MERCOSUL E A FUTURA ADESÃO DA BOLÍVIA

O Mercosul, bloco econômico composto por Brasil, Argentina, Paraguai, Uruguai e Venezuela, este último, aderiu ao bloco em 2012.

Este organismo sucedeu a ALADI (Associação Latino-Americana de Desenvolvimento e Integração) na década de 1980. O primeiro documento oficial do Mercosul foi a Declaração do Iguaçu, acordo bilateral entre Brasil e Argentina, fixando o estabelecimento de um mercado comum, onde futuramente outros países latino-americanos poderiam se integrar.

Em 1991, Paraguai e Uruguai tornam-se signatários do bloco a partir do Tratado de Assunção estabelecendo o Mercado Comum do Sul. Somente a partir de 1º de janeiro de 1995, o bloco passa a ter status de união aduaneira, onde todos os signatários podem cobrar as mesmas cotas de importações dos demais países, sendo uma TEC (Tarifa Externa Comum).

A entrada da Venezuela é mais recente. Inicia-se em 2003, durante uma cúpula em Montevidéu, no Uruguai, no entanto, a Venezuela só foi elevada a status de membro do bloco em julho de 2004, só que o país ainda não tinha direito a voto, só direito a voz com forte resistência dos congressos nacionais do Brasil e do Paraguai (o congresso paraguaio jamais aprovou a adesão da Venezuela, mas o país foi suspenso e só retornou em 2013).

Hoje (17 de julho), durante a Cúpula de Chefes de Estado do Mercosul em Brasília, os presidentes dos cinco países-membros assinaram o protocolo de adesão da Bolívia, mas o país andino só será aprovado como membro após a aprovação dos congressos nacionais dos países-membros. Os congressos de Argentina, Uruguai e Venezuela já ratificaram o ingresso da Bolívia no bloco, faltando apenas a ratificação do Brasil e do Paraguai.

Porém, essa ampliação divide opiniões de estudiosos em relações internacionais. Por um lado, diz que o ingresso da Bolívia atrapalharia a abertura comercial para outros acordos internacionais. E de outro lado, a entrada da Bolívia seria importante para dar fôlego ao bloco e a integração regional.