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terça-feira, 3 de dezembro de 2019

GEOSERVIÇOS E SEMIOLOGIA GRÁFICA

Geoserviços
  • Os geoserviços representam um novo conceito de acesso e manipulação de dados geoespaciais em Sistemas de Informação Geográfica, tanto na estrutura vetorial, quanto na estrutura matricial. Essa nova abordagem surgiu da necessidade de acessar dados de diversas fontes e dos mais diversos formatos.
  • Padronização: Pensando em dar uma solução para as dificuldades encontradas pelos usuários e produtores de dados geoespaciais em relação ao acesso e troca de informações a ISO resolve criar um Comitê Técnico para estabelecer um conjunto de padrões relativos a dados e informações geoespaciais.
  • Entre os principais padrões estabelecidos pela OGC, destacam-se os seguintes:
    • WMS (Web Map Service): Especificação que fornece três operações (GetCapabilities, GetMap e GetFeatureInfo) que dão apoio a consulta e exibição de mapas em forma de figuras, criadas a partir de dados obtidos de origens remotas e heterogêneas;
    • WMTS (Web Map Tile Service): Semelhante ao WMS, diferencia-se na medida em que oferece mapas georreferenciados pré-renderizados, tornando o uso dos serviços mais rápido, vistos os ganhos de velocidade de processamento com imagens previamente processadas e comprimidas;
    • WFS (Web Feature Service): Especificação que permite a um cliente recuperar e atualizar dados geoespaciais codificados como Geography Markup Language (GML) de múltiplos servidores. A especificação define interfaces para acesso a dados e operações de manipulação sobre feições geográficas;
    • WCS (Web Coverage Service): Especificação que permite a um cliente acessar partes de dados de cobertura fornecidos por um servidor. Os dados disponibilizados como WCS são, normalmente, codificados em um formato binário de imagem;
    • CSW (Catalogue Service for the Web): Define interfaces comuns para descobertas, navegações e consultas a metadados sobre dados, serviços e outros potenciais recursos.
  • O IBGE disponibiliza geoserviços em WMS e WFS. A seguir são listados alguns geoserviços:
    • IBGE - Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística;
    • ICMBio - Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade;
    • MMA - Ministério do Meio Ambiente;
    • ANEEL - Agência Nacional de Energia Elétrica;
    • CPRM - Companhia de Pesquisa de Recursos Minerais;
    • IBAMA - Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis;
    • SC - Produtos do Levantamento Aerofotogramétrico da Secretaria de Estado do Desenvolvimento Econômico Sustentável (SDS) de Santa Catarina;
    • SP - Secretaria do Meio Ambiente de São Paulo;
    • Servidores WFS.
Semiologia Gráfica
  • A cartografia contemporânea apresenta diversas correntes propostas por teóricos de diferentes países. A semiologia gráfica é uma destas correntes, e foi elaborada na França na década de 1960.
  • A semiologia gráfica pode ser compreendida como um conjunto de diretrizes que orientam a elaboração de mapas temáticos com o uso de símbolos caracterizadores da informação.
  • Como linguagem cartográfica, fundamenta-se em uma ciência denominada semiótica, que tem por objeto de investigação todas as linguagens, em especial a dos signos. Os signos são componentes linguísticos do sistema de informação cartográfica.
  • Os signos são compostos por significante (expressão) e significado (conteúdo).
  • Esta linguagem que hoje é considerada a gramática da cartografia temática, foi sistematizada por Jaques Bertin durante os anos 1960 a partir do sistema gráfico de signos, desempenhou um papel significativo no desenvolvimento teórico da Cartografia.
Considerações sobre as Contribuições da Semiologia para a Cartografia Brasileira
  • A grande contribuição da semiologia gráfica para a cartografia brasileira está relacionada a dois fatores: compreensão e estudo da semiologia gráfica e metodologia de ensino e pesquisa.
  • Cerca de 60% dos trabalhos envolvendo a semiologia gráfica produzidos no Brasil a partir de 1980, estão relacionados ao ensino, 30% discutem a própria semiologia gráfica e 10% referem-se a outra aplicação temática específica.
  • Embora algumas pesquisas demonstram um certo cuidado quanto a utilização adequada das variáveis visuais, na construção de mapas, isto não significa que a semiologia gráfica esteja consolidada no Brasil.
  • Isto provavelmente se deve a introdução da semiologia gráfica em parte dos currículos dos cursos de geografia, e às publicações disponíveis nesta área, ao nível da pesquisa nas diferentes áreas da geografia.
  • Por outro lado, devido aos eventos relacionados ao ensino de cartografia e geografia, especificamente da cartografia escolar a partir de 1995, ocorreu uma disseminação da semiologia gráfica como metodologia de ensino e pesquisa para o ensino fundamental e médio.
  • Sobre este aspecto, diversos autores demonstram uma grande preocupação com a formação e capacitação do professor de geografia do ensino fundamental e médio. Acredita-se que o ensino da semiologia gráfica de e ser adotado desde o ensino fundamental pois, o uso adequado das variáveis visuais permitem a correta percepção dos fenômenos representados, mas, isto precisa ser aprendido na escola pois, se a lógica da semiologia gráfica é fácil e rápida de compreender, sua prática como toda a disciplina, demanda um tempo maior como toda a disciplina, demanda um tempo maior de aprendizagem porque envolve diferentes operações.
  • A formação adequada do profissional em cartografia, pode ainda, evitar alguns dos atuais erros grosseiros apresentados nos mapas elaborados para o público em geral, e sobretudo aqueles que fazem parte dos livros didáticos, utilizados na formação das crianças.

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