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sexta-feira, 28 de fevereiro de 2020

Aula 7.1 - Fenômenos climáticos

Olá pessoal, neste vídeo iremos falar sobre os fenômenos climáticos iniciando a aula 7 sobre Climatologia.



sexta-feira, 21 de fevereiro de 2020

CONTEÚDO DE PODCAST

Fala pessoal, neste post vou mostrar o link para o canal MundoGEO, do qual eles colocam podcasts acerca do mundo das Geociências e do Geoprocessamento.
Eles também estão com os podcasts no Spotify.

Link para o Site:

quinta-feira, 20 de fevereiro de 2020

Países com maior área de floresta (1992-2016)

No vídeo abaixo do canal ARCO, vemos nesse gráfico dinâmico quais são os países com a maior área de floresta no mundo entre os anos de 1992 a 2016.

A fonte deste trabalho foi feita pelo Banco Mundial.






quarta-feira, 19 de fevereiro de 2020

segunda-feira, 17 de fevereiro de 2020

IDIOMAS MAIS FALADOS NO MUNDO

Neste vídeo, postado pelo canal Lit Lists classifica os 60 idiomas mais falados no mundo por falantes nativos de acordo com a população absoluta dos países falantes. Porém, o canal descreve algumas observações como:
  • A definição de um idioma e um dialeto;
  • Alguns idiomas como, por exemplo, o árabe e o chinês, serão consideradas línguas únicas, mesmo com as variações dos dialéticas;
  • São contados apenas os falantes do primeiro idioma;
  • Muitos países, principalmente os de línguas inglesa e francesa não estão marcados, porque apenas falam o idioma como segunda ou terceira opção idiomática;
  • Os mapas no vídeo mostram apenas a área de origem dos falantes nativos.
As fontes utilizadas no levantamento foram:



sexta-feira, 14 de fevereiro de 2020

OS PASSAPORTES MAIS FORTES DO MUNDO

Neste vídeo, postado pelo canal Lit Lists vemos a comparação do poder dos passaportes dos países ao redor do globo.
Vemos no vídeo a ordem de aceitação dos passaportes e por onde eles tem livre visto de destinação.
As informações foram fornecidas pelo ranking do Henley Passaport Index em 2019.



quinta-feira, 13 de fevereiro de 2020

MOEDAS MAIS VALORIZADAS DO MUNDO

Neste vídeo do canal Lit Lists, vemos a comparação de valorização das moedas em circulação no mundo, com as moedas financeiras de mais de 180 países em torno do planeta.
Além disso, foi incluído no vídeo, algumas informações como as taxas de inflação ou a divisão de subunidades.




quarta-feira, 12 de fevereiro de 2020

Aula 6.2 - Classificação da Vegetação (continuação)

No vídeo de hoje, vamos dar continuação a aula anterior tratando sobre a classificação das vegetações existentes em nosso planeta.



