Translate

segunda-feira, 6 de novembro de 2017

COP23 COMEÇA COM A SAÍDA DOS EUA NO ACORDO DE PARIS

A 23ª Conferência do Clima começa no dia 6 de novembro, que vai dar andamento ao Acordo de Paris com o grande desafio de superar a saída dos EUA e, ainda assim, manter as metas estabelecidas em dezembro de 2015. Metas que o Brasil não tem conseguido cumprir e, portanto, pode ser fortemente cobrado por isso.

Ao declarar aberta a conferência, o presidente da COP23 lançou um pedido para uma ação urgente da comunidade internacional. 

"Nosso apelo coletivo é que se mantenha o rumo fixado em Paris", declarou o primeiro-ministro de Fiji, Frank Bainimarama.
Quem lidera a Conferência do Clima das Nações Unidas a cada ano é o país anfitrião. Algo que nessa edição não acontece, já que as Ilhas Fiji não se consideram capazes de acomodar 25 mil negociadores, ambientalistas e jornalistas: o Estado insular no Pacífico Sul sequer dispõe de um centro de convenções grande o suficiente.

A caravana do clima se instala para a COP23, de 6 a 17 de novembro, na cidade de Bonn, a antiga capital alemã. Porém Fiji é que encabeça o encontro, mais exatamente o ex-general Frank Bainimarama, que governa com punho de ferro o Estado formado por 322 ilhas.

Os ambientalistas esperam que Bainimarama faça confluir os diferentes interesses em jogo e aponte possíveis consensos. Sabine Minninger, especialista do serviço de desenvolvimento das Igrejas luteranas alemãs Brot fur die Welt, já visitou o arquipélago Fiji diversas vezes.

"Eles aproveitarão a conferência para enfatizar a vulnerabilidade dos Estados insulares do Pacífico. Estes são especialmente afetados pela mudança climática, desde já, devido à elevação do nível do mar. Ela já forçou Fiji a ter o primeiro lugarejo do mundo realocado por causa da mudança climática."
Um dos temas mais importantes será a concretização do Acordo do Clima de Paris de 2015. Seus signatários se comprometem por meio de metas climáticas nacionais, cuidar para manter o aquecimento global abaixo de 2ºC. Além disso, os diferentes planos nacionais para o clima devem poder ser comparáveis entre si. E, se possível, as metas para o futuro devem ser formuladas de forma mais ambiciosa.

A ministra alemã do Meio Ambiente, Barbara Hendricks, só ocupa o cargo de forma interina, pois a composição do novo governo da Alemanha ainda está sendo negociada. Ainda assim, a política social-democrata quer aproveitar essa última atuação internacional para deixar sua marca por meio de trabalho persistente nos detalhes.

"Eu espero que demos passos para definir como vamos preencher o Acordo do Clima. À primeira vista, não parece nada de espetacular. Mas é como se uma nova lei, de âmbito mundial, tivesse sido aprovada em dezembro de 2015, em Paris. E para tal são precisas regras de implementação."
Quase todos os Estados-membros da ONU se comprometem com o Acordo de Paris, apenas Turquia, Rússia e Irã ainda têm que ratificá-lo. Fora isso, há o problema principal: os Estados Unidos. 










Nenhum comentário:

Postar um comentário