do mundo busca mais recursos para a Amazônia.

A postura do governo brasileiro em sua participação na COP23 em Bonn, na Alemanha, a partir do dia 6 de novembro. Em conversa com a imprensa internacional às vésperas da COP, o ministro do Meio Ambiente, afirmou que, ao contrário do que tem sido noticiado dentro e fora do país, não houve retrocessos no cuidado com o ambiente.

"No último ano, as notícias e versões que se deram não corresponderam, de fato, àquilo que o governo fez. Nós avançamos na política ambiental e impedimos que essa política ambiental pudesse gerar qualquer impossibilidade de cumprir ao Acordo de Paris", afirmou o ministro Sarney Filho.
Apesar do otimismo do ministro, há poucos meses, o principal doador do Fundo Amazônia, o governo da Noruega, criticou o Brasil por seguir a "direção errada" na política ambiental. Na sequência, o país escandinavo anunciou o corte de 50% no repasse de recursos ao fundo internacional criado para combater o desmatamento.

No final de outubro, o relatório independente divulgado pelo Sistema de Emissões de Gases de Efeito Estufa (SEEG) apontou que as emissões no Brasil aumentaram 9% em 2016.

Em Berlim, lideranças indígenas que vieram à Alemanha para participar da COP23 discordam do ministro. "Não há nada de bom na política ambiental brasileira recente", afirma Sonia Guajajara, da Articulação dos Povos Indígenas no Brasil (APIB). Ela integra um grupo de lideranças da América Latina que viajou, de ônibus, por capitais europeias para falar sobre o papel da floresta no combate às mudanças climáticas.

"Há uma contradição muito grande entre o que é apresentado no discurso internacional e o que é feito na prática. Nós estamos num momento de total desmonte da política ambiental, dos direitos indígenas e sociais como um todo", disse à DW Brasil.





segunda-feira, 6 de novembro de 2017

COP23 COMEÇA COM A SAÍDA DOS EUA NO ACORDO DE PARIS

A 23ª Conferência do Clima começa no dia 6 de novembro, que vai dar andamento ao Acordo de Paris com o grande desafio de superar a saída dos EUA e, ainda assim, manter as metas estabelecidas em dezembro de 2015. Metas que o Brasil não tem conseguido cumprir e, portanto, pode ser fortemente cobrado por isso.

Ao declarar aberta a conferência, o presidente da COP23 lançou um pedido para uma ação urgente da comunidade internacional. 

"Nosso apelo coletivo é que se mantenha o rumo fixado em Paris", declarou o primeiro-ministro de Fiji, Frank Bainimarama.
Quem lidera a Conferência do Clima das Nações Unidas a cada ano é o país anfitrião. Algo que nessa edição não acontece, já que as Ilhas Fiji não se consideram capazes de acomodar 25 mil negociadores, ambientalistas e jornalistas: o Estado insular no Pacífico Sul sequer dispõe de um centro de convenções grande o suficiente.

A caravana do clima se instala para a COP23, de 6 a 17 de novembro, na cidade de Bonn, a antiga capital alemã. Porém Fiji é que encabeça o encontro, mais exatamente o ex-general Frank Bainimarama, que governa com punho de ferro o Estado formado por 322 ilhas.

Os ambientalistas esperam que Bainimarama faça confluir os diferentes interesses em jogo e aponte possíveis consensos. Sabine Minninger, especialista do serviço de desenvolvimento das Igrejas luteranas alemãs Brot fur die Welt, já visitou o arquipélago Fiji diversas vezes.

"Eles aproveitarão a conferência para enfatizar a vulnerabilidade dos Estados insulares do Pacífico. Estes são especialmente afetados pela mudança climática, desde já, devido à elevação do nível do mar. Ela já forçou Fiji a ter o primeiro lugarejo do mundo realocado por causa da mudança climática."
Um dos temas mais importantes será a concretização do Acordo do Clima de Paris de 2015. Seus signatários se comprometem por meio de metas climáticas nacionais, cuidar para manter o aquecimento global abaixo de 2ºC. Além disso, os diferentes planos nacionais para o clima devem poder ser comparáveis entre si. E, se possível, as metas para o futuro devem ser formuladas de forma mais ambiciosa.

A ministra alemã do Meio Ambiente, Barbara Hendricks, só ocupa o cargo de forma interina, pois a composição do novo governo da Alemanha ainda está sendo negociada. Ainda assim, a política social-democrata quer aproveitar essa última atuação internacional para deixar sua marca por meio de trabalho persistente nos detalhes.

"Eu espero que demos passos para definir como vamos preencher o Acordo do Clima. À primeira vista, não parece nada de espetacular. Mas é como se uma nova lei, de âmbito mundial, tivesse sido aprovada em dezembro de 2015, em Paris. E para tal são precisas regras de implementação."
Quase todos os Estados-membros da ONU se comprometem com o Acordo de Paris, apenas Turquia, Rússia e Irã ainda têm que ratificá-lo. Fora isso, há o problema principal: os Estados Unidos. 










sexta-feira, 3 de novembro de 2017

CUBA VOLTA A SE RELACIONAR COM A RÚSSIA APÓS RELAÇÃO FRIA COM OS EUA

A medida que as relações com os EUA esfriam, Havana se aproxima cada vez mais de Moscou. Do petróleo e energia ao esporte e cultura, Putin amplia consequentemente a influência russa no Caribe.

