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quarta-feira, 30 de dezembro de 2020

quarta-feira, 23 de dezembro de 2020

quarta-feira, 16 de dezembro de 2020

Aula 10.2 - População brasileira

Neste vídeo falaremos sobre a distribuição da população brasileira e ver alguns de seus principais conceitos.

quarta-feira, 9 de dezembro de 2020

Aula 10.1 - Demografia

Neste vídeo, começaremos a aula 10 falando sobre demografia e população e nessa primeira aula falaremos sobre os principais conceitos de demografia.

quarta-feira, 2 de dezembro de 2020

Aula 9.3 - Fontes não-renováveis

Neste vídeo, encerraremos a aula 9 sobre as matrizes energéticas falando mais especificamente sobre as fontes de energias não-renováveis.

quarta-feira, 25 de novembro de 2020

Aula 9.2 - Fontes renováveis

Nesta vídeoaula continuamos a falar sobre as matrizes energéticas, desta vez falaremos sobre as energias renováveis.

quarta-feira, 18 de novembro de 2020

quarta-feira, 11 de novembro de 2020

Aula 8.9.2 - Desenvolvimento sustentável (parte 2)

Neste vídeo iremos continuar a falar sobre o desenvolvimento sustentável e assim, terminamos a aula 8 sobre as questões ambientais.

segunda-feira, 9 de novembro de 2020

Os melhores países para ter uma empresa

Levantamento do canal ARCO sobre os melhores países do mundo para se abrir uma empresa.

O Banco Mundial classifica a facilidade de fazer negócios com base em 10 tópicos: -Abertura de empresas; -Obtenção de alvarás de construção; -Obtendo eletricidade; -Registro de propriedades; -Obtenção de crédito; -Proteção dos investidores minoritários; -Pagamento de impostos; -Comércio internacional; -Execução de contratos; -Resolução de Insolvência.

Fonte: Banco Mundial - Doing Business: https://www.doingbusiness.org/pt/rank...

quarta-feira, 4 de novembro de 2020

Aula 8.9.1 - Desenvolvimento sustentável (parte 1)

Neste vídeo, apresentaremos a primeira parte da aula sobre o desenvolvimento sustentável explicando os seus conceitos.

quarta-feira, 28 de outubro de 2020

Aula 8.8 - Aquecimento Global

Neste vídeo iremos falar sobre as causas, consequências e efeitos ocasionados pelo aquecimento global. Suas divergências e estudos realizados.



quarta-feira, 21 de outubro de 2020

Aula 8.7 - Conferência das Partes (COP)

Neste vídeo vamos falar sobre as Conferências das Partes, também chamadas de COP que ocorreram de 1996 a 2019. A COP de 2020 ainda não foi confirmada em razão da pandemia do Covid-19.

quarta-feira, 14 de outubro de 2020

Aula 8.6 - Acordo de Paris de 2015 (COP21)

Neste vídeo, dando continuidade aos acordos climáticos, falaremos sobre o Acordo de Paris que ocorreu em dezembro de 2015, também chamada de COP21.

quarta-feira, 7 de outubro de 2020

quarta-feira, 30 de setembro de 2020

Aula 8.4 - Protocolo de Kyoto

Oi pessoal, bem vindo de volta as videoaulas após 5 meses longe de casa. No vídeo de hoje vamos continuar a aula 8 falando das principais conferências ambientais que já ocorreram no mundo.

segunda-feira, 13 de abril de 2020

O Avanço do Coronavírus (COVID-19) no Mundo

Veja este mapa animado feito pelo canal Arco que mostra o espalhamento da doença pelo mundo.