terça-feira, 11 de fevereiro de 2020

RIO-92/ECO-92

  • De 3 a 14 de junho de 1992 ocorreu a Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento, 20 anos após a Conferência de Estocolmo. Realizada no Rio de Janeiro, Brasil, ficou conhecida como Rio-92 ou Eco-92. Contou com a participação de mais de 170 países e de aproximadamente 20.000 pessoas.
  • Teve como tema central a questão do desenvolvimento sustentável. A comunidade internacional reconheceu claramente a necessidade de conciliar o “desenvolvimento” social e econômico com o uso do bens ambientais. Os principais objetivos da Conferência foram:
    • Examinar a situação ambiental do planeta em relação ao desenvolvimento socioeconômico;
    • Determinar formas de transferência de tecnologias não poluentes aos países em desenvolvimento;
    • Avaliar estratégias de promoção do desenvolvimento sustentável;
    • Definir um sistema de cooperação internacional para questões ambientais.
Deste encontro resultaram 5 importantes documentos:
    1. Declaração do Rio sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento;
    2. Declaração de Princípios sobre Florestas;
    3. Agenda 21;
    4. Convenção sobre Biodiversidade Biológica;
    5. Convenção Quadro sobre a Mudança do Clima.
A Declaração do Rio e seus princípios
  • A Declaração do Rio reafirmou os princípios da Declaração de Estocolmo de 1972 e procurou avançar a partir dela. Buscou estabelecer uma nova e justa parceria internacional, baseada na cooperação entre Estados e indivíduos e na proteção ambiental global. Proclamou 27 princípios a serem respeitados. A seguir, apontamos o tema tratado por cada um deles.
    1. O ser humano como centro do desenvolvimento sustentável.
    2. Soberania e responsabilidade dos Estados na exploração de seus recursos.
    3. Necessidades das gerações presentes e futuras.
    4. Integração entre proteção ambiental e meio ambiente.
    5. Erradicação da pobreza.
    6. Tratamento especial aos países em desenvolvimento.
    7. Responsabilidades diferenciadas dos Estados na cooperação global em benefício do meio ambiente.
    8. Redução e eliminação dos padrões insustentáveis de produção e de consumo.
    9. Intercâmbio de conhecimentos científicos e tecnológicos.
    10. Conscientização e participação popular nas questões ambientais, e garantia de acesso às informações.
    11. Legislação ambiental eficaz e adequada a cada Estado.
    12. Sistema econômico internacional aberto e favorável, propício ao crescimento econômico e ao desenvolvimento sustentável.
    13. Responsabilização e indenização de vítimas de danos ambientais.
    14. Realocação e transferência, para outros Estados, de atividades e substâncias danosas aos seres humanos e ao meio ambiente.
    15. Princípio da Precaução.
    16. Internacionalização de custos ambientais e uso de instrumentos econômicos.
    17. Aplicação da avaliação de impacto ambiental.
    18. Comunicação imediata de desastres naturais aos Estados que possam sofrer os prejuízos ambientais.
    19. Notificação prévia de atividades que possam causar impacto transfronteiriço negativo sobre o meio ambiente.
    20. Participação plena da mulher em prol do desenvolvimento sustentável.
    21. Parceria global entre os jovens, tendo em vista o desenvolvimento sustentável.
    22. Papel e importância dos povos indígenas e de outras comunidades locais.
    23. Proteção dos bens naturais de povos oprimidos.
    24. Respeito à proteção ambiental, mesmo em tempos de guerra.
    25. Interdependência entre a paz, o desenvolvimento e a proteção ambiental.
    26. Uso de soluções pacíficas para todas as controvérsias ambientais.
    27. Cooperação entre povos e Estados para execução dos princípios e evolução do direito internacional na esfera do desenvolvimento sustentável.
Agenda 21
  • A Agenda 21 é um documento assinado por 179 países durante a "Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento" ou "ECO-92", realizada na cidade do Rio de Janeiro.
  • O seu principal objetivo é criar soluções para os problemas socioambientais mundiais, baseando-se no seguinte pensamento: “pensar globalmente, agir localmente”.
  • Esse documento é um compromisso político que buscar aliar o desenvolvimento econômico com a cooperação ambiental e social. Para isso, são necessárias estratégias, planos e políticas específicas em cada localidade em que a agenda for aplicada.
  • A Agenda 21 pode ser definida como um instrumento de planejamento para a construção de sociedades sustentáveis, em diferentes bases geográficas, que concilia métodos de proteção ambiental, justiça social e eficiência econômica.
  • A Agenda 21 Brasileira é um instrumento de planejamento participativo para o desenvolvimento sustentável do país, resultado de uma vasta consulta à população brasileira. Foi coordenado pela Comissão de Políticas de Desenvolvimento Sustentável e Agenda 21 (CPDS); construído a partir das diretrizes da Agenda 21 Global; e entregue à sociedade, por fim, em 2002.
  • A Agenda 21 Local é o processo de planejamento participativo de um determinado território que envolve a implantação, ali, de um Fórum de Agenda 21. Composto por governo e sociedade civil, o Fórum é responsável pela construção de um Plano Local de Desenvolvimento Sustentável, que estrutura as prioridades locais por meio de projetos e ações de curto, médio e longo prazos. No Fórum são também definidos os meios de implementação e as responsabilidades do governo e dos demais setores da sociedade local na implementação, acompanhamento e revisão desses projetos e ações.
Participação na Agenda
  • Para construir a Agenda 21 Local, o Programa Agenda 21 do MMA publicou o Passo a Passo da Agenda 21 Local, que propõe um roteiro organizado em quatro etapas:
    • Mobilizar para sensibilizar governo e sociedade;
    • Criar um Fórum de Agenda 21 Local;
    • Elaborar um diagnóstico participativo;
    • E elaborar, implementar, monitorar e avaliar um plano local de desenvolvimento sustentável.
  • Além disso, para que o público possa saber mais sobre as experiências de Agenda 21 Local no Brasil, o MMA criou o Sistema Agenda 21 – um banco de dados de gestão descentralizada que permite o compartilhamento de informações.
  • A Agenda 21 Local pode ser construída e implementada em municípios ou em quaisquer outros arranjos territoriais - como bacias hidrográficas, regiões metropolitanas e consórcios intermunicipais, por exemplo.
  • Para que uma Agenda 21 Local seja constituída, é imperativo que sociedade e governo participem de sua construção. Fortalecimento de processos de Agenda 21.
Fortalecimento de processos da Agenda 21
  • O MMA apóia os processos de Agenda 21 Local e conta com a parceria da Rede Brasileira de Agendas 21 Locais, cujo objetivo geral é fortalecer a implementação de Agendas 21 Locais mediante o intercâmbio de informações e o estímulo à construção de novos processos.
  • Assim, por intermédio do Fundo Nacional de Meio Ambiente (FNMA), o MMA apóia, desde 2001, a execução de 93 projetos de construção de Agenda 21 Local, abrangendo 167 municípios brasileiros.
Recursos
  • A Agenda 21 integra o Plano Plurianual do Governo Federal (PPA) 2008/2011. O desenvolvimento do Programa Agenda 21 fundamenta-se na execução de três ações finalísticas: elaboração e implementação das Agendas 21 Locais; formação continuada em Agenda 21 Local; e fomento a projetos de Agendas 21 Locais (por meio do FNMA)
Temas
  • A agenda 21 é composta por 40 capítulos, divididos em quatro seções, os temas abordados por esse documento são:
    • Dimensão social e econômica
    • Pobreza
    • Consumo
    • Sustentabilidade
    • Desenvolvimento sustentável
    • Saúde
    • Meio ambiente
    • Atmosfera
    • Ecossistema
    • Desertificação e seca
    • Agricultura e agricultores
    • Desenvolvimento rural
    • Diversidade biológica
    • Biotecnologia
    • Recursos vivos
    • Mares e oceanos
    • Aproveitamento
    • Gestão ecológica
    • Mulher
    • Infância
    • Juventude
    • Populações indígenas
    • ONG
    • Trabalhadores e sindicatos
    • Comércio
    • Indústria
    • Comunidade científica e tecnológica
    • Financiamento
    • Tecnologia ecológica sustentável
    • Educação
    • Conscientização
    • Cooperação
    • Acordos internacionais
  • O universo de temas abordados na Agenda 21, envolvem a dimensão social, econômica, cultural, educacional e ambiental das populações.
  • A agenda 21 baseia-se nos princípios da sustentabilidade.
  • Nesse caso, o desenvolvimento sustentável implica não só a conscientização da população para os problemas de degradação ambiental, mas também o reconhecimento das minorias, por exemplo, das mulheres e dos índios.
  • Uma vez que o reconhecimento pelo outro seja efetivado, a população tende a viver melhor na diversidade.
  • Além do universo social, ambiental e cultural dos povos, o processo educativo torna-se tão importante porque trabalha a conscientização socioambiental e cultural nas crianças e nos jovens.
  • A Agenda 21 representa uma aliança entre todos os povos, um instrumento importante e necessário que visa o planejamento participativo na construção de sociedades sustentáveis. Ela une métodos de proteção ambiental, justiça social e a eficiência econômica.
Agenda 21 brasileira
  • A Agenda 21 Brasileira foi criada em 1996 pela Comissão de Políticas de Desenvolvimento Sustentável e da Agenda 21 Nacional (CPDS). Ela tem como objetivo firmar os compromissos da sociedade brasileira com o desenvolvimento sustentável.
  • Efetivamente implementada em 2002, esse instrumento é baseado nas diretrizes da Agenda 21 Global. No Brasil, os resultados são positivos e crescem cada vez mais de maneira descentralizada, e assim, buscando o fortalecimento da sociedade e do poder local.
  • Muitos municípios brasileiros aderiram à Agenda 21 e se comprometerem com o desenvolvimento local em nível ambiental, social, cultural, econômico, assegurando a sustentabilidade da comunidade.
