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segunda-feira, 14 de agosto de 2017

PROTESTOS ULTRANACIONALISTAS TOMARAM CONTA DE CHARLOTTESVILLE NESTE ÚLTIMO FIM DE SEMANA

Os gritos de "vergonha" e com o nome de Heather Heyer, morta quando protestava contra uma manifestação de supremacistas brancos em Charlottesville, no estado da Virgínia, abafaram a voz de Jason Kessler, organizador da marcha fascista.

O silêncio dominou uma vigília realizada no local onde Heyer foi atropelada com outros manifestantes no sabádo (12 de agosto). A mistura de consternação e indignação nos dois quarteirões separados por uma rua de pedestres que abriga lojas e restaurantes ilustrava o clima da cidade universitária de 47 mil habitantes um dia após ao violento confronto do passado recente entre supremacistas brancos e manifestantes antirracismo.



O autor do ataque, James Alex Fields Jr., foi preso e deve ser acusado de homicídio nesta segunda. A presença policial e a interdição de uma rua principal também lembravam os moradores que ainda havia o risco de maiores enfrentamentos. 

Agentes vigiavam a estátua do general Robert E. Lee, líder das tropas confederadas na Guerra Civil dos EUA (1861-1865), que motivou a marcha dos supremacistas após ter sua retirada anunciada.

Mesmo após a saída de Kessler, que culpou a polícia por não ter evitado o confronto, a tensão continuou perto da Prefeitura. Um grupo liderado pelo Partido Comunista Revolucionário cedia o alto-falante a moradores e manifestantes antisupremacistas.

A presença perto da prefeitura, em diferentes momentos, de três homens identificados como integrantes da direita alternativa ("alt-right") acirrou os ânimos, mas não houve confronto.

A maioria dos participantes do protesto "Unir a Direita" ocorrido na noite de sexta-feira, quando carregaram tochas acesas como a Ku Klux Klan (KKK), e no sabádo.

Carl Dix, um dos líderes do Partido Comunista Revolucionário, veio de Nova York para protestar contra os supremacistas. 
"Não podemos ignorá-los, esse discurso tem que ser combatido. Na Alemanha, as pessoas também começaram ignorando Hitler, e olha o que aconteceu."
A funcionária do hospital da Universidade da Virgínia, Candice Maupin, preferiu sair de casa com um taco de beisebol.
"É uma arma não letal e preciso me defender e defender as minhas filhas, de 15 e 19 anos, porque esses homens são loucos".
"É muito triste, porque vejo a mesma besteira se repetindo. Aconteceu com a minha avó, negra, e agora está acontecendo comigo, com as minhas filhas. Não achei que teríamos que voltar à essa mesma luta."
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