Fonte: Johns Hopkins do CSSE (traduzindo: Centro de Ciências e Engenharia de Sistemas)

terça-feira, 7 de abril de 2020

Casos de COVID-19 no Brasil por estado

Neste vídeo, do canal ARCO vemos o avanço do coronavírus (COVID-19) no Brasil. Casos registrados do dia 4 de março até 4 de abril.
Fonte: Ministério da Saúde

segunda-feira, 6 de abril de 2020

Aula 8.3 - Conferência da ONU sobre mudança no clima

Neste vídeo, iremos tratar sobre a Conferência-Quadro das Nações Unidas sobre Mudanças no clima, também conhecida pela sigla UNFCCC (em inglês).

segunda-feira, 30 de março de 2020

O avanço da pandemia de coronavírus (março de 2020)

O canal ARCO continua atualizando os dados do Coronavírus (COVID-19), mostrando em gráficos dinâmicos o avanço desse vírus e como ele está atingindo todo o planeta. 
Confiram e assinem o canal deles.


Fonte: Jonhs Hopkins do CSSE (Center for Systems Science and Engeneering)

quarta-feira, 25 de março de 2020

Aula 8.2 - Agenda 21 e a Declaração de Princípios para a Administração Sustentável das Florestas

Nestes dias de confinamento e quarentena, aproveitem o tempo em casa para estudar e neste vídeo, iremos dar seguimento a aula 8 do tema "Questões Ambientais", continuando a falar da Rio-92 mas especificando a Agenda 21 para o Desenvolvimento Sustentável e os Princípios para a Administração Sustentável das Florestas.

Um grande abraço (à distância, infelizmente) a todos e por favor, fiquem em casa e não deem ouvidos a lunáticos que dizem que isso é uma gripezinha ou resfriadinho. Isso é coisa muito séria, não é brincadeira.

Mas idiotices a parte, fiquem com a vídeo-aula.

quarta-feira, 18 de março de 2020

Aula 8.1 - Conferência de Estocolmo (1972) e Rio-92

Nesse vídeo, iniciaremos a aula 8 com o tema Questões Ambientais, onde iremos tratar sobre as conferências, tratados e protocolos ambientais.
E nessa primeira aula, o assunto será as conferências de Estocolmo, na Suécia em 1972 e a conferência do Rio de Janeiro em 1992, também conhecida como Eco-92.


terça-feira, 17 de março de 2020

Coronavírus no mundo (COVID-19)

Nesse gráfico dinâmico apresentado pelo canal ARCO, vemos os casos de coronavírus (COVID-19) ao redor do planeta. 
A fonte utilizada para a divulgação do gráfico foi por meio dos dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) que reportou os casos da doença entre 28 de janeiro a 13 de março de 2020.


quarta-feira, 11 de março de 2020

Aula 7.3 - Fenômenos climáticos (parte 3)

Neste dia especial de aniversário deste aqui que apresenta o blog, que grava, edita, renderiza e coloca as aulas no ar. Ou seja, eu mesmo. hehehehe. 
Venho com a continuação dos fenômenos climáticos em sua terceira parte falando sobre as monções, as glaciações, as ilhas de calor e a umidade relativa do ar. 
Então aproveitem o vídeo, comentem, deem aquele like e assine o Canal da Pangea no YouTube (é de graça, só clicar no inscrever ou subscribe).



quarta-feira, 4 de março de 2020

Aula 7.2 - Fenômenos climáticos (parte 2)


Neste vídeo, dando continuidade aos fenômenos climáticos existentes em nosso planeta, vamos falar sobre a baixa umidade do ar e sobre os fenômenos El Niño e La Niña.

OBS: Desculpa o barulho externo, tava querendo mudar um pouco os vídeos, mas no momento não tinha combinado com os vizinhos, nem com os aviões que passavam de cinco em cinco minutos.



sexta-feira, 28 de fevereiro de 2020

Aula 7.1 - Fenômenos climáticos

Olá pessoal, neste vídeo iremos falar sobre os fenômenos climáticos iniciando a aula 7 sobre Climatologia.



sexta-feira, 21 de fevereiro de 2020

CONTEÚDO DE PODCAST

Fala pessoal, neste post vou mostrar o link para o canal MundoGEO, do qual eles colocam podcasts acerca do mundo das Geociências e do Geoprocessamento.
Eles também estão com os podcasts no Spotify.