  • Portanto, a Agenda 21 Brasileira é um importante instrumento de participação cidadã e ação coletiva em prol de uma sociedade sustentável.
Declaração de Princípios para a Administração Sustentável das Florestas
  • Declaração de Princípios para a Administração Sustentável das Florestas. Tendo por objetivo a implantação da proteção ambiental de forma integral e integrada. Buscou-se um consenso global sobre o manejo, conservação e desenvolvimento sustentável de todos os tipos de florestas.
  • No cenário legislativo doméstico o Brasil editou a Lei 11.284, de 02 de março de 2006, dispondo sobre a gestão de florestas públicas para a produção sustentável, e dá outras providências, com o estabelecimento dos princípios da gestão de florestas públicas, sendo eles:
    • Constituem princípios da gestão de florestas públicas:
      • I - a proteção dos ecossistemas, do solo, da água, da biodiversidade e valores culturais associados, bem como do patrimônio público;
      • II - o estabelecimento de atividades que promovam o uso eficiente e racional das florestas e que contribuam para o cumprimento das metas do desenvolvimento sustentável local, regional e de todo o País;
      • III - o respeito ao direito da população, em especial das comunidades locais, de acesso às florestas públicas e aos benefícios decorrentes de seu uso e conservação;
      • IV - a promoção do processamento local e o incentivo ao incremento da agregação de valor aos produtos e serviços da floresta, bem como à diversificação industrial, ao desenvolvimento tecnológico, à utilização e à capacitação de empreendedores locais e da mão-de-obra regional;
      • V - o acesso livre de qualquer indivíduo às informações referentes à gestão de florestas públicas, nos termos da Lei no 10.650, de 16 de abril de 2003;
      • VI - a promoção e difusão da pesquisa florestal, faunística e edáfica, relacionada à conservação, à recuperação e ao uso sustentável das florestas;
      • VII - o fomento ao conhecimento e a promoção da conscientização da população sobre a importância da conservação, da recuperação e do manejo sustentável dos recursos florestais;
      • VIII - a garantia de condições estáveis e seguras que estimulem investimentos de longo prazo no manejo, na conservação e na recuperação das florestas.
        • § 1o Os Estados, o Distrito Federal e os Municípios promoverão as adaptações necessárias de sua legislação às prescrições desta Lei, buscando atender às peculiaridades das diversas modalidades de gestão de florestas públicas.
        • § 2o Os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, na esfera de sua competência e em relação às florestas públicas sob sua jurisdição, poderão elaborar normas supletivas e complementares e estabelecer padrões relacionados à gestão florestal.”
  • Além da edição do novo Código Florestal através da Lei 11.651, de 25 de maio de 2012, que menciona a gestão sustentável das florestas, trazendo como princípios:
    • “Art. 1º-A. Esta Lei estabelece normas gerais com o fundamento central da proteção e uso sustentável das florestas e demais formas de vegetação nativa em harmonia com a promoção do desenvolvimento econômico, atendidos os seguintes princípios:
      • I - reconhecimento das florestas existentes no território nacional e demais formas de vegetação nativa como bens de interesse comum a todos os habitantes do País;
      • II - afirmação do compromisso soberano do Brasil com a preservação das suas florestas e demais formas de vegetação nativa, da biodiversidade, do solo e dos recursos hídricos, e com a integridade do sistema climático, para o bem-estar das gerações presentes e futuras;
      • III - reconhecimento da função estratégica da produção rural na recuperação e manutenção das florestas e demais formas de vegetação nativa, e do papel destas na sustentabilidade da produção agropecuária;
      • IV - consagração do compromisso do País com o modelo de desenvolvimento ecologicamente sustentável, que concilie o uso produtivo da terra e a contribuição de serviços coletivos das florestas e demais formas de vegetação nativa privadas;
      • V - ação governamental de proteção e uso sustentável de florestas, coordenada com a Política Nacional do Meio Ambiente, a Política Nacional de Recursos Hídricos, a Política Agrícola, o Sistema Nacional de Unidades de Conservação da Natureza, a Política de Gestão de Florestas Públicas, a Política Nacional sobre Mudança do Clima e a Política Nacional da Biodiversidade;
      • VI - responsabilidade comum de União, Estados, Distrito Federal e Municípios, em colaboração com a sociedade civil, na criação de políticas para a preservação e restauração da vegetação nativa e de suas funções ecológicas e sociais nas áreas urbanas e rurais;
      • VII - fomento à inovação para o uso sustentável, a recuperação e a preservação das florestas e demais formas de vegetação nativa; e
      • VIII - criação e mobilização de incentivos jurídicos e econômicos para fomentar a preservação e a recuperação da vegetação nativa, e para promover o desenvolvimento de atividades produtivas sustentáveis.”" (OLIVEIRA, 2013)
Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (UNFCCC)
  • Durante a Conferência das Nações Unidas para o Meio Ambiente e o Desenvolvimento, realizada no Rio de Janeiro em 1992, a Rio 92, representantes de 179 países consolidaram uma agenda global para minimizar os problemas ambientais mundiais. Crescia a ideia do desenvolvimento sustentável, buscando um modelo de crescimento econômico e social aliado à preservação ambiental e ao equilíbrio climático em todo o planeta. Nesse cenário, foi elaborada a Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (UNFCCC). Ainda na Rio 92, outras duas convenções foram elaboradas: a Convenção sobre Diversidade Biológica e a Convenção das Nações Unidas para o Combate à Desertificação e Mitigação dos efeitos da seca.
  • A Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (UNFCCC, na sigla em inglês) tem o objetivo de estabilizaras concentrações de gases de efeito estufa na atmosfera em um nível que impeça uma interferência antrópica perigosa no sistema climático. Esse nível deverá ser alcançado em um prazo suficiente que permita aos ecossistemas adaptarem-se naturalmente à mudança do clima, assegurando que a produção de alimentos não seja ameaçada e permitindo ao desenvolvimento econômico prosseguir de maneira sustentável.
  • Uma forte preocupação do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC) – que reúne cientistas independentes de todo o mundo, incluindo pesquisadores brasileiros – quanto a anomalias nos dados de temperatura observados, indica uma tendência de aquecimento global devido a razões antrópicas. Isso foi importante para que a Convenção estabelecesse como seu principal objetivo estabilizar as concentrações de gases de efeito estufa (GEE) na atmosfera em um nível que impeça uma interferência antrópica perigosa no sistema climático global.
  • Para isso, foram definidos compromissos e obrigações para todos os países (denominados Partes da Convenção) e, levando em consideração o princípio das responsabilidades comuns porém diferenciadas, foram determinados compromissos específicos para as nações desenvolvidas.Os países signatários comprometeram-se a elaborar uma estratégia global “para proteger o sistema climático para gerações presentes e futuras”.
  • Convém destacar que o Brasil foi o primeiro país a assinar a Convenção, que somente começou a vigorar em 29 de maio de 1994, 90 dias depois de ter sido aprovada e ratificada pelo Congresso Nacional.
  • Entre os compromissos assumidos por todas as Partes, incluem-se:
    • Elaborar inventários nacionais de emissões de gases de efeito estufa;
    • Implementar programas nacionais e/ou regionais com medidas para mitigar a mudança do clima e se adaptar a ela;
    • Promover o desenvolvimento, a aplicação e a difusão de tecnologias, práticas e processos que controlem, reduzam ou previnam as emissões antrópicas de gases de efeito estufa;
    • Promover e cooperar em pesquisas científicas, tecnológicas, técnicas, socioeconômicas e outras, em observações sistemáticas e no desenvolvimento de bancos de dados relativos ao sistema do clima;
    • Promover e cooperar na educação, treinamento e conscientização pública em relação à mudança do clima.
  • Os países desenvolvidos encarregaram-se, ainda, dos seguintes compromissos específicos:
    • Adotar políticas e medidas nacionais para reduzir as emissões de gases de efeito estufa e mitigar a mudança do clima;
    • Transferir recursos tecnológicos e financeiros para países em desenvolvimento;
    • Auxiliar os países em desenvolvimento, particularmente os mais vulneráveis à mudança do clima, na implementação de ações de adaptação e na preparação para a mudança do clima, reduzindo os seus impactos.
Recursos financeiros
  • Para facilitar a transferência de recursos financeiros aos países em desenvolvimento, a Convenção estabeleceu mecanismos operacionais como o Fundo Global para o Meio Ambiente (GEF) e o Fundo Verde para o Clima (GFC).
  • O GEF foi então estabelecido pelo Banco Mundial, pelo Programa das Nações Unidas para Desenvolvimento (PNUD) e pelo Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA), para prover recursos a fundo perdido para projetos dos países em desenvolvimento que gerem benefícios ambientais globais, não apenas na área da mudança do clima, mas também sobre biodiversidade, proteção da camada de ozônio e recursos hídricos internacionais.
  • O Fundo Verde do Clima (GCF) apoia os países em desenvolvimento na promoção da mitigação da mudança do clima e da adaptação aos seus efeitos.
  • O Fundo deve alcançar US$ 100 bilhões por ano até 2020, conforme os compromissos assumidos pelos países desenvolvidos.