Em julho de 2014, uma notícia de um conceituado diário russo chamou a atenção: Moscou pretenderia reativar em Cuba sua estação de espionagem Sigint, a 160 quilômetros do litoral americano.

O maior posto secreto de monitoração fora da Rússia, que já chegara a abrigar 3 mil funcionários, fora utilizado durante a Guerra Fria para interceptar comunicações telefônicas e radiofônicas americanas.

O presidente Vladimir Putin havia ordenado o fechamento da estação em 2001, alegando motivos financeiros.

Os supostos planos de reabertura, três anos atrás, deram a impressão de um interesse renovado de Moscou na América Latina e em sua aliada de longa data, Cuba e, em especial devido às tensões russas com o Ocidente e os EUA, agravadas pelo conflito na Síria e a crise na Ucrânia.

Na prática, a Sigint continua desativada, mas as condições circunstanciais hoje são semelhantes às de meados de 2014.

Enquanto as relações entre Havana e Washington esfriam rapidamente, depois de supostos "ataques acústicos" contra diplomatas americanos na ilha caribenha, os laços de Cuba com o antigo parceiro Moscou voltam a se estreitar cada vez mais. 


quinta-feira, 26 de outubro de 2017

INCÊNDIO NA CHAPADA DOS VEADEIROS DURAM MAIS DE 10 DIAS

Uma das mais importantes unidades de conservação do país, a Chapada dos Veadeiros (GO), tem sido consumida por um incêndio de grandes proporções há nove dias. Um quarto do parque já foi devastado, a despeito dos esforços de mais de 200 brigadistas que se revezam no combate às chamas, ainda sem controle.

O cenário à noite, com focos de fogo espalhados em meio à vegetação, parece com o de um vulcão em atividade, afirmam eles.

Segundo o chefe da unidade de conservação, Fernando Tatagiba, o incêndio começou com um ato criminoso. 
"Não existe a possibilidade de combustão espontânea nessa região e 100% dos incêndios na seca no cerrado são provocados pelo homem".
De acordo com o chefe da unidade, apenas raios podem ser considerados causa natural de incêndio mas não chove na área há mais de um mês.

A ação humana, porém, tem mostrado sua face positiva diante do incêndio. Desde o inicio do incidente, centenas de mais de 200 pessoas, entre brigadistas e voluntários, têm trabalhado 24 horas por dia na tentativa de conter as chamas.

Elas se revezam no manuseio de abafadores, transporte de água aos locais incendiados e monitoramento do avanço das chamas.

Entre os voluntários está o fotografo paulista Davi Boarato, de 34 anos, autor das imagens que ilustram essa reportagem. Há pelo menos uma semana ele se reveza entre a câmara fotográfica e o abafador.

"O fogo começou a chegar bem perto da minha casa e dos meus vizinhos. Numa noite, vi o fogo descendo morro abaixo", relembrou o fotografo. "Ficamos de 1 hora até as 8 e 30 trabalhando, e depois veio outro grupo."
Pessoas estão se juntando para montar kits de alimentos para brigadistas e voluntários. No WhatsApp, grupos trocam informações, uma casa virou uma "central" de mobilização e gente de Brasília está fazendo bate-volta para ajudar.

"O mais triste é ver a fauna se perdendo. Vemos ovos de passarinho queimados, já marrons. A estrada está um silêncio e há um vazio meio chocante", conta o fotografo, que tem acompanhado workshops de funcionários do zoológico de Brasília em seu trabalho de resgate de animais feridos que fugiram das chamas.

Fonte: BBC Brasil



quinta-feira, 19 de outubro de 2017

FORÇAS DA SÍRIA DECLARAM VITÓRIA NA BATALHA DE RAQQA

Batalha de Raqqa na quinta fase da Campanha de Raqqa, parte de uma série de ofensivas militares lançadas pelas Forças Democráticas Sírias (SDF) contra o Estado Islâmico (ISIL) na cidade de Raqqa, considerada a capital de facto do autodenominado califado.
A batalha começou no dia 6 de junho de 2017 e contou com apoio de bombardeiros e forças terrestres da Coalizão liderada pelos Estados Unidos. A operação foi chamada de Grande Batalha pelas SDF.