Link para o Site:

quinta-feira, 20 de fevereiro de 2020

Países com maior área de floresta (1992-2016)

No vídeo abaixo do canal ARCO, vemos nesse gráfico dinâmico quais são os países com a maior área de floresta no mundo entre os anos de 1992 a 2016.

A fonte deste trabalho foi feita pelo Banco Mundial.






quarta-feira, 19 de fevereiro de 2020

segunda-feira, 17 de fevereiro de 2020

IDIOMAS MAIS FALADOS NO MUNDO

Neste vídeo, postado pelo canal Lit Lists classifica os 60 idiomas mais falados no mundo por falantes nativos de acordo com a população absoluta dos países falantes. Porém, o canal descreve algumas observações como:
  • A definição de um idioma e um dialeto;
  • Alguns idiomas como, por exemplo, o árabe e o chinês, serão consideradas línguas únicas, mesmo com as variações dos dialéticas;
  • São contados apenas os falantes do primeiro idioma;
  • Muitos países, principalmente os de línguas inglesa e francesa não estão marcados, porque apenas falam o idioma como segunda ou terceira opção idiomática;
  • Os mapas no vídeo mostram apenas a área de origem dos falantes nativos.
As fontes utilizadas no levantamento foram:



sexta-feira, 14 de fevereiro de 2020

OS PASSAPORTES MAIS FORTES DO MUNDO

Neste vídeo, postado pelo canal Lit Lists vemos a comparação do poder dos passaportes dos países ao redor do globo.
Vemos no vídeo a ordem de aceitação dos passaportes e por onde eles tem livre visto de destinação.
As informações foram fornecidas pelo ranking do Henley Passaport Index em 2019.



quinta-feira, 13 de fevereiro de 2020

MOEDAS MAIS VALORIZADAS DO MUNDO

Neste vídeo do canal Lit Lists, vemos a comparação de valorização das moedas em circulação no mundo, com as moedas financeiras de mais de 180 países em torno do planeta.
Além disso, foi incluído no vídeo, algumas informações como as taxas de inflação ou a divisão de subunidades.




quarta-feira, 12 de fevereiro de 2020

Aula 6.2 - Classificação da Vegetação (continuação)

No vídeo de hoje, vamos dar continuação a aula anterior tratando sobre a classificação das vegetações existentes em nosso planeta.