segunda-feira, 10 de fevereiro de 2020

RECURSOS MINERAIS DO BRASIL

  • O Brasil é um país privilegiado quando o assunto é disponibilidade de recursos minerais. A grande extensão territorial, a localização geográfica e sua formação geológica criaram condições para que o país apresente uma ampla oferta de diversos tipos de minérios e minerais.
Mineral x Minério
  • Mineral é uma substância homogênea, de composição inorgânica e quimicamente definida e que surge naturalmente na crosta terrestre.
  • Os minérios, nada mais são que os minerais de grande valor comercial. Entre eles estão: a hematita, magnetita e pirita (minérios de ferro), a bauxita (minério de alumínio) e a cassiterita (minério de estanho).
Principais recursos minerais do Brasil
  • A mineração ocupa importante posição na economia brasileira, especialmente no que se refere às exportações. O Brasil possui consideráveis reservas de minério e ocupa papel de destaque nas exportações de nióbio, minério de ferro, manganês e bauxita.
  • Em relação às reservas mundiais o Brasil é detém as maiores reservas de nióbio (que responde por mais de 90% das reservas mundiais), o país também tem mais da metade das reservas mundiais de barita e grafita natural. Os minérios de níquel, estanho e ferro também têm participação significativa em relação às reservas mundiais.
Petróleo
  • É verdade que o Brasil destaca-se no cenário mundial no que diz respeito à reservas e exploração de combustíveis fósseis como o petróleo. No entanto, o petróleo, assim como o gás natural, o carvão mineral e o xisto betuminoso são recursos de origem orgânica, com estrutura química e processo de formação muito distintos dos minerais aqui descritos.
Destaques da produção mineral no Brasil
  • Os minerais metálicos - como: ferro, ouro, estanho, e manganês e,
  • Os não metálicos - como: calcário, fosfato, talco e caulim.
  • Em relação ao mercado mundial, os minerais abaixo, percentualmente, são os mais representativos:
    • Nióbio (maior produtor mundial)
    • Minérios de ferro
    • Minérios de alumínio
    • Amianto (crisotila)
    • Bentonita
    • Vermicuta
    • Grafita natural
    • Talco
Nem tão rico assim
  • Seja por não possuir grandes jazidas ou por não ter exploração ou ter produção insuficiente para atender a demanda do mercado interno, o Brasil possui carência – ou dependência externa dos seguintes minerais: carvão metalúrgico, fosfato, potássio, enxofre, chumbo, fluorita, tungstênio e prata.
  • Estados Brasileiros maiores produtores de minérios (em toneladas):
    • 1° - Minas Gerais
    • 2° - Pará
    • 3° - Goiás
    • 4° - São Paulo
    • 5° - Bahia
    • 6° - Mato Grosso
    • 7° - Sergipe
  • Embora o Brasil possua uma expressiva variedade e quantidade de recursos minerais, o aproveitamento destes sofre prejuízo – em determinadas regiões - em função da escassez de tecnologia para a exploração comercial destes recursos. Nesses locais ainda é significativa a exploração rudimentar dos garimpos irregulares.
  • O desenvolvimento tecnológico voltado à indústria da mineração, tanto para a exploração, quanto para a utilização – faz com que estes recursos sejam vendidos para o mercado internacional a baixos preços. É comum também a presença de empresas estrangeiras atuando no campo da mineração no Brasil. A Vale (antiga empresa estatal privatizada em 1997) é uma gigante da mineração que atua em várias vertentes da atividade mineradora e industrial.
Impactos ambientais da Mineração
  • Os impactos ambientais da mineração afetam os ambientes hidrológicos, atmosféricos, além da biosfera, dos solos e das formas de relevo.
A mineração pode gerar diversos impactos ambientais
  • A atividade mineradora consiste na extração de riquezas minerais dos solos e das formações rochosas que compõem a estrutura terrestre. Trata-se, assim, de uma das mais importantes atividades econômicas tanto no Brasil como em todo o mundo, com destaque para o petróleo e o carvão mineral. No entanto, é preciso ressaltar que essa prática costuma gerar sérios danos ao meio ambiente.
  • Os impactos ambientais da mineração são diversos e apresentam-se em diversas escalas: desde problemas locais específicos até alterações biológicas, geomorfológicas, hídricas e atmosféricas de grandes proporções. Portanto, conhecer esses problemas causados e a minimização de seus efeitos é de grande necessidade para garantir a preservação dos ambientes naturais.
  • Entre as principais alterações nas paisagens e os impactos gerados pela mineração, podemos destacar:
    • Remoção da vegetação em todas as áreas de extração;
    • Poluição dos recursos hídricos (superficiais e subterrâneos) pelos produtos químicos utilizados na extração de minérios;
    • Contaminação dos solos por elementos tóxicos;
    • Proliferação de processos erosivos, sobretudo em minas antigas ou desativadas que não foram reparadas pelas empresas mineradoras;
    • Sedimentação e poluição de rios pelo descarte indevido do material produzido não aproveitado (rochas, minerais e equipamentos danificados);
    • Poluição do ar a partir da queima ao ar livre de mercúrio (muito utilizado na extração de vários tipos de minérios);
    • Mortandade de peixes em áreas de rios poluídos pelos elementos químicos oriundos de minas;
    • Evasão forçada de animais silvestres previamente existentes na área de extração mineral;
    • Poluição sonora gerada em ambientes e cidades localizados no entorno das instalações, embora a legislação vigente limite a extração mineral em áreas urbanas atualmente;
    • Contaminação de águas superficiais (doce e salgada) pelo vazamento direto dos minerais extraídos ou seus componentes, tais como o petróleo.
  • Diversos estudos ambientais indicam que muitos dos materiais gerados pela mineração são rejeitos, estes muitas vezes erroneamente descartados. Na produção de ouro, por exemplo, 99,9% de todo material produzido não é aproveitado, sendo muitas vezes depositado de forma deliberada no leito de rios ou em áreas onde as águas das chuvas escoam para a sedimentação de cursos d'água. Na extração de cobre, por sua vez, menos de 1% do que é extraído costuma ser devidamente aproveitado, ao passo que o restante é lixo.
  • A contaminação por compostos químicos, com destaque para o mercúrio, também é um dos principais danos ambientais provocados pela mineração. Esses compostos são utilizados para a separação de misturas, retirada dos minerais e catalização de reações. Após o processo, costumam ser descartados, o que ocorre muitas vezes de maneira indevida, principalmente em localidades de limitada fiscalização, ou até em minas ilegais, que, além de tudo isso, costumam empregar trabalho análogo ao escravo ou infantil. Essa realidade, infelizmente, é muito comum em países como o Brasil e em territórios dependentes economicamente, a exemplo de muitas nações do continente africano.
  • Diante dessas considerações, é importante mencionar que a atividade mineradora é, de toda forma, de vital importância para as sociedades. Mas isso não significa, no entanto, que ela deva ser realizada de maneira não planejada e sem a devida fiscalização de suas instalações. É preciso, pois, promover medidas para o correto direcionamento do material descartado e a contenção da poluição gerada pelos elementos químicos. Além disso, torna-se necessário pensar na utilização sustentável dos recursos minerais a fim de garantir a sua existência para as gerações futuras.