Após mais de cinco meses de violentos combates na cidade, as forças curdas anunciaram que estavam no controle total de Raqqa, com os jihadistas do Estado Islâmico em retirada da região. Segundo observadores, a cidade foi deixada em ruínas, com milhares de mortos, principalmente civis.
Em junho de 2017, Raqqa continuava sendo a única grande cidade síria inteiramente sob o controle do Estado Islâmico, sendo assim,o efetivo centro de operações do mesmo. Raqqa foi o centro de planejamento dos ataques terroristas contra cidades europeias.
A Campanha de Raqqa foi anunciada pelas SDF. Em novembro de 2016 em um esforço para conquistar a cidade, e tem resultado na recuperação de uma grande área na Província de Raqqa do Estado Islâmico, incluindo a cidade de al-Thawrah, e a infraestrutura em Barragem de Tabqa, e Barragem Baath.
Cerca de 500 soldados das Forças Especiais Americanas estão operando em solo no nordeste da Síria em suporte a Campanha de Raqqa. Os EUA e outros membros da coligação estão suprindo armamento pesado, serviços de inteligência, suporte de comunicação e outras ajudas para a SDF como parte da intervenção estrangeira no conflito.
A batalha começou em um período turbulento para a coalizão. As pressões internas foram elevadas pela crise diplomática no Catar, que fez com que as relações entre o Catar e outros países membros fosse cortada, e que foi publicamente apoiada pelo presidente americano Donald Trump.
Moradores locais disseram que militantes do Estado Islâmico tem abandonado em massa a cidade e viajado para Deir ez-Zorem antecipação ao ataque a sua capital.
Existem boatos de que o grupo iria atacar a cidade - boato esse mantido pelo Forças Armadas da Síria - num esforço para manter uma última resistência.

terça-feira, 17 de outubro de 2017

EXPLOSÃO DE CAMINHÃO-BOMBA NA SOMÁLIA DEIXA MAIS DE 320 MORTOS E FERIDOS

Em 14 de outubro de 2017, uma enorme explosão causada por um caminhão-bomba em Mogadíscio, capital da Somália, deixou ao menos 320 mortos e centenas de feridos.
Embora nenhum grupo tenha assumido responsabilidade, as autoridades senegalesas acreditam que o ataque foi feito por uma célula do grupo al-Shabaab, por conta da prisão de um membro-chave enquanto dirigia um segundo veículo repleto de explosivos para a cidade no dia da explosão.
Em resposta aos atentados, o presidente da Somália, Mohamed Abdullahi Mohamed declarou três dias de luto.
Durante o verão de 2011, a região da África Oriental enfrentou uma seca e houve escassez de alimentos, particularmente na região Somali, forçando dezenas de milhares de pessoas a atravessar a fronteira da Etiópia e do Quênia para se refugiarem. O grupo Al-Shabaab ameaçou expulsar os grupos de ajuda que estavam trabalhando na área, ao que as tropas da AMISOM da União Africana entraram em ação para expulsar os guerrilheiros do Al-Shabaab da região.
Em julho de 2010, o Al-Shabaab também assumiu a responsabilidade por um atentado em Kampala, Uganda, em retaliação ao apoio e presença de Uganda na AMISOM.

Em 14 de outubro de 2017, um caminhão cheio de explosivos foi detonado perto do Safari Hotel no distrito de Hodan. Fontes próximas ao governo disseram que o caminhão continha uma mistura de explosivos de uso militar e explosivos caseiros. O caminhão tinha sido detido brevemente em um posto de controle, mas foi autorizado a prosseguir depois das autoridades locais o liberarem; em seguida, foi parado por agentes de segurança enquanto estava preso no congestionamento. Quando estava prestes a ser revistado, o motorista acelerou e colidiu com uma barreira, e o caminhão explodiu. Acredita-se que o alvo era um ministério do governo. O ataque foi agravado por um caminhão de combustível que estava estacionado próximo e pegou fogo na explosão. O prédio do Safari Hotel entrou em colapso, prendendo muitas pessoas sob seus escombros, e a construção da embaixada do Catar foi severamente danificada.
Um segundo caminhão-bomba também explodiu no mesmo dia, matando duas pessoas no distrito de Madina. Mais um veículo bomba foi interceptado e parado.
Em 16 de outubro, pelo menos 320 pessoas foram mortas no atentado. O total de mortes pode nunca ser conhecido com certeza, pois os restos de muitas pessoas podem não ser encontrados devido ao intenso calor da explosão, e outros podem ter sido enterrados rapidamente por parentes seguindo o costume islâmico. Por volta de 160 corpos não puderam ser reconhecidos e foram enterrados pelo governo um dia após o atentado. Mais de uma centena de feridos foram levados para o hospital de Madina.


quarta-feira, 11 de outubro de 2017

ESPANHA QUER QUE A CATALUNHA ESCLAREÇA SE FEZ A DECLARAÇÃO DE INDEPENDÊNCIA

O primeiro-ministro espanhol, Mariano Rajoy, pediu que o líder catalão Carles Puigdmont esclareça oficialmente se ele declarou a independência da Catalunha, o que abre caminho para uma eventual intervenção federal na autonomia da região.

O governo solicitou formalmente o governo da Generalitat para confirmar se declarou a independência, explicando que esse requisito é prévio a qualquer medida que o governo possa adotar nos termos do artigo 155 da Constituição, que dá o poder ao governo central de suspender a autonomia regional.

O artigo 155 da Constituição da Espanha permite que o governo espanhol suspenda a autonomia política da Catalunha e tome o controle da região. O artigo estabelece que o requerimento como passo anterior à intervenção da autonomia. Se o líder catalão não responder, o artigo 155 prevê que o governo central adote, com apoio de uma maioria absoluta no Senado,  as medidas necessária para obrigar a Catalunha ao cumprimento forçado da lei. Atualmente, o Partido Popular de Rajoy tem esta maioria na Câmara Alta.

