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quarta-feira, 30 de setembro de 2015

RÚSSIA ATACOU OPOSIÇÃO E NÃO O ESTADO ISLÂMICO NA SÍRIA, DE ACORDO COM FONTES DOS EUA E DA FRANÇA

Os ataques russos na Síria miraram grupos da oposição ao regime de Bashar al-Assad e não o Estado Islâmico e dessa forma apoiam o ditador, disseram fontes dos governos da França e dos EUA nesta quarta-feira (30 de setembro).
As primeiras operações aéreas russas no país árabe ocorreram nas regiões de Homs e Hama, controladas pelos rebeldes.
A Rússia agiu a pedido do regime Assad e após receber aprovação pelo Parlamento russo. Os EUA foram informados de antemão.

"Caso seja Homs, o que parece ser, não é o Estado Islâmico que estão atacando, mas provavelmente grupos da oposição, o que confirma que eles estão mais em apoio ao regime de Bashar do que na luta contra o Estado Islâmico", disse uma fonte diplomática francesa, em condição de anonimato.

Segundo um dos líderes da oposição política síria, os ataques aéreos russos mataram pelo menos 36 civis e tinham como alvo áreas onde o Estado Islâmico e militantes ligados à Al Qaeda não estavam.

"Todos os alvos no ataque russo hoje em Homs eram civis", disse Khaled Khoja, chefe da Aliança Nacional Síria, grupo sediado na Turquia, em sua conta no Twitter.

Fonte: UOL Notícias

terça-feira, 29 de setembro de 2015

TEMPESTADE TROPICAL JOAQUIM GANHA FORÇA NO ATLÂNTICO

A tempestade tropical Joaquim ganhou força nesta terça-feira (29) sobre as águas do Atlântico e poderia tornar-se um furacão nas próximas horas, enquanto avança para as Bahamas - informou a meteorologia.
O fenômeno chegava a ventos de 100 km/h quando estava a 620 km das Bahamas, segundo informou às 18 horas (de Brasília) o Centro Nacional de Furacões (NHC, em inglês).
Joaquim se move lentamente para o oeste, mas deveria virar para o norte antes de alcançar as Bahamas - e não representa, a princípio, um risco para as zonas residenciais.

Imagem de satélite mostra a tempestade tropical Joaquim na região do Caribe. Foto: Weather Underground via AP

No momento, não foram emitidos alertas para zonas povoadas, embora as Bahamas "devam monitorar o desenvolvimento de Joaquim", afirmaram os meteorologistas.
"Prevemos o fortalecimento adicional durante as próximas 48 horas e Joaquim pode tornar-se um furacão na quarta-feira", segundo o NHC.
De acordo com a trajetória prevista pelo NHC, após virar para o norte o ciclone avançará em paralelo à costa leste dos Estados Unidos, sem representar um perigo para o país.
Joaquim é a 10ª tempestade da temporada de furacões do Atlântico, que começou em junho e termina em novembro.
Em agosto, a tempestade tropical Erika deixou 30 mortos e provocou muitos danos materiais na pequena ilha caribenha de Dominica.