terça-feira, 11 de fevereiro de 2020

RIO-92/ECO-92

  • De 3 a 14 de junho de 1992 ocorreu a Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento, 20 anos após a Conferência de Estocolmo. Realizada no Rio de Janeiro, Brasil, ficou conhecida como Rio-92 ou Eco-92. Contou com a participação de mais de 170 países e de aproximadamente 20.000 pessoas.
  • Teve como tema central a questão do desenvolvimento sustentável. A comunidade internacional reconheceu claramente a necessidade de conciliar o “desenvolvimento” social e econômico com o uso do bens ambientais. Os principais objetivos da Conferência foram:
    • Examinar a situação ambiental do planeta em relação ao desenvolvimento socioeconômico;
    • Determinar formas de transferência de tecnologias não poluentes aos países em desenvolvimento;
    • Avaliar estratégias de promoção do desenvolvimento sustentável;
    • Definir um sistema de cooperação internacional para questões ambientais.
Deste encontro resultaram 5 importantes documentos:
    1. Declaração do Rio sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento;
    2. Declaração de Princípios sobre Florestas;
    3. Agenda 21;
    4. Convenção sobre Biodiversidade Biológica;
    5. Convenção Quadro sobre a Mudança do Clima.
A Declaração do Rio e seus princípios
  • A Declaração do Rio reafirmou os princípios da Declaração de Estocolmo de 1972 e procurou avançar a partir dela. Buscou estabelecer uma nova e justa parceria internacional, baseada na cooperação entre Estados e indivíduos e na proteção ambiental global. Proclamou 27 princípios a serem respeitados. A seguir, apontamos o tema tratado por cada um deles.
    1. O ser humano como centro do desenvolvimento sustentável.
    2. Soberania e responsabilidade dos Estados na exploração de seus recursos.
    3. Necessidades das gerações presentes e futuras.
    4. Integração entre proteção ambiental e meio ambiente.
    5. Erradicação da pobreza.
    6. Tratamento especial aos países em desenvolvimento.
    7. Responsabilidades diferenciadas dos Estados na cooperação global em benefício do meio ambiente.
    8. Redução e eliminação dos padrões insustentáveis de produção e de consumo.
    9. Intercâmbio de conhecimentos científicos e tecnológicos.
    10. Conscientização e participação popular nas questões ambientais, e garantia de acesso às informações.
    11. Legislação ambiental eficaz e adequada a cada Estado.
    12. Sistema econômico internacional aberto e favorável, propício ao crescimento econômico e ao desenvolvimento sustentável.
    13. Responsabilização e indenização de vítimas de danos ambientais.
    14. Realocação e transferência, para outros Estados, de atividades e substâncias danosas aos seres humanos e ao meio ambiente.
    15. Princípio da Precaução.
    16. Internacionalização de custos ambientais e uso de instrumentos econômicos.
    17. Aplicação da avaliação de impacto ambiental.
    18. Comunicação imediata de desastres naturais aos Estados que possam sofrer os prejuízos ambientais.
    19. Notificação prévia de atividades que possam causar impacto transfronteiriço negativo sobre o meio ambiente.
    20. Participação plena da mulher em prol do desenvolvimento sustentável.
    21. Parceria global entre os jovens, tendo em vista o desenvolvimento sustentável.
    22. Papel e importância dos povos indígenas e de outras comunidades locais.
    23. Proteção dos bens naturais de povos oprimidos.
    24. Respeito à proteção ambiental, mesmo em tempos de guerra.
    25. Interdependência entre a paz, o desenvolvimento e a proteção ambiental.
    26. Uso de soluções pacíficas para todas as controvérsias ambientais.
    27. Cooperação entre povos e Estados para execução dos princípios e evolução do direito internacional na esfera do desenvolvimento sustentável.
Agenda 21
  • A Agenda 21 é um documento assinado por 179 países durante a "Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento" ou "ECO-92", realizada na cidade do Rio de Janeiro.
  • O seu principal objetivo é criar soluções para os problemas socioambientais mundiais, baseando-se no seguinte pensamento: “pensar globalmente, agir localmente”.
  • Esse documento é um compromisso político que buscar aliar o desenvolvimento econômico com a cooperação ambiental e social. Para isso, são necessárias estratégias, planos e políticas específicas em cada localidade em que a agenda for aplicada.
  • A Agenda 21 pode ser definida como um instrumento de planejamento para a construção de sociedades sustentáveis, em diferentes bases geográficas, que concilia métodos de proteção ambiental, justiça social e eficiência econômica.