Em seu discurso na terça-feira no Parlamento catalão, o líder deixou em suspenso a declaração de independência da região para tentar abrir um diálogo com o governo espanhol. Logo em seguida, Puigdemont, seu governo e os deputados secessionistas majoritários no Parlamento catalão assinaram uma declaração escrita de independência.



Mais cedo, o ministro das Relações Exteriores da Espanha, disse nesta quarta-feira que o discurso feito ontem pelo presidente catalão, foi uma armadilha e reiterou que o Executivo está disposto a falar no marco da Constituição.

A declaração de independência da Catalunha assinada na terça-feira pelo presidente regional e os deputados independentistas foi um ato simbólico afirmou nesta quarta-feira o porta-voz do governo catalão.

O documento assinado constitui uma república catalã como Estado independente e soberano, o que provocou grande confusão pouco depois do líder catalão pedir em um discurso no Parlamento regional, a suspensão da declaração de secessão para buscar um diálogo com o governo espanhol.







quarta-feira, 4 de outubro de 2017

CATALUNHA VAI DECLARAR INDEPENDÊNCIA DE ACORDO COM O PRESIDENTE DA REGIÃO

A Catalunha vai declarar sua independência da Espanha em questão de dias, afirmou o líder da região autônoma, Carles Puigdemont.

De acordo com o referendo de domingo, que questionava a população catalã quanto a se separar ou não do restante da Espanha, foi duramente criticado pelo governo central espanhol e reprimido pela polícia central da Espanha.


Episódios de violência policial deixaram quase 900 feridos e despertaram mais protestos nessa região do nordeste espanhol. Durante a votação, 33 policiais foram feridos, de acordo com a imprensa local.

O referendo contou com o voto de cerca de 2,2 milhões de pessoas. Segundo o governo catalão, cerca de 90% votaram a favor da independência, mas os resultados oficiais ainda não foram divulgados. Além disso, o comparecimento às urnas foi de apenas 42% dos votantes.

O líder catalão chegou a aformar que buscaria um novo entendimento com o governo de Madri, mas este reagiu ameaçando suspender a autonomia catalã. O premiê espanhol, Mariano Rajoy, afirmou que a votação de domingo "zombou" da democracia.



terça-feira, 3 de outubro de 2017

TIROTEIO EM LAS VEGAS DEIXA MAIS DE 50 MORTOS

Por volta de 22:08, um atirador de 64 anos, Stephen Craig Paddock, da cidade de Mesquite, abriu fogo a partir de um buraco feito na janela de um quarto no 32.º piso do Mandalay Bay Resort and Casino sobre a multidão que assistia a um festival ao ar livre de música country (Route 91 Harvest). Mais de 22000 pessoas estavam no local. O tiroteio resultou em pelo menos 60 mortes (incluindo o perpetrador), mais de 500 feridos e foi o maior ataque a tiros da história do país. O atirador foi achado já morto pela polícia, que arrombou o quarto. Com ele, foram encontrados 10 rifles.

O atirador foi identificado como Stephen Paddock, 64 anos de idade, nativo de Sun ValleyCondado de Los AngelesCalifórnia, que vivia em uma comunidade de aposentados em MesquiteNevada. A polícia encontrou pelo menos dez rifles dentro do quarto do hotel que Paddock tinha alugado desde 28 de setembro. Segundo a polícia, o agressor agiu sozinho e seus motivos são desconhecidos. Um porta-voz do FBI disse que a agência não tem evidência de envolvimento terrorista internacional por parte do homem armado.

Paddock possuía e geria alguns edifícios de apartamentos com sua mãe. Ele também possuía dois aviões e era um piloto licenciado. Ele tinha residências anteriores em Nevada, Califórnia, Texas e Flórida.
A polícia, os parentes e os vizinhos o descreveram como um jogador. A polícia disse que o Paddock havia feito transações de casino recentes em dezenas de milhares de dólares, mas não dizia se eram perdas ou ganhos. O pai de Paddock, o assaltante de banco Benjamin Hoskins Paddock, esteve na lista dos mais procurados do FBI por quase 50 anos depois de ter escapado de uma prisão federal.
O grupo Estado Islâmico chegou a reivindicar a autoria do ataque, mas o FBI descartou qualquer ligação entre o atirador e a organização terrorista.
Uma grande parte de Las Vegas Boulevard foi fechado por equipes da SWAT, assim como os casinos, hotéis e empresas ao redor. O Aeroporto Internacional McCarran, localizado imediatamente a sudeste do local do festival, foi fechado até o dia seguinte e vários voos foram reencaminhados ou cancelados em resposta ao tiroteio. Alguns dos que escaparam do tiroteio entraram na área do aeroporto enquanto fugiam.
O governador de Nevada, Brian Sandoval, chamou o ataque "um ato de violência trágico e hediondo que abalou a família de Nevada". O presidente Donald Trump enviou suas "calorosas condolências e simpatias às vítimas e às famílias do terrível tiroteio de Las Vegas". Em uma coletiva de imprensa pública na manhã seguinte, ele classificou o ataque como "um ato de puro mal", um "assassinato sem sentido" e "terrível". Ele elogiou a resposta rápida "milagrosa" de primeiros socorros e anunciou que as visitaria em Las Vegas em 4 de outubro, junto com familiares e policiais das vítimas. Jason Aldean, que estava tocando quando o tiroteio começou, postou suas condolências no Instagram e observou que todos os que trabalhavam consigo no espetáculo tinham sobrevivido ao ataque.
Os preços das ações de empresas fabricantes de armas caiu no dia seguinte.

segunda-feira, 2 de outubro de 2017

90% DOS CATALÃES QUEREM A INDEPENDÊNCIA DE ACORDO COM REFERENDO

O presidente da Catalunha, Carles Puigdemont, disse na noite deste domingo (1º) que a Catalunha “ganhou o direito de ser um Estado” após a realização do referendo sobre sua independência da Espanha. "Neste dia de esperança e sofrimento, os cidadãos da Catalunha ganharam o direito de ter um estado independente na forma de uma república... conquistamos o direito de sermos ouvidos, respeitados e reconhecidos", afirmou.

Puigdemont prometeu levar o resultado da votação ao Parlamento para que se atue de acordo com a lei do referendo, que prevê a proclamação unilateral de independência.

O “Sim” venceu o referendo deste domingo com 90,09% (2.020.144 votos), o “Não” teve 7,87% (176.565 votos), votos em branco foram 2,03% (45.586) e nulos foram 0,89% (20.129). No total foram registrados 2.262.424 votos, segundo o governo catalão.
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Os números foram divulgados pouco depois da meia-noite (19 horas em Brasília), com 95% dos votos apurados. Segundo o porta-voz do executivo regional, Jordi Turull, de um censo eleitoral de 5,3 milhões de pessoas, se registraram 2,26 milhões, das quais 2,02 (90%) votaram. Ele disse ainda que 770 mil pessoas não puderam votar por causa dos 400 colégios eleitorais fechados pela polícia.

Em um pronunciamento, Puigdemont disse que a independência da Catalunha “já não é um assunto interno. É um assunto europeu". Ele afirmou ainda que a União Europeia não pode "continuar olhando para outro lado" em relação à violação de direitos humanos constatada neste domingo com as agressões sofridas pelos catalães pela polícia espanhola. "O governo espanhol escreveu hoje uma página vergonhosa em sua relação com a Catalunha", criticou.

"Hoje a Catalunha ganhou muitos referendos. Temos direito de decidir nosso futuro", acrescentou.

terça-feira, 26 de setembro de 2017

CURIOSIDADES GEOGRÁFICAS (PARTE 7)

Nesta postagem, mostrarei um vídeo sobre o Canal do Panamá que liga os oceanos Atlântico e Pacífico. Eu já visitei pessoalmente o canal e recomendo a visita, principalmente pra quem curte engenharia, logística em transportes, arquitetura e geopolítica.

Assistam o vídeo da travessia:




quarta-feira, 20 de setembro de 2017

TERREMOTO DE 7,1 GRAUS ATINGE A CIDADE DO MÉXICO

O México amanheceu buscando os sobreviventes do terremoto de 7,1 na escala Richter que atingiu o país e deixou mais de 200 mortes, sendo a maior parte delas na capital.

Os trabalhos de resgate prosseguem sem descanso na Cidade do México e nos estados centrais do país em busca de sobreviventes sob os escombros dos prédios. Muitos moradores da capital não dormiram à espera dos resgates com medo de um segundo tremor.

Ao menos 45 edifícios em diferentes lugares da Cidade do México desabaram, em seis deles, pelo menos, acredita-se que há pessoas soterradas. Até o momento há 117 mortos na Cidade do México, 39 no estado de Puebla, 55 em Morelos, 12 no Estado do México e três no estado de Guerrero.

Os resgates se concentravam na zona sul e no corredor Roma-Condesa, área nobre da capital conhecida por seus bares e restaurantes e onde moram muitos estrangeiros.

Nos estados de Puebla e Morelos, onde foi localizado o epicentro do terremoto, também prosseguiam as tarefas de resgate em casas e prédios destruídos. O terremoto derrubou dezenas de prédios, destruiu encanamentos de gás e desencadeou incêndios pela capital e em outras cidades no centro do México.

O Serviço Geológico dos Estados Unidos (USGS) localizou o epicentro do tremor, cerca de 158 quilômetros a sudoeste da capital, a uma profundidade de 51 quilômetros. Com o tremor Popocatépetl, visível da Cidade do México em um dia sem nuvens, teve uma pequena erupção. Em suas encostas, uma igreja em Atzitzihuacán desmoronou durante uma missa, deixando 15 mortos, afirmou o governador de Puebla.