sexta-feira, 7 de fevereiro de 2020

GESTÃO DE RESÍDUOS ORGÂNICOS

  • Os resíduos orgânicos representam metade dos resíduos sólidos urbanos gerados no Brasil e podem ser tratados em várias escalas, desde a escala doméstica, passando pela escala comunitária, institucional (de um grande gerador de resíduos), municipal até a escala industrial, para a produção de fertilizante orgânico.
  • Os resíduos orgânicos são constituídos basicamente por restos de animais ou vegetais descartados de atividades humanas. Podem ter diversas origens, como doméstica ou urbana (restos de alimentos e podas), agrícola ou industrial (resíduos de agroindústria alimentícia, indústria madeireira, frigoríficos...), de saneamento básico (lodos de estações de tratamento de esgotos), entre outras.
  • São materiais que, em ambientes naturais equilibrados, se degradam espontaneamente e reciclam os nutrientes nos processos da natureza. Mas quando derivados de atividades humanas, especialmente em ambientes urbanos, podem se constituir em um sério problema ambiental, pelo grande volume gerado e pelos locais inadequados em que são armazenados ou dispostos. A disposição inadequada de resíduos orgânicos gera chorume, emissão de metano na atmosfera e favorece a proliferação de vetores de doenças. Assim, faz-se necessária a adoção de métodos adequados de gestão e tratamento destes grandes volumes de resíduos, para que a matéria orgânica presente seja estabilizada e possa cumprir seu papel natural de fertilizar os solos.
Os resíduos orgânicos
  • Segundo a caracterização nacional de resíduos publicada na versão preliminar do Plano Nacional de Resíduos Sólidos, os resíduos orgânicos correspondem a mais de 50% do total de resíduos sólidos urbanos gerados no Brasil. Somados aos resíduos orgânicos provenientes de atividades agrossilvopastoris e industriais, os dados do Plano Nacional de Resíduos Sólidos indicam que há uma geração anual de 800 milhões de toneladas de resíduos orgânicos.
  • Quando separados na fonte (ou seja, quando os resíduos orgânicos não são misturados com outros tipos de resíduos) a reciclagem dos resíduos orgânicos e sua transformação em adubo ou fertilizante orgânico pode ser feita em várias escalas e modelos tecnológicos. Pequenas quantidades de resíduos orgânicos podem ser tratadas de forma doméstica ou comunitária, enquanto grandes quantidades podem ser tratadas em plantas industriais. Os processos mais comuns de reciclagem de resíduos orgânicos são a compostagem (degradação dos resíduos com presença de oxigênio) e a biodigestão (degradação dos resíduos com ausência de oxigênio).
  • Tanto a compostagem quanto a biodigestão buscam criar as condições ideias para que os diversos organismos decompositores presentes na natureza possam degradar e estabilizar os resíduos orgânicos em condições controladas e seguras para a saúde humana. A adoção destes tipos de tratamento resulta na produção de fertilizantes orgânicos e condicionadores de solo, promovendo a reciclagem de nutrientes, a proteção do solo contra erosão e perda de nutrientes e diminuindo a necessidade de fertilizantes minerais (dependentes do processo de mineração, com todos os impactos ambientais e sociais inerentes a esta atividade, e cuja maior parte da matéria-prima é importada).
  • Apesar disso, atualmente, menos de 2% dos resíduos sólidos urbanos são destinados para compostagem. Aproveitar este enorme potencial de nutrientes para devolver fertilidade para os solos brasileiros está entre os maiores desafios para a implementação da Política Nacional de Resíduos Sólidos.
  • Quanto à biodigestão, o Ministério do Meio Ambiente fez parte do Comitê Gestor do Projeto Brasil-Alemanha de Fomento ao Aproveitamento Energético de Biogás no Brasil (PROBIOGÁS), coordenado pelo Ministério das Cidades em parceria com a Agência de Cooperação Internacional Alemã.
Resíduos orgânicos e a legislação brasileira
  • A Política Nacional de Resíduos Sólidos (Lei 12.305/2010) prevê, a necessidade de implantação, pelos titulares dos serviços, “de sistemas de compostagem para resíduos sólidos orgânicos e articulação com os agentes econômicos e sociais formas de utilização do composto produzido”. Desta forma, entende-se que a promoção da compostagem da fração orgânica dos resíduos, assim como a implantação da coleta seletiva e da disposição final ambientalmente adequada dos rejeitos, faz parte do rol de obrigações dos municípios.
  • Segundo as definições de reciclagem e rejeitos da PNRS conclui-se igualmente que processos que promovem a transformação de resíduos orgânicos em adubos e fertilizantes (como a compostagem) também podem ser entendidos como processos de reciclagem. Desta forma, resíduos orgânicos não devem ser considerados indiscriminadamente como rejeitos, e esforços para promover sua reciclagem devem ser parte das estratégias de gestão de resíduos em qualquer escala (domiciliar, comunitária, institucional, industrial, municipal...).
  • As principais referências legais nacionais atualmente em vigor aplicáveis à reciclagem de resíduos orgânicos estão listadas abaixo:
    • Lei nº 6894, de 16 de dezembro de 1980. Dispõe sobre a inspeção e a fiscalização da produção e do comércio de fertilizantes, corretivos, inoculantes, estimulantes ou biofertilizantes, remineralizadores e substratos para plantas, destinados à agricultura, e dá outras providências. (Redação dada pela Lei nº 12.890, de 2013).
    • Decreto nº 4.954, de 14 de janeiro de 2004. Altera o Anexo ao Decreto nº 4.954, de 14 de janeiro de 2004, que aprova o Regulamento da Lei no 6.894, de 16 de dezembro de 1980, que dispõe sobre a inspeção e fiscalização da produção e do comércio de fertilizantes, corretivos, inoculantes, ou biofertilizantes, remineralizadores e substratos para plantas destinados à agricultura-.
    • Resolução CONAMA n. 375, de 29 de agosto de 2006. Define critérios e procedimentos, para o uso agrícola de lodos de esgoto gerados em estações de tratamento de esgoto sanitário e seus produtos derivados, e dá outras providências.