Fonte: Portal G1

quinta-feira, 24 de setembro de 2015

GOVERNO DA COLÔMBIA ANUNCIA QUE FARC SERÁ JULGADA POR UM TRIBUNAL ESPECIAL

O presidente da Colômbia, Juan Manuel Santos, e o líder da guerrilha das Farc (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia), Rodrigo Londoño, conhecido como "Timochenko", anunciaram nesta quarta-feira (23), em Havana, que chegaram a um acordo sobre o ponto de justiça transicional, um passo determinante para chegar a um eventual acordo de paz, segundo reportagem do jornal "El Colombiano".
A questão se refere à jurisdição especial à qual serão submetidos aqueles que cometeram crimes durante os 50 anos do conflito que deixou 220 mil mortos e seis milhões de deslocados, um dos temas mais espinhosos do processo de paz.
O presidente também afirmou que uma data final foi fixada por ambos para firmar o acordo e acabar "com a maior guerra da Colômbia": 23 de março de 2016. As Farc deverão entregar as armas em um prazo de 60 dias após a assinatura do eventual acordo de paz definitivo entre o governo da Colômbia e a guerrilha.
O acordo inclui ainda a criação de uma jurisdição especial para a paz assim como mecanismos para garantir a não extradição aos EUA. Os dois lados também anunciaram a formação de uma comissão da verdade, um acordo sobre reparações para as vítimas de guerra e anistia para os combatentes. A Colômbia outorgará a anistia "mais ampla possível" para os delitos políticos, mas deixará fora dessa medida os crimes que a legislação nacional tipifica como sendo contra a humanidade, genocídio ou graves crimes de guerra.
Entre os delitos que ficarão fora desse indulto também estão outros atos graves como a tomada de reféns, privações graves de liberdade ou a tortura, segundo o comunicado conjunto sobre o acordo que leram hoje em Havana os representantes dos países fiadores, Cuba e Noruega. Também ficarão fora da anistia crimes como o deslocamento forçado, o desaparecimento forçado, as execuções extrajudiciais e a violência sexual.
"Esses delitos serão objeto de investigação e julgamento por parte da jurisdição especial para a paz", que as partes acordaram e que facilita o caminho para um acordo de paz definitivo, que esperam assinar em um prazo de seis meses.
O tema da justiça pelos crimes cometidos ao longo do conflito foi objeto de longas negociações. Enquanto as Farc destacaram não esperar que os rebeldes tenham que ir para a prisão, importantes setores na Colômbia pedem que pelo menos os líderes rebeldes se submetam a julgamentos por crimes contra a humanidade como sequestros e assassinatos e cumpram penas de prisão, ainda que simbólicas.

Fonte: UOL Notícias

quarta-feira, 16 de setembro de 2015

REFUGIADOS CORREM PARA CHEGAR À EUROPA ANTES QUE O INVERNO FECHE A ROTA PELA TURQUIA

Centenas de sírios e imigrantes de outros países se aglomeraram em um parque no centro de Istambul nesta quarta-feira (16), na esperança de ter uma última chance de alcançar a Europa antes que o tempo ruim torne perigosa demais a travessia da principal rota entre Turquia e Grécia.

"É hora de partir, enquanto a porta para a Europa está aberta", disse Zopir, de 20 anos, que fugiu da cidade síria de Deir al-Zor há três anos e agora quer chegar à Europa antes que a esposa, grávida de oito meses, dê à luz. "Estou com medo, mas estou preparado."

Zopir conseguiu juntar 8.000 euros (US$ 9.000) parar fazer a viagem, que começa no interior ou nos arredores do parque Aksaray, um bairro operário de Istambul, onde se pode contratar um "negociador": um homem que trabalha na ponta para os traficantes de humanos que levam refugiados até a costa do Mar Egeu.
Zopir e sua esposa fazem parte de um recorde de 300 mil pessoas contabilizadas fugindo da guerra, perseguição e pobreza em direção à Europa, usando a Grécia como porta de entrada. O número é cinco vezes maior do que o registrado em 2014 e continua a crescer, segundo a OIM (Organização Internacional para Migração).
Agora, tal passagem está se tornando ameaçadora e logo se tornará intransponível à medida que o frio chega e os ventos se intensificam, agitando o Mar Egeu, que permanece plácido durante os meses de verão.

"Esta é a última semana. Depois disso, as ondas se tornam altas demais", disse Joseph, um palestino de 37 anos que há quatro anos trabalha organizando a travessia de imigrantes. Ele não quis informar seu sobrenome.

"Traficantes menos escrupulosos podem aceitar organizar viagem com o tempo ruim", disse ele. Imigrantes de Síria, Iraque e Afeganistão chegam até Joseph, que coordena uma equipe de sete homens, por meio do boca a boca. Outros possuem até mesmo anúncios em páginas do Facebook mantidas por refugiados.
Fonte: Reuters/UOL Notícias

quarta-feira, 9 de setembro de 2015

AGÊNCIA VÊ MAIS RISCO DE CALOTE E TIRA NOTA DE BOM PAGADOR DO BRASIL

A agência de avaliação de risco Standard & Poor's (S&P) cortou, nesta quarta-feira (9), a nota do Brasil de "BBB-" para "BB+". Com isso, o país perdeu o chamado "grau de investimento", ou seja, deixou de ser considerado um bom pagador, um lugar recomendável para os investidores aplicarem seu dinheiro.
Além de retirar do Brasil o grau de investimento, a S&P sinalizou que a situação pode piorar ainda mais, ao manter a perspectiva negativa para a nota brasileira.