O México fica entre cinco placas tectônicas e é um dos países com maior atividade sísmica no mundo. A Cidade do México conta com um sistema de alertas que se ativa um minuto antes do sismo. Jornalistas da AFP disseram que, desta vez, o alerta foi ouvido apenas no mesmo momento em que se sentiu o tremor, já que o epicentro estava a menos de 200 quilômetros de distância da capital.


No dia 7 de setembro, um tremor de magnitude 8,2 atingiu a costa do estado de Chiapas, deixando 90 mortos e centenas de edifícios em ruínas, provocando centenas de réplicas. Juchitan, em Oaxaca, sofreu alguns dos piores danos no país.


O epicentro daquele terremoto foi a 700 quilômetros da capital. A distância, juntamente com medidas de segurança melhoradas nos edifícios em sequência do desastre de 1985, asseguraram que a capital tenha sido pouco afetada pelo tremor. Em 1985, um grava terremoto de 8,1 graus na escala Richter, com epicentro em Michoacan causou 10 mil mortes, segundo fontes oficiais e 45 mil, segundo a Coordenadora Única das Vítimas. O tremor provocou a destruição de um terço dos edifícios da Cidade do México.






segunda-feira, 18 de setembro de 2017

ENTENDA O GENOCÍDIO DE RUANDA

Nesta postagem, colocarei um vídeo do site "Geografia no Vestibular" explicando o genocídio em Ruanda na África, que no ano de 1994 foram mortos mais de 1 milhão de pessoas no conflito entre as etnias hutu e tutsi.


Para conhecer o site do "Geografia no Vestibular", visitem o site deles:



segunda-feira, 11 de setembro de 2017

FURACÃO IRMA PERDE FORÇA NO NORTE DA FLÓRIDA

O furacão Irma é o mais forte já registado na bacia do Oceano Atlântico fora do Caribe e golfo do México, estando empatado com o furacão do Labor Day como o mais potente ciclone a fazer landfall já registado na bacia atlântica, assim como o mais forte furacão atlântico em termos de ventos máximos sustentados desde o Wilma, em 2005, e o mais intenso em termos de pressão desde o Dean, em 2007, assim como o primeiro de tal intensidade a fazer landfall em qualquer ponto da bacia Atlântica desde o Félix em 2007. Irma é também o primeiro furacão de categoria 5 a afetar as Ilhas de Sotavento setentrionais, e o segundo registado a atingir Cuba com tal intensidade, após um furacão registado em 1924. Adicionalmente, Irma fez landfall Florida Keys com ventos de 215 km/h, e uma pressão de 929 mbar, tornando-o o furacão mais forte a atingir a Flórida em termos de velocidade do vento desde o Charley em 2004, e o mais intenso a atingir aquele estado em termos de pressão atmosférica desde o Andrew em 1992.

Irma é um típico furacão do tipo Cabo Verde, tendo-se desenvolvido a 30 de Agosto próximo das ilhas de Cabo Verde, a partir de uma onda tropical que partira da costa ocidental africana dois dias antes. É o nono ciclone tropical nomeado, o quarto furacão, e o segundo grande furacão da temporada de furacões no Atlântico de 2017. Devido às condições favoráveis, Irma rapidamente aumentou de intensidade, tornando-se um furacão de categoria 2 na escala de Saffir-Simpson em apenas 24 horas. Pouco depois tornou-se um furacão de categoria 3, sendo considerado assim um grande furacão. A intensidade flutuou durante os dias seguintes, devido a uma série de ciclos de reposição da parede do olho. A 5 de Setembro, tornou-se um furacão de categoria 5, a maior da escala, atingindo no início do dia seguinte a sua maior intensidade, com ventos de 185 mph (298 km/h) e uma pressão mínima de 0,914 bar (686 mmHg). Isto coloca-o como o segundo maior furacão do Oceano Atlântico pela velocidade dos ventos, apenas ultrapassado pelo Allen, em 1980, que alcançou velocidades de 190 mph (306 km/h). Irma manteve esses ventos de 295 km/h durante 37 horas, ultrapassando o recorde do Allen, que manteve ventos de 285 km/h durante 18 horas. Adicionalmente, Irma conseguiu uma das mais longas durações de ventos de categoria 5 jamais registadas. A baixa pressão barométrica faz também com que seja considerado o maior ciclone tropical de 2017 até à data. Após diminuir para a categoria 3 ao passar por Cuba, voltou a subir novamente para categoria 4 à medida que atravessava águas mais quentes entre Cuba e as Florida Keys.

Causou danos catastróficos em Anguilla, Antigua e Barbuda, Bahamas, Ilhas Turcas e Caicos, Ilhas Virgens, Porto Rico, São Bartolomeu e São Martinho enquanto furacão de categoria 5 com ventos de até 295 km/h (183 mph). Irma foi o furacão mais forte a atingir as Ilhas de Sotavento setentrionais, e uma das piores tempestades a atingir a região, juntamente com o furacão Donna em 1960, e o furacão Luis em 1995. A 10 de setembro, o furacão havia causado pelo menos 30 mortes: uma em Anguilla, uma em Barbados, uma em Barbuda, onze nas Antilhas Francesas, três em Porto Rico, duas no lado holandês de São Martinho, quatro nas Ilhas Virgens Americanas, e quatro nos Estados Unidos contíguos.

A evacuação de turistas e moradores em razão da passagem do Furacão Irma é a maior da história de Miami.



sexta-feira, 8 de setembro de 2017

TERREMOTO DE ESCALA 8,2 ATINGE O LITORAL SUL DO MÉXICO GERANDO ALERTA DE TSUNAMI

O terremoto de magnitude 8,2 atingiu o litoral sul do México e gerou um alerta de tsunami. O terremoto não foi apenas o mais forte no país em um século como também um dos mais potentes a atingir a América Latina desde que se tem medição de abalos sísmicos.

Nos últimos 50 anos, milhares de pessoas foram vítimas de terremotos na América Latina. O mais violento do mundo também foi na região como o terremoto de 9,5 na Escala Richter em maio de 1960, destruindo a cidade de Valdívia, que fica cerca de 740 km de Santiago.

O tremor foi seguido de um maremoto, com ondas de até 10 metros matando mais de 2 mil pessoas. As ondas gigantes apagaram do mapa cidades inteiras na costa chilenas e fizeram vítimas também em outros países banhados pelo Pacífico como o Japão, as Filipinas e os EUA.

A costa oeste da América do Sul fica numa região de encontro de duas placas tectônicas: a placa de Nazca, submersa no Oceano Pacífica, e a placa sul-americana, onde fica o continente.

O Chile é o país latino-americano onde ocorrem mais tremores por ano, devido ao fato de grande parte de seu território estar exposto aos ajustes constantes destas duas placas. Em 2010, outro tremor, de escala 8,8 devastou o centro-sul do Chile e deixou mais de 520 mortos. O abalo foi seguido por um tsunami com ondas de 2 a 6 metros de altura.

Os terremotos se produzem pelo movimento das placas tectônicas que compõem a crosta terrestre. Cerca de 90% dos tremores ocorrem ao longo das linhas de colisão entre as placas, que passam por vários países. Países que ficam próximas destas falhas como EUA, México, Guatemala, Nicarágua, El Salvador, Peru e Chile têm sofrido, ao longo dos anos, os mais devastadores terremotos de que se tem registro.





segunda-feira, 4 de setembro de 2017

CORÉIA DO NORTE FAZ TESTES NUCLEARES COM BOMBA DE HIDROGÊNIO

Após o teste nuclear de setembro de 2016, as tensões entre a Coréia do Norte, Coreia do Sul, Japão e Estados Unidos aumentaram drasticamente, especialmente após a eleição de Donald Trump para a presidência dos Estados Unidos. Por várias vezes, o líder norte-coreano Kim Jong-Un ameaçou atacar os americanos e seus aliados, inclusive com o uso de armas nucleares.
Em 15 de abril de 2017, foi realizado uma grande parada militar em Pyongyang em homenagem a Kim Il-sung, fundador do país e avô do atual líder. Foram exibidos, dentre outros armamentos, mísseis de médio e longo alcance. Nos meses seguintes, a Coreia do Norte realizou vários testes com mísseis. Um deles sobrevoou a ilha japonesa de Hokkaido, antes de cair no mar.
Em 10 de agosto, Kim Jong-Um ameaçou lançar um ataque nuclear contra a Ilha de Guam, no Pacífico, onde os Estados Unidos mantém importantes instalações militares. Ao mesmo tempo, o presidente norte americano Donald Trump ameaçou atacar o hermético país com uma “força e fúria” nunca vistas.
Em 2 de setembro, poucas horas antes do teste, a agência estatal norte-coreana KCNA mostrou uma foto de Kim Jong-Un inspecionando o que seria uma ogiva de fusão nuclear de dois estágios, que poderia ser transportada por um míssil. Segundo a KCNA, todos os componentes da bomba foram fabricados na Coreia do Norte.

Logo em seguida, a televisão estatal norte-coreana confirmou que o país realizou um teste “bem-sucedido” com uma bomba termonuclear “de poder sem precedentes” que pode ser instalada em um míssil balístico intercontinental, e que confirma a capacidade nuclear do país. Às 03:30 UTC do dia 03 de setembro, o Serviço Geológico dos Estados Unidos (USGS) e a rede sismográfica mundial IRIS registraram um forte terremoto de magnitude 6.3 na área testes de Punggye-ri. 

De imediato, autoridades sul-coreanas, japonesas e chinesas constataram que o sismo teve uma origem não natural. Este tremor foi muito mais potente do que os registrados nos testes anteriores, e foi sentido até mesmo no Japão. Alguns minutos depois, outro abalo de menor intensidade (Magnitude 4,1) foi registrado nas proximidades do local da explosão. Esse segundo sismo foi possivelmente provocado por um colapso do terreno em decorrência da detonação. Explosões subterrâneas, especialmente nucleares, geram registros sismográficos bem diferentes de um terremoto natural.