    • Instrução Normativa SDA nº 25, de 23 de julho de 2009, do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Aprova as normas sobre as especificações e as garantias, as tolerâncias, o registro, a embalagem e a rotulagem dos fertilizantes orgânicos simples, mistos, compostos, organominerais e biofertilizantes destinados à agricultura.
    • Instrução Normativa SDA nº 27, de 5 de junho de 2006, do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Dispõe sobre a importação ou comercialização, para a produção, de fertilizantes, corretivos, inoculantes e biofertilizantes.
    • Instrução Normativa GM nº 46, de 6 de outubro de 2011, do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Estabelece o Regulamento Técnico para os Sistemas Orgânicos de Produção Animal de Vegetal.
    • Instrução Normativa GM nº 53, de 23 de outubro de 2013, do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Estabelece disposições e critérios para a inspeção e fiscalização de fertilizantes, corretivos, inoculantes, biofertilizantes e materiais secundários; o credenciamento de instituições privadas de pesquisa; e requisitos mínimos para avaliação da viabilidade e eficiência agronômica e elaboração do relatório técnico-científico para fins de registro de fertilizante, corretivo e biofertilizante na condição de produto novo.
Catadores e a compostagem
  • A Lei nº 8666, de 21 de junho de 1993, estabelece a possibilidade de dispensa de licitação “na contratação da coleta, processamento e comercialização de resíduos sólidos urbanos recicláveis ou reutilizáveis, em áreas com sistema de coleta seletiva de lixo, efetuados por associações ou cooperativas formadas exclusivamente por pessoas físicas de baixa renda reconhecidas pelo poder público como catadores de materiais recicláveis, com o uso de equipamentos compatíveis com as normas técnicas, ambientais e de saúde pública.
  • A partir do entendimento da compostagem também como uma forma de reciclagem, conclui-se que a prestação deste tipo de serviço por cooperativas ou outras formas de associações de catadores de materiais reutilizáveis e recicláveis é mais uma forma de atuação possível destas entidades.
Como fazer a compostagem
  • Existem muitas formas de compostar resíduos orgânicos de forma segura. A medida que vamos entendendo que condições são necessárias para garantir que os resíduos se degradem de forma segura (sem gerar odores, nem atrair animais como ratos e moscas), podemos criar estas condições de infinitas formas.
    • Para a compostagem doméstica, outras possibilidades simples são a compostagem em minhocários e a compostagem em baldes, que podem ser feitas até em locais com pouco espaços, como apartamentos.
Coleta seletiva de lixo: importância, benefícios e como fazer
  • A coleta seletiva é o método de otimização dos processos de destinação adequada do lixo. E por falar em lixo... Vale a pena ressaltar que lixo é uma palavra geral para designar as palavras "resíduo" (os descartes que ainda têm alguma utilização possível por meio da reciclagem ou reutilização) e "rejeito" (aqueles que já não podem ser utilizados novamente).
  • A importância da coleta seletiva é justamente a redução dos impactos ambientais do consumo. Quando separamos o lixo (ou o que sobrou do que consumimos), facilitamos muito o seu tratamento e diminuímos as chances de impactos nocivos para o ambiente e para a saúde da vida no planeta, incluindo a vida humana.
A importância da coleta seletiva
  • A coleta seletiva exige que os descartes sejam separados em úmidos, secos, recicláveis e orgânicos. E dentro dessas categorias há subcategorias. Os recicláveis, por exemplo, abrangem o alumínio, o papel, o papelão e alguns tipos de plástico, entre outros. Quando os materiais recicláveis são coletados e chegam às cooperativas, eles são separados minuciosamente para serem reaproveitados. O que não é reaproveitado é levado para aterros sanitários.
  • Todo esse caminho tem muita importância, pois o lixo descartado incorretamente que não passa por esse processo pode acabar indo parar em bueiros e valas, entupindo-as; ou então se acumular em locais inadequados formando focos de proliferação de mosquitos e de outros vetores de doenças. O vento e a chuva podem transportar o descarte para mares e rios. Nesse caso, até mesmo o lixo descartado corretamente pode ser transportado pelo vento e pela chuva e parar no oceano, mas os descartes incorretos têm mais chances de serem transportados dessa forma (pelo vento e pela chuva).
  • Materiais perigosos como pilhas e objetos eletrônicos, quando descartados incorretamente, poluem o solo, a água e às vezes até mesmo o ar de maneira significativa.
  • A Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS) prevê a não geração de resíduos sólidos e, quando gerados, a disposição final ambientalmente adequada. Para isso, a PNRS estabelece que a responsabilidade pelo ciclo de vida dos produtos deve ser compartilhada, ou seja, todos - fabricantes, importadores, distribuidores, comerciantes, consumidores e titulares de serviços públicos de limpeza urbana - têm responsabilidade pela disposição final ambientalmente adequada dos resíduos sólidos.
  • A mesma lei estabelece que haja integração e emancipação econômica dos catadores de materiais reutilizáveis no ciclo de vida dos produtos. Sendo assim, a importância da coleta seletiva também se dá no nível econômico-social.
Empresas especializadas em coleta
  • Para facilitar a implantação da coleta seletiva e a gestão consciente de resíduos,existem empresas especializadas que oferecem um projeto específico para viabilizar a coleta seletiva em condomínios e empresas. A relação custo/benefício acaba compensando, considerando o aumento da eficiência do processo, para além de outros benefícios.
  • Em São Paulo, uma empresa que atua com projeto de coleta seletiva é o Instituto Muda. Desde 2007, eles realizam o diagnóstico e o projeto para adequar a infraestrutura necessária para acondicionamento dos recicláveis. A implantação inclui palestras e treinamentos, coleta dos materiais recicláveis, relatório mensal de resíduos, além de certificado de destinação correta.