"Os desafios políticos que o Brasil enfrenta continuam a crescer, pesando sobre a habilidade do governo e a disposição de enviar um orçamento de 2016 ao Congresso consistente com uma significativa política corretiva sinalizada durante a primeira parte do segundo mandato da presidente Dilma", segundo a S&P.

A S&P foi a primeira das três principais agências de classificação de risco a conceder ao Brasil o selo de bom pagador, em abril de 2008, no governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Agora, é a primeira a colocar o Brasil de volta ao grau especulativo.
O país ainda mantém o grau de investimento de acordo com as outras duas principais agências: Fitch e Moody's.

Fonte: UOL Notícias

domingo, 6 de setembro de 2015

OPINIÃO_03

Hoje venho a este blog para expor a minha opinião sobre a crise humanitária em que passa principalmente na Europa.
Primeiro, venho falar do imenso respeito que eu tenho pelos povos do mundo, me refiro a todos, sejam eles, europeus, americanos, africanos, asiáticos, latinos e outros caso eu não tenha mencionado.
Segundo, venho de um país de colonização européia, falo uma língua européia (no caso, o português), e também de uma imensa e rica herança cultural européia, tanto de portugueses, quanto espanhóis, italianos, alemães, japoneses e eslavos que migraram para o Brasil.
Hoje em dia, vemos um grande movimento migratório, principalmente de sírios fugindo da Guerra na Síria e de africanos vindos do profundo desespero da fome, miséria e guerra em seus países, muitas vezes guerra financiadas pelos grandes países do globo que sabem que nesses territórios existe uma crise humanitária, porém não querem enxergar o problema que é muito mais profundo do que imaginamos.
Não são pessoas que estão saindo de seus lares apenas por uma questão econômica (esta outra crise agravante), mas sim, por uma questão de guerra. São ignoradas pela guerra, apenas mais um na pilha de mortos por ditadores sedendo de sangue e poder.
Por fim, temos que ver esse problema migratório com mais atenção, e com mais amor e respeito por nossos semelhantes.

sexta-feira, 4 de setembro de 2015

A GEOPOLÍTICA DO DESESPERO

Vou mencionar aqui neste blog um artigo muito interessante que li sobre a crise humanitária. O artigo é da Presidente do Sindicato dos Funcionários do SEF e professora universitária Manuela Nilza Ribeiro.

Esqueçamos todas as teorias clássicas desde Ratzel, Mahan, Mackinder e Spykman. O momento é dum outro tipo de geopolítica. Mais difuso e disperso, mais difícil de equacionar e de entender, assente nas pessoas e sem objectivos de poder político ou expansionista. Vivemos na era da geopolítica do desespero e este é um momento sem qualquer precedente histórico.
Baseada no objectivo único de sobrevivência, assistimos a uma invasão massiva de gente que foge aos cenários de guerra. Não são imigrantes (ou migrantes como é mais simples chamá-los) pois que não escolhem partir dos seus países mas sim deslocados, empurrados por guerras que o Ocidente na generalidade e a Europa por completa omissão, alimentaram.
Sem uma política nem uma segurança comuns, constantemente adiadas e relegadas para segundo plano, a (des) União foi a reboque dos Estados Unidos na sua política externa de alianças desfeitas no Médio Oriente, sem se ter dado conta da sua posição geopolítica e geoestratégica particular que a colocaria, sobretudo os países do Sul, numa situação melindrosa face aos conflitos nos países Árabes.
Aceitou, sem qualquer relutância, a deposição dos antigos aliados Americanos, Hussein e Khadaffi, embora muitas e conceituadas vozes, tivessem alertado para o perigo de implosão que isso acarretaria. Falaram mais alto os interesses económicos das indústrias de armamento primeiro e de construção depois.
Na Síria ninguém sabe o que realmente se passa, quem é o mau da fita e que papel joga hoje nesse tabuleiro o presidente Bashar e o E.I.
Alheios a estes jogos de poder estão milhões de seres humanos que lutam por sobreviver e procuram uma saída dos palcos de guerra, que não entendem nem procuram entender. O seu objectivo é apenas um: salvar-se e salvar a sua família. Haverá algo mais legítimo?
Face a isto, tudo arriscam! Ficar significa morrer. Partir é um risco assumido pelo desespero de quem nada tem a perder.
A Itália e a Grécia vinham alertando para este drama desde o início da década! A União decidiu relativizar o risco, minimizar a importância deste drama humano, responder com as usuais medidas palacianas e inoperantes.
E ei-los aí em barcos insufláveis às portas da Europa, à mercê de traficantes sem escrúpulos e de políticas sem conteúdo.
A geopolítica do desespero representa para a Europa um perigo maior do que o Estado Islâmico.
Agora já não há tempo para políticas e estratégias eleitoralistas e de faz de conta!!!
Impõe-se que a União pense e aja “fora da caixa política” a que se acomodou e assuma esta realidade simples: não é possível a integração destas vagas que não cessam de chegar!
A insistência nesta política levará a conflitos sociais cada vez mais graves, abrindo portas à proliferação de movimentos xenófobos um pouco por toda a parte e resultará, em última instância, no estabelecimento de campos de refugiados instalados dentro da Europa com todas as consequências já conhecidas.
Situações excepcionais exigem coragem e soluções excepcionais.
A criação dum Estado Santuário Temporário, com estruturas sociais próprias,- educação, saúde …- onde estas populações possam criar uma estabilidade que lhes confira dignidade e capacidade e autonomia económicas, com moeda própria, sob a protecção duma força de segurança europeia, pode ser uma (talvez a única) hipótese.
Tal situação foi em tempos posta em prática em África, com resultados, se não óptimos, pelo menos dignos de poderem ser replicados.
Paralelamente há que envidar esforços claros e firmes numa política externa concertada junto dos países em guerra.
Mas enquanto se continuar a olhar este drama com o choque de quem observa de longe e se mantiver o clássico politicamente correcto, baseado em organizações e agências de pomposos nomes e missões definidas no papel, estaremos apenas a ser cúmplices deste genocídio.

