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segunda-feira, 4 de setembro de 2017

CORÉIA DO NORTE FAZ TESTES NUCLEARES COM BOMBA DE HIDROGÊNIO

Após o teste nuclear de setembro de 2016, as tensões entre a Coréia do Norte, Coreia do Sul, Japão e Estados Unidos aumentaram drasticamente, especialmente após a eleição de Donald Trump para a presidência dos Estados Unidos. Por várias vezes, o líder norte-coreano Kim Jong-Un ameaçou atacar os americanos e seus aliados, inclusive com o uso de armas nucleares.
Em 15 de abril de 2017, foi realizado uma grande parada militar em Pyongyang em homenagem a Kim Il-sung, fundador do país e avô do atual líder. Foram exibidos, dentre outros armamentos, mísseis de médio e longo alcance. Nos meses seguintes, a Coreia do Norte realizou vários testes com mísseis. Um deles sobrevoou a ilha japonesa de Hokkaido, antes de cair no mar.
Em 10 de agosto, Kim Jong-Um ameaçou lançar um ataque nuclear contra a Ilha de Guam, no Pacífico, onde os Estados Unidos mantém importantes instalações militares. Ao mesmo tempo, o presidente norte americano Donald Trump ameaçou atacar o hermético país com uma “força e fúria” nunca vistas.
Em 2 de setembro, poucas horas antes do teste, a agência estatal norte-coreana KCNA mostrou uma foto de Kim Jong-Un inspecionando o que seria uma ogiva de fusão nuclear de dois estágios, que poderia ser transportada por um míssil. Segundo a KCNA, todos os componentes da bomba foram fabricados na Coreia do Norte.

Logo em seguida, a televisão estatal norte-coreana confirmou que o país realizou um teste “bem-sucedido” com uma bomba termonuclear “de poder sem precedentes” que pode ser instalada em um míssil balístico intercontinental, e que confirma a capacidade nuclear do país. Às 03:30 UTC do dia 03 de setembro, o Serviço Geológico dos Estados Unidos (USGS) e a rede sismográfica mundial IRIS registraram um forte terremoto de magnitude 6.3 na área testes de Punggye-ri. 

De imediato, autoridades sul-coreanas, japonesas e chinesas constataram que o sismo teve uma origem não natural. Este tremor foi muito mais potente do que os registrados nos testes anteriores, e foi sentido até mesmo no Japão. Alguns minutos depois, outro abalo de menor intensidade (Magnitude 4,1) foi registrado nas proximidades do local da explosão. Esse segundo sismo foi possivelmente provocado por um colapso do terreno em decorrência da detonação. Explosões subterrâneas, especialmente nucleares, geram registros sismográficos bem diferentes de um terremoto natural.

Ainda no dia 3, o secretário de defesa dos Estados Unidos James Mattis prometeu uma resposta "massiva, eficaz e esmagadora", a quaisquer ameaças norte-coreanas contra Washington ou seus aliados. Simultaneamente, militares sul-coreanos realizaram treinamentos com mísseis ar-terra e balísticos.

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