quinta-feira, 6 de fevereiro de 2020

GESTÃO DE RESÍDUOS

  • A Lei nº 12.305/10, que institui a Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS) é bastante atual e contém instrumentos importantes para permitir o avanço necessário ao País no enfrentamento dos principais problemas ambientais, sociais e econômicos decorrentes do manejo inadequado dos resíduos sólidos.
  • Prevê a prevenção e a redução na geração de resíduos, tendo como proposta a prática de hábitos de consumo sustentável e um conjunto de instrumentos para propiciar o aumento da reciclagem e da reutilização dos resíduos sólidos (aquilo que tem valor econômico e pode ser reciclado ou reaproveitado) e a destinação ambientalmente adequada dos rejeitos (aquilo que não pode ser reciclado ou reutilizado).
  • Institui a responsabilidade compartilhada dos geradores de resíduos: dos fabricantes, importadores, distribuidores, comerciantes, o cidadão e titulares de serviços de manejo dos resíduos sólidos urbanos na Logística Reversa dos resíduos e embalagens pós-consumo e pós-consumo.
  • Cria metas importantes que irão contribuir para a eliminação dos lixões e institui instrumentos de planejamento nos níveis nacional, estadual, microregional, intermunicipal e metropolitano e municipal; além de impor que os particulares elaborem seus Planos de Gerenciamento de Resíduos Sólidos.
  • Também coloca o Brasil em patamar de igualdade aos principais países desenvolvidos no que concerne ao marco legal e inova com a inclusão de catadoras e catadores de materiais recicláveis e reutilizáveis, tanto na Logística Reversa quando na Coleta Seletiva.
Gestão e gerenciamento de resíduos
  • Os lixões continuam sendo alternativas para a disposição de resíduos em inúmeras cidades no mundo. Os lixos nas cidades dão um aspecto sujo e mostram o descaso do setor público com a saúde pública. Apesar de todos os problemas causados, a falta de planejamento ainda é uma realidade.
  • Estudos mostram que em alguns casos, isso ocorre devido a falta de mão de obra qualificada no mercado. Sinais como este são excelente para identificar os melhores mercados.
O gerenciamento de resíduos
  • De uma forma resumida, o gerenciamento de resíduos é o ato de dar soluções para todo e qualquer problema causado pelo impacto dos resíduos. Essas soluções podem ser de ordem metodológica ou tecnológica e precisam atender as exigências legais de cada país.
  • No Brasil, o Gerenciamento de Resíduos Sólidos é definido pela Política Nacional de Resíduos Sólidos da seguinte maneira:
    • Lei nº 12.305/2010 – Gerenciamento de Resíduos Sólidos: conjunto de ações exercidas, direta ou indiretamente, nas etapas de coleta, transporte, transbordo, tratamento e destinação final ambientalmente adequada dos resíduos sólidos e disposição final ambientalmente adequada dos rejeitos, de acordo com plano municipal de gestão integrada de resíduos sólidos ou com plano de gerenciamento de resíduos sólidos, exigidos na forma desta Lei;
  • Para comprovar a destinação ambientalmente adequada, uma instituição precisa elaborar seu plano de gerenciamento de resíduos sólidos.
Manejo de resíduos sólidos
  • O manejo de resíduos sólidos pode ser entendido como um conjunto de atividades relativas aos resíduos e que fazem parte portanto do próprio gerenciamento de resíduos. No Brasil ela é sempre encontrada junto aos serviços de limpeza urbana, como no exemplo abaixo:
  • Lei nº 12.305/2010, Art. 18. A elaboração de plano municipal de gestão integrada de resíduos sólidos, nos termos previstos por esta Lei, é condição para o Distrito Federal e os Municípios terem acesso a recursos da União, ou por ela controlados, destinados a empreendimentos e serviços relacionados à limpeza urbana e ao manejo de resíduos sólidos, ou para serem beneficiados por incentivos ou financiamentos de entidades federais de crédito ou fomento para tal finalidade.
A gestão integrada de resíduos sólidos
  • Os termos utilizados dependem da definição dada em cada país ou região. Vejamos as definições dadas na Comunidade Européia e no Brasil.
  • A Gestão de resíduos, a recolha, o transporte, a valorização e a eliminação de resíduos, incluindo a supervisão destas operações, a manutenção dos locais de eliminação após encerramento e as medidas tomadas na qualidade de comerciante ou corretor;
  • No Brasil, a Lei 12.305/2010 define Gestão Integrada de Resíduos Sólidos da seguinte maneira:
    • A gestão integrada de resíduos sólidos: conjunto de ações voltadas para a busca de soluções para os resíduos sólidos, de forma a considerar as dimensões política, econômica, ambiental, cultural e social, com controle social e sob a premissa do desenvolvimento sustentável;
    • A gestão Integrada deve ser implementada pelos municípios e inclui todas as etapas e segmentos do setor. O município deve ser o maestro do setor. Deve criar um cenário favorável e estimular a entrada de empresas que farão os investimentos em destinação de resíduos.
A diferença entre Gestão e Gerenciamento de Resíduos Sólidos
  • A Gestão e o Gerenciamento de Resíduos Sólidos envolvem, portanto o setor público e o privado. Sendo que quando falamos em Gestão Integrada, nos referimos ao setor público. Gerenciamento de resíduos se refere ao setor privado e de instituições.
  • A Gestão Integrada, portanto é de responsabilidade do gestor público municipal no Brasil. Dessa forma, é incorreto falar em gerenciamento de resíduos sólidos urbanos.
Agente de gestão de resíduos sólidos
  • Profissionais de Gerenciamento de Resíduos Sólidos são procurados por empresas, instituições e pela gestão pública para ajudar a resolver problemas com a destinação de resíduos
  • O profissional qualificado a trabalhar com gestão e gerenciamento de resíduos é chamado de agente. Ele é encarregado de elaborar um plano de gestão ou gerenciamento ou garantir a aplicação de um plano existente. No entanto, o gerenciamento de resíduos sólidos nas empresas é o local de trabalho mais comum deste profissional.
  • Existe uma enorme demanda por profissionais qualificados nesta área. A constatação dessa demanda é feita em uma simples visita a uma cidade ou empresa. Problemas causados pela má destinação de resíduos são um indicativo importante para a necessidade de contratação de profissionais realmente qualificados.
A gestão integrada e sustentável de resíduos sólidos
  • A sustentabilidade é caracterizada pelo seu tripé que considera os aspectos sociais, econômicos e ambientais. Desta forma, qualquer política sustentável deve levar em consideração esses princípios.
  • Antes de buscar as melhores tecnologias, o gestor deve conhecer muito bem os Aspectos Legais que regem o setor de resíduos sólidos na sua região, tanto na esfera municipal, estadual como nacional.
  • No Brasil a Lei 12.305/2010 rege o setor de resíduos sólidos e define a ordem de prioridade no gerenciamento de resíduos sólidos da seguinte maneira:
    • Não geração;
    • Redução;
    • Reutilização;
    • Reciclagem;
    • Tratamento dos resíduos sólidos
    • Disposição final ambientalmente adequada dos rejeitos
  • A consultoria para gestão de resíduos é um serviço prestado por profissionais com ampla experiência em gerenciamento de resíduos sólidos.
A relação entre o consumismo e a geração de resíduos
  • A sociedade tem percebido a dimensão do uso sem medida dos recursos naturais do nosso Planeta. A demanda por produtos que utilizam de matéria-prima proveniente do meio ambiente ocorre em escala cada vez maior, devido ao alto nível de produtividade e consumo. Essa situação vem pondo em risco, não somente os ecossistemas que sofrem com essa degradação, mas o próprio destino da humanidade está sendo comprometido pelos padrões insustentáveis de consumo.
  • Em contraponto, consumir na medida certa é sim, um dos confortos conquistados pela sociedade moderna, seja em eletrodomésticos que tornam o cotidiano mais prático, nos alimentos variados e com embalagens criativas e úteis, em um carro confortável ou em sistemas tecnológicos criados para facilitar o dia a dia. Dessa maneira, o grave problema ambiental é decorrente dos hábitos da sociedade em relação ao consumismo desenfreado e a geração de resíduos a partir desse consumo imprudente e que não visualiza a possibilidade do fim dos recursos naturais.
  • Segundo o Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas (IPCC) o cenário para os próximos 100 anos é pessimista. As projeções sobre os impactos das mudanças climáticas indicam perda da biodiversidade, queda na produção agrícola, deslocamento de populações, aumento do nível do mar e intensificação de eventos. Logo, medidas devem ser acionadas para que haja, em crescente disposição, meios de reverter essa circunstância.
  • A Política Nacional de Resíduos Sólidos – PNRS através do princípio da Responsabilidade Compartilhada, aparece com uma maneira de organizar o descarte sustentável dos resíduos gerados pelo consumo excessivo. Ela obriga todos os geradores de resíduos sólidos a gerenciar seus resíduos de forma adequada recompensando aqueles que se dispõem a combater a geração de resíduos e com isso começar a mudar cenário atual de montanhas de lixo espalhadas no país e punindo os que geram sem se preocupar com a destinação final de seus resíduos através de taxas de serviço que poderão ser posteriormente convertidas para o tratamento de seus resíduos.
Tecnologia a favor do consumo consciente
  • É para auxiliar no gerenciamento dos resíduos que a ferramenta meu Resíduo tem a contribuir com o meio ambiente, facilitando a gestão do ciclo de vida do resíduo por parte de empresas geradoras, transportadores, logística, órgãos ambientais, consultorias ambientais e gerenciadores de resíduos.
  • Como a geração de resíduos sólidos está diretamente ligada aos padrões culturais e hábitos de consumo da sociedade, o conceito de “gerar menos quantidade de resíduos sólidos” acaba ficando intimamente ligado a gestão eficiente de toda a cadeia produtiva de resíduos.
  • O uso de tecnologias modernas e inovadoras agrega produtividade e controle os processos de gestão dos resíduos gerados pelas empresas, ajudando a eliminar desperdício. Investir em softwares que garantem qualidade e transparência do serviço prestado no setor de geração e descarte de resíduos, é uma alternativa que contribuiu para a sustentabilidade do planeta. Por exemplo: a empresa de coleta pode incentivar o uso de embalagens de descarte correto aos seus clientes, evitando desperdício. Outra consequência positiva resultante do investimento em tecnologia por parte das empresas em sistemas de descarte e destinação de resíduos, é a diminuição no custo de produção de acordo com o reaproveitamento e reciclagem. O que ,de certa forma, deixa o preço final dos produtos mais baixos, aumentando a competitividade das empresas a nível nacional e internacional.
  • Para evitar um colapso dos recursos naturais - que são a nossa fonte de sobrevivência - precisamos avaliar e repensar nossos hábitos de consumo no âmbito pessoal e empresarial. Adotar uma postura responsável, de forma que possamos viver de acordo com a capacidade ecológica do Planeta é o principal ponto a ser pensado e ponderado na administração e gestão das empresas.