Fonte: Artigo de Manuela Nilza Ribeiro/UOL Notícias

quarta-feira, 2 de setembro de 2015

RELATO DE UM REFUGIADO QUE TENTOU ATRAVESSAR A NADO DA TURQUIA À GRÉCIA

Fazia quase sete horas que Sinan Nabir nadava no mar Egeu, da Turquia à Grécia, debaixo de um céu sem nuvens e um calor de 33 graus, quando dois barcos da guarda costeira - um turco, outro grego - se aproximaram para detê-lo.

"Os turcos me seguiram por uns trezentos metros. Queriam me levar de volta a Bodrum. Eu disse: 'eu me afogo, mas não volto'. Preferia morrer ali mesmo", lembra o franzino refugiado sírio de 51 anos, um dia depois de chegar à ilha grega de Kos, porta de entrada para as milhares de pessoas que, como ele, estão buscando uma vida segura na União Europeia.

Originário de Damasco, Nabir abandonou a Síria há dois anos, depois de que uma bomba lançada pelo Exército do presidente Bashar Al-Assad destruiu parte do bairro onde vivia, na periferia.
Instalou-se em Sharm el-Sheikh, um dos principais destinos turísticos do Egito, no Mar Vermelho, mas ações extremistas creditados ao grupo autodenominado "Estado Islâmico" (EI) na região o convenceram a emigrar outra vez.

"Sim, tive medo. Mas pensei: se eu morrer, eu morro. Que diferença faz morrer lá (na Síria ou no Egito) e morrer no mar? Que seja o que Deus quiser. Eu quero viver, mas pra isso preciso chegar à Europa. Tenho 51 anos, não tenho filhos, não tenho nada a perder", diz à BBC Brasil, recordando a jornada em alto-mar.

"Hoje é meu primeiro dia de vida. Antes eu estava morrendo."

A distância de Bodrum a Kos pelo mar é de cerca de 22 km - para efeito de comparação, a parte mais estreita da travessia entre Inglaterra e França pelo canal da Mancha tem 33 km.
As patrulhas da Grécia e da Turquia discutiram durante alguns minutos sobre a quem cabia a responsabilidade sobre o estranho nadador encontrado a meio caminho entre os dois países, até que os oficiais gregos aceitaram que Nabir subisse a bordo e o levaram a Kos.
Fraco e desidratado, o homem foi registrado pelas autoridades e conduzido ao hospital local, mas não precisou receber tratamento e, duas horas mais tarde, ao cair da noite, se juntou às centenas de refugiados que dormem nas ruas da ilha grega.

terça-feira, 1 de setembro de 2015

EUROPEUS SE ORGANIZAM PARA AJUDAR REFUGIADOS

Refugiados tentam embarcar na estação de trem de Budapeste, na Hungria, para a Alemanha

Em meio à revolta de parte da população dos países europeus que têm recebido refugiados na crise migratória, do outro lado do problema, pessoas têm se unido para ajudar os imigrantes a manter uma condição básica de vida. Na Alemanha, um grupo que ajuda habitantes locais a dispostos a compartilhar suas casas contou ao jornal britânico Guardian que tem recebido ofertas acima da expectativa. E o plano é passar essa ideia adiante para outros países.
Radicado em Berlim, o grupo Refugees Welcome (ou "Bem-vindos Refugiados, em português), tem ajudado pessoas de lugares como Afeganistão, Burkina Faso, Mali, Nigéria, Paquistão, Somália e Síria.
Mais de 780 alemães já se inscreveram no site do grupo e 26 pessoas foram colocadas em casas particulares até agora. Dois dos fundadores do site, Jonas Kakoschke, 31, e Mareike Geiling, 28, vivem com Bakari, um refugiado do Mali de 39 anos de idade a quem eles estão ajudando com aulas de alemão, enquanto ele espera por uma autorização de trabalho.
Um porta-voz disse que o sucesso crescente do projeto já levou a ofertas de ajuda para configurar esquemas semelhantes em outros países da União Europeia, incluindo a Grécia, Portugal e Reino Unido, além de um plano parecido na Áustria funcionando desde janeiro. No último fim de semana, milhares de islandeses se ofereceram para acomodar refugiados sírios em suas casas, numa carta aberta ao governo sobre a crise migratória.
O professor Johann Schmidt divide seu apartamento em Konstanz, na Alemanha, com um refugiado iraquiano, com quem ele foi combinado depois de se registrar no site em novembro de 2014. "Azad me diz sobre seu país de origem sempre que pode, e me explica o contexto global da situação atual em termos simples", disse Schmidt. "Eu aprendi um pouco com ele e já gosto muito de ouvir suas histórias."
Acomodar um refugiado não tem de significar perder o valor do aluguel de quarto, de acordo com o Refugees Welcome. Em um terço dos casos, os custos são cobertos, quer pelo centro de emprego ou com ajuda da Previdência Social, e um quarto dos aluguéis são pagos através de doações para o site.

"Estamos impressionados com a prontidão das pessoas para ajudar", disse o grupo na terça-feira. "Estamos agora a receber pedidos de informação dos diferentes países da Europa, como a Grécia, Portugal e Escócia, mas também da Austrália e os EUA.

Enquanto isso, a Islândia anunciou recentemente que estava disposta a ajudar com a catástrofe humanitária que obriga milhares de sírios a fugirem do país em busca de segurança na Turquia e Europa. O governo islandês se ofereceu para receber 50 refugiados na Islândia, um país de cerca de 330 mil pessoas. Entretanto, para alguns, a oferta não pareceu das mais calorosas.
Em resposta, os islandeses tentam preencher o vazio humanitário. Estimulado por um apelo de um escritor islandês, mais de 10.000 pessoas se ofereceram para abrigar refugiados sírios através de uma página no Facebook chamada "A Síria está chamando."
O governo islandês, em resposta às mensagens, disse que iria considerar o aumento do contingente de refugiados sírios. "Eu acredito que há solidariedade no que devemos fazer  para responder ao problema, nós apenas temos que descobrir a melhor maneira de fazê-lo", disse o primeiro-ministro islandês, Sigmundur Davíð Gunnlaugsson.
Na Alemanha, os ataques contra os refugiados e os centros que os abrigam têm ocupado o centro das notícias. Mas também existem inúmeros voluntários que, a cada dia, ajudam os refugiados a enfrentarem a burocracia do país.
Em Berlim, no bairro popular de Moabit, o imenso parque vizinho à sede do departamento de assuntos sanitários e sociais da cidade virou um verdadeiro acampamento, com roupa secando sobre os arbustos, onde se veem muitos homens, mulheres e crianças muito novas.
Depois de esperarem por vários dias, os refugiados esperam enfim obter o documento e a passagem de trem que lhes permitirá chegar até o centro de acolhimento provisório para onde são destinados, em alguma parte desse país cuja língua eles não falam.

Fonte: UOL Notícias