Ainda no dia 3, o secretário de defesa dos Estados Unidos James Mattis prometeu uma resposta "massiva, eficaz e esmagadora", a quaisquer ameaças norte-coreanas contra Washington ou seus aliados. Simultaneamente, militares sul-coreanos realizaram treinamentos com mísseis ar-terra e balísticos.

sexta-feira, 1 de setembro de 2017

ASTERÓIDE 3122 FLORENCE É O MAIOR ASTEROIDE REGISTRADO PELA NASA A PASSAR PELA TERRA

3122 Florence é um asteroide do grupo Amor, classificado como um objeto próximo à Terra e potencialmente perigoso, tem aproximadamente 5 quilômetros de diâmetro. Foi descoberto em 2 de março de 1981 pelo astrônomo estadunidense Schelte Bus no Observatório de Siding Spring.
Florence orbita o Sol a uma distância de 1.0–2.5 UA uma vez a cada 2 anos e 4 meses (859 dias). Sua órbita tem um excentricidade de 0.42 e uma inclinação de 22° em relação à eclíptica.
Florence é classificado como um objeto potencialmente perigoso (PHO),[2] devido à sua magnitude absoluta de (H ≤ 22) e sua distância mínima de interseção orbital é de (MOID ≤ 0.05 AU)A citação do nome foi publicada em 6 de abril de 1993 (M.P.C. 21955).
No dia 1 de setembro de 2017 passará a uma distância de 0,04723 unidade astronômicas (7 066 000 km; 4 390 000 mi) da Terra, iluminando-se para uma magnitude aparente de 8.5, quando será visível em pequenos telescópios por várias noites à medida que se mover através das constelações Piscis Austrinus, Capricornus, Aquarius e Delphinus.


quinta-feira, 31 de agosto de 2017

FURACÃO HARVEY ATINGE O TEXAS CAUSANDO GRAVES INUNDAÇÕES E AO MENOS 30 MORTES

O Furacão Harvey atingiu o solo no estado do Texas, nos EUA, como um grande furacão de Categoria 4, e é o primeiro furacão desta magnitude a atingir o país desde o Furacão Wilma em 2005, tornando-se assim o primeiro grande furacão de Categoria 3 (ou mais) a atingir os Estados Unidos em mais de 12 anos. Também é o primeiro furacão de Categoria 4 (ou mais) a atingir o país desde o Furacão Charley em 2004. 

É o primeiro furacão a atingir o estado do Texas desde o Furacão Ike em 2008, o primeiro furacão de Categoria 3 (ou mais) a atingir o estado desde o Furacão Bret em 1999 e o mais forte a atingir o estado desde o Furacão Carla em 1961, e produziu a segunda menor pressão barométrica já registrada na história do estado ao atingir o solo. Também é o furacão mais forte no Golfo do México desde o Furacão Rita em 2005.

O Furacão Harvey se desenvolveu a partir de uma onda tropical ao leste das Pequenas Antilhas no dia 17 de agosto. A tempestade atravessou as Ilhas de Barlavento no dia seguinte, passando ao sul de Barbados e depois perto da Ilha de São Vicente. Ao entrar no Mar do Caribe, o Furacão Harvey começou a enfraquecer devido ao moderado cortante do vento e degenerou-se em uma onda tropical no norte da Colômbia no início de 19 de agosto. 

Os remanescentes foram monitorados para regeneração, enquanto continuava para o oeste-noroeste em todo o Caribe e na Península de Yucatán antes de voltar a desenvolver-se sobre a Baía de Campeche em 23 de agosto. O Furacão Harvey começou a se intensificar rapidamente em 24 de agosto, recuperando o status de tempestade tropical e tornando-se um furacão mais tarde naquele dia. Movendo-se geralmente para o noroeste, a fase de intensificação do Furacão Harvey permaneceu ligeiramente estável durante a noite de 24 a 25 de agosto, porém o Furacão Harvey logo retomou o fortalecimento e se tornou um furacão de Categoria 4 no final de 25 de agosto. Horas depois, o Furacão Harvey atingiu o solo em Rockport, Texas, em sua máxima intensidade.

O Furacão Harvey tem 16 casualidades confirmadas; 1 na Guiana e 15 nos Estados Unidos. O diretor da Agência Federal de Gestão de Emergências (FEMA) Brock Long chamou o Furacão Harvey de o pior disastre na história do Texas, e espera que a recuperação demore anos.

Na região metropolitana de Grande Houston e no Sul do Texas, estima-se que um volume equivalente a 9 trilhões de galões de água de chuva tenha caído na região pela tarde do dia 27 de Agosto. Mais de 1600 voos foram cancelados e aeroportos, como o Aeroporto Intercontinental George Bush e o Aeroporto William P. Hobby, foram fechados.

Uma evacuação mandatória foi emitida para todos os cidadãos na cidade de Bay City, após projeção de modelos de previsão do tempo estimavam que o centro da cidade poderia sofrer inundações de até 3 metros de profundidade. As inundações poderiam cortar acesso à cidade por volta das 13 horas (UTC−8).

No dia 28 de Agosto, o Corpo de Engenheiros do Exército dos Estados Unidos começou a liberação controlada das águas nas barragens Addicks e Barker, que protegem a cidade de Houston do rio Buffalo Bayou, para proteger as proximidades da cidade de inundações.