  • A Agenda 21 Brasileira é um instrumento de planejamento participativo para o desenvolvimento sustentável do país, resultado de uma vasta consulta à população brasileira. Foi coordenado pela Comissão de Políticas de Desenvolvimento Sustentável e Agenda 21 (CPDS); construído a partir das diretrizes da Agenda 21 Global; e entregue à sociedade, por fim, em 2002.
  • A Agenda 21 Local é o processo de planejamento participativo de um determinado território que envolve a implantação, ali, de um Fórum de Agenda 21. Composto por governo e sociedade civil, o Fórum é responsável pela construção de um Plano Local de Desenvolvimento Sustentável, que estrutura as prioridades locais por meio de projetos e ações de curto, médio e longo prazos. No Fórum são também definidos os meios de implementação e as responsabilidades do governo e dos demais setores da sociedade local na implementação, acompanhamento e revisão desses projetos e ações.
Participação na Agenda
  • Para construir a Agenda 21 Local, o Programa Agenda 21 do MMA publicou o Passo a Passo da Agenda 21 Local, que propõe um roteiro organizado em quatro etapas:
    • Mobilizar para sensibilizar governo e sociedade;
    • Criar um Fórum de Agenda 21 Local;
    • Elaborar um diagnóstico participativo;
    • E elaborar, implementar, monitorar e avaliar um plano local de desenvolvimento sustentável.
  • Além disso, para que o público possa saber mais sobre as experiências de Agenda 21 Local no Brasil, o MMA criou o Sistema Agenda 21 – um banco de dados de gestão descentralizada que permite o compartilhamento de informações.
  • A Agenda 21 Local pode ser construída e implementada em municípios ou em quaisquer outros arranjos territoriais - como bacias hidrográficas, regiões metropolitanas e consórcios intermunicipais, por exemplo.
  • Para que uma Agenda 21 Local seja constituída, é imperativo que sociedade e governo participem de sua construção. Fortalecimento de processos de Agenda 21.
Fortalecimento de processos da Agenda 21
  • O MMA apóia os processos de Agenda 21 Local e conta com a parceria da Rede Brasileira de Agendas 21 Locais, cujo objetivo geral é fortalecer a implementação de Agendas 21 Locais mediante o intercâmbio de informações e o estímulo à construção de novos processos.
  • Assim, por intermédio do Fundo Nacional de Meio Ambiente (FNMA), o MMA apóia, desde 2001, a execução de 93 projetos de construção de Agenda 21 Local, abrangendo 167 municípios brasileiros.
Recursos
  • A Agenda 21 integra o Plano Plurianual do Governo Federal (PPA) 2008/2011. O desenvolvimento do Programa Agenda 21 fundamenta-se na execução de três ações finalísticas: elaboração e implementação das Agendas 21 Locais; formação continuada em Agenda 21 Local; e fomento a projetos de Agendas 21 Locais (por meio do FNMA)
Temas
  • A agenda 21 é composta por 40 capítulos, divididos em quatro seções, os temas abordados por esse documento são:
    • Dimensão social e econômica
    • Pobreza
    • Consumo
    • Sustentabilidade
    • Desenvolvimento sustentável
    • Saúde
    • Meio ambiente
    • Atmosfera
    • Ecossistema
    • Desertificação e seca
    • Agricultura e agricultores
    • Desenvolvimento rural
    • Diversidade biológica
    • Biotecnologia
    • Recursos vivos
    • Mares e oceanos
    • Aproveitamento
    • Gestão ecológica
    • Mulher
    • Infância
    • Juventude
    • Populações indígenas
    • ONG
    • Trabalhadores e sindicatos
    • Comércio
    • Indústria
    • Comunidade científica e tecnológica
    • Financiamento
    • Tecnologia ecológica sustentável
    • Educação
    • Conscientização
    • Cooperação
    • Acordos internacionais
  • O universo de temas abordados na Agenda 21, envolvem a dimensão social, econômica, cultural, educacional e ambiental das populações.
  • A agenda 21 baseia-se nos princípios da sustentabilidade.
  • Nesse caso, o desenvolvimento sustentável implica não só a conscientização da população para os problemas de degradação ambiental, mas também o reconhecimento das minorias, por exemplo, das mulheres e dos índios.
  • Uma vez que o reconhecimento pelo outro seja efetivado, a população tende a viver melhor na diversidade.
  • Além do universo social, ambiental e cultural dos povos, o processo educativo torna-se tão importante porque trabalha a conscientização socioambiental e cultural nas crianças e nos jovens.
  • A Agenda 21 representa uma aliança entre todos os povos, um instrumento importante e necessário que visa o planejamento participativo na construção de sociedades sustentáveis. Ela une métodos de proteção ambiental, justiça social e a eficiência econômica.
Agenda 21 brