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quinta-feira, 26 de outubro de 2017

INCÊNDIO NA CHAPADA DOS VEADEIROS DURAM MAIS DE 10 DIAS

Uma das mais importantes unidades de conservação do país, a Chapada dos Veadeiros (GO), tem sido consumida por um incêndio de grandes proporções há nove dias. Um quarto do parque já foi devastado, a despeito dos esforços de mais de 200 brigadistas que se revezam no combate às chamas, ainda sem controle.

O cenário à noite, com focos de fogo espalhados em meio à vegetação, parece com o de um vulcão em atividade, afirmam eles.

Segundo o chefe da unidade de conservação, Fernando Tatagiba, o incêndio começou com um ato criminoso. 
"Não existe a possibilidade de combustão espontânea nessa região e 100% dos incêndios na seca no cerrado são provocados pelo homem".
De acordo com o chefe da unidade, apenas raios podem ser considerados causa natural de incêndio mas não chove na área há mais de um mês.

A ação humana, porém, tem mostrado sua face positiva diante do incêndio. Desde o inicio do incidente, centenas de mais de 200 pessoas, entre brigadistas e voluntários, têm trabalhado 24 horas por dia na tentativa de conter as chamas.

Elas se revezam no manuseio de abafadores, transporte de água aos locais incendiados e monitoramento do avanço das chamas.

Entre os voluntários está o fotografo paulista Davi Boarato, de 34 anos, autor das imagens que ilustram essa reportagem. Há pelo menos uma semana ele se reveza entre a câmara fotográfica e o abafador.

"O fogo começou a chegar bem perto da minha casa e dos meus vizinhos. Numa noite, vi o fogo descendo morro abaixo", relembrou o fotografo. "Ficamos de 1 hora até as 8 e 30 trabalhando, e depois veio outro grupo."
Pessoas estão se juntando para montar kits de alimentos para brigadistas e voluntários. No WhatsApp, grupos trocam informações, uma casa virou uma "central" de mobilização e gente de Brasília está fazendo bate-volta para ajudar.

"O mais triste é ver a fauna se perdendo. Vemos ovos de passarinho queimados, já marrons. A estrada está um silêncio e há um vazio meio chocante", conta o fotografo, que tem acompanhado workshops de funcionários do zoológico de Brasília em seu trabalho de resgate de animais feridos que fugiram das chamas.

Fonte: BBC Brasil



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