quarta-feira, 5 de fevereiro de 2020

Aula 6.1 - Classificação da Vegetação

Fala pessoal, no vídeo de hoje começaremos a aula 6 com o tema Vegetação, e trataremos primeiramente sobre os conceitos básicos de vegetação e os principais tipos de vegetação existentes no planeta.



terça-feira, 4 de fevereiro de 2020

ENERGIA RENOVÁVEL

  • Uma das formas mais eficientes de compensar e realizar a neutralização de carbono é por meio de energias renováveis.
  • Energia renovável, energia alternativa ou energia limpa são três nomes possíveis para qualquer energia obtida por meio de fontes renováveis, que não geram grandes impactos ambientais negativos. Consumir energia 100% limpa é o jeito mais eficiente de compensar as emissões de CO2. A fonte de energia mais usada ainda é o carvão, com o consumo mundial de mais de 28% contra quase 13% de energias renováveis, como hidrelétrica, solar e eólica.
  • O Brasil possui uma matriz energética predominantemente renovável devido às hidrelétricas, apesar do crescimento do uso de termelétricas abastecidas por combustíveis fósseis. No Brasil, o setor energético corresponde a 30% das emissões de CO2, ficando atrás, por uma pequena porcentagem, apenas da mudança no uso do solo e da agricultura, que têm as maiores contribuições para o aquecimento global.
  • Os investimentos e tecnologias em energia renovável estão crescendo cada vez mais. Cerca de 90% das novas energias geradas no ano de 2015, por exemplo, vêm de fontes renováveis. Aquele foi o ano da energia renovável; o investimento foi de US$ 286 bilhões principalmente em energia solar, bicombustíveis e eólica. O uso de energias limpas evitou o lançamento de 1,5 gigatonelada (Gt) de CO2 em 2014; mesmo assim, 32,3 Gt de CO2 foram gerados pelos combustíveis fósseis (carvão, óleo e gás natural) no mesmo ano.
  • Empresas que produzem energia limpa, como projetos de aproveitamento do biogás em aterros, projetos de energias eólica, solar, biomassa, entre outras, podem vender sua produção pelo Mecanismo de Desenvolvimento Limpo (MDL), na forma de créditos de carbono, pela quantidade correspondente às emissões evitadas. Para realizar a neutralização de carbono, o responsável pode comprar esses créditos de carbono proveniente de energias renováveis.
Principais tipos de energia renovável
Biomassa
  • Biomassa é toda matéria orgânica, derivada de plantas ou de animais, disponível de forma renovável. Ela pode ser oriunda de restos de madeira, de sobras agrícolas, de resíduos urbanos orgânicos, de esterco etc. E a bioenergia é a energia derivada da conversão da biomassa em combustível.
  • A energia proveniente da biomassa corresponde aos biocombustíveis etanol, biodiesel, biogás.
  • O Brasil também é um dos maiores produtores de etanol e o uso do bagaço da cana-de-açúcar para as usinas termelétricas também está crescendo. Em comparação com a gasolina, o biocombustível (etanol) emite até 82% menos dióxido de carbono (CO2) na atmosfera. A biomassa pode ser uma das grandes fontes de energias renováveis e for cultivada de maneira sustentável, ou pode ser uma grande destruidora se manejada de forma incorreta.
Energia geotérmica
  • É a utilização da energia térmica do interior da Terra. Essa fonte de energia renovável pode ser usada diretamente (sem a produção de energia em usinas, utilizando apenas o calor gerado pelo solo) ou indiretamente (quando o calor é encaminhado para uma indústria que o transforma em energia elétrica). O crescimento por ano é de 3%, mas é viável somente em regiões com potencial geológico para isso (em especial aquelas próximas a vulcões). Dependendo da técnica utilizada, esse tipo de energia também pode emitir diretamente sulfeto de hidrogênio, dióxido de carbono, amônia, metano e boro, que são substâncias tóxicas.
Hidrelétrica
  • O Brasil é o segundo país do mundo com maior capacidade e geração de energia hidráulica, atrás apenas da China. As hidrelétricas usam uma elevação para aumentar a força da água e girar as turbinas para produzir energia elétrica. Apesar de ser considerada uma fonte de energia limpa devido à sua baixa emissão de gases de efeito estufa (GEEs), as grandes hidrelétricas causam significativos impactos ao meio ambiente; a solução seria investir em pequenas centrais hidrelétricas (PCHs) que possuem menor impacto.
Energia dos oceanos
  • Esse tipo de energia renovável pode ser proveniente principalmente de marés (maremotriz) ou das ondas (ondomotriz). A fonte energética ainda é pouco utilizada, pois para ser eficiente e economicamente viável, a costa precisa ter características específicas, como marés maiores que três metros. O preço do kW é alto, tornando esse tipo de energia não atrativa comparada como outras fontes.
Energia solar
  • A energia proveniente do sol é a energia renovável mais promissora para o futuro e a que recebe mais investimentos. A radiação solar pode ser capturada por placas fotovoltaicas e ser convertida em energia térmica ou elétrica. Quando painéis estão localizado em construções, como casas ou indústrias, os impactos ambientais são mínimos. Esse tipo de energia é uma das mais fáceis de ser implantada nos próprios estabelecimentos que querem a reduzir das suas emissões de CO2. Painéis podem ser adquiridos por pessoas físicas e empresas e instalados nos telhados de seus estabelecimentos, por exemplo.
Energia eólica
  • O Brasil tem um grande potencial eólico, por isso nós ingressamos no ranking dos dez países mais atraentes do mundo para investimentos no setor. A emissão de CO2 dessa fonte de energia alternativa é mais baixa que a da energia solar e é uma opção para o país não depender somente das hidrelétricas. Os investimentos em parques eólicos são uma ótima opção para neutralização de carbono emitidos por empresas, atividades, processos, eventos, etc.
Energia nuclear
  • A energia nuclear não é considerada uma energia renovável, e sim uma energia alternativa de baixa emissão de carbono. Entre as energias apresentadas aqui, a nuclear é a que menos emite CO2, entretanto existem muitas desvantagens do seu uso.
  • A possibilidade de utilização levanta um debate global sobre as prioridades de cada país. Por exemplo, os Estados Unidos deixaram de emitir 64 bilhões de gases de efeito estufa com o uso de energia nuclear, mas corre riscos, como quando ocorrem vazamentos e contaminações - casos famosos se deram em Chernobyl, na Ucrânia, e em Fukushima, no Japão. Os riscos e impactos desse tipo de acidente são imensos. Sem contar que, mesmo que não haja qualquer problema, os resíduos nucleares têm disposição muito difícil.
Comparações
  • Analisando o ciclo de vida da energia renovável, incluindo manufatura, instalação, operação e manutenção, fica claro como a quantidade de CO2 emitido pelas diversas fontes é mínima comparada a fontes tradicionais. Um relatório do Intergovernmental Panel on Climate Change (IPCC) mostra a quantidade de CO2 emitida pelas principais fontes de energia:
    • Carvão - 635 a 1.633 gramas de CO2 equivalente por quilowatt-hora de geração (gCO2eq/kWh)
    • Gás Natural - 272 a 907 gCO2eq/kWh
    • Hidrelétrica - 45 a 227 gCO2eq/kWh
    • Energia geotérmica - 45 a 90 gCO2eq/kWh
    • Energia solar - 32 a 90 gCO2eq/kWh
    • Energia eólica - 9 a 18 gCO2eq/kWh
    • Energia nuclear - 13,56 gCO2eq/kWh
Adaptação
  • Empresas podem investir em energia limpa de projetos certificados, garantindo a qualidade e a procedência na hora da compra, protegendo o consumidor. No Brasil, o caso da energia não é tão problemático, já que nossa matriz é principalmente proveniente de hidrelétricas, considerada uma energia renovável, apesar das controvérsias. Mas vale lembrar que existem energias capazes de diminuir ainda mais as emissões, pois produzem menos CO2 que as hidrelétricas, como a solar e eólica!
  • A integração de energias renováveis nos edifícios é um desafio para o qual o objetivo é conceber um edifício eficiente que permita a incorporação de um sistema que capte a energia e a transforme numa fonte de energia que seja útil para o edifício. Na realidade a colocação de, por exemplo, painéis solares na cobertura do edifício não é por si só uma medida eficiente de energia, pois se não tivermos em conta a eficiência do edifício esta pode nem ser suficiente para comportar a energia, por exemplo, da iluminação quanto mais do resto dos sistemas. Daí a importância da integração dos sistemas de energias renováveis em edifícios eficientemente energéticos que até esse ponto esgotaram todas as possíveis estratégias de design passivo na sua concepção ou que na sua reabilitação foram tidas em conta medidas de reabilitação energética e de eficiência energética.
  • Os incentivos à utilização de energias renováveis e o grande interesse que este assunto levantou nestes últimos anos deve-se principalmente à conscientização da possível escassez dos recursos fósseis (como o petróleo) e da necessidade de redução das emissões de gases nocivos para a atmosfera, os GEE (Gases de efeito de estufa). Este interesse deve-se em parte aos objetivos da União Européia, do Protocolo de Kyoto e das preocupações com as alterações climáticas.
  • A energia eólica está crescendo à taxa de 30% ao ano, com uma produção mundial em capacidade de 158 gigawatts (GW) em 2009, e é amplamente utilizada na Europa, Ásia e Estados Unidos. No final de 2009, a Energia Fotovoltaica a nível global cumulativo ultrapassou 21 GW e parques de energia fotovoltaica são comuns na Alemanha, Portugal e em Espanha. Parques de energia solar térmica operam nos EUA, Portugal e em Espanha, a mais importante delas é a de 354 megawatts (MW) no deserto de Mojave. A maior instalação do mundo em energia geotérmica são os Gêiseres na Califórnia, com uma capacidade nominal de 750 MW. O Brasil tem um dos maiores e mais importantes programas de energia renovável no planeta, envolvendo a produção de etanol da cana de açúcar, etanol dá 18% de combustíveis para veículos do país. O gás de etanol existe em muita abundância nos EUA.
  • Considerando que muitas iniciativas de energia renovável são em enorme escala, as energias renováveis aplicadas também são adequadas para as áreas rurais onde não existe rede elétrica, onde a energia é geralmente crucial no desenvolvimento humano. Globalmente, cerca de três milhões de famílias recebem energia a partir de pequenos sistemas fotovoltaicos.
  • As questões climáticas locais apelam para uma mudança de atitude, juntamente com os preços elevados do petróleo, pico do preço do petróleo, que só ajudam os governos a aumentar preços, estão fazendo que crescentemente se crie legislação vital para o uso das energias renováveis, incentivos e comercialização da mesma.
  • Custos de produção de energia renovável já estão à média mundial, inferiores às dos combustíveis fósseis e parques de energia limpa serão ainda mais competitivos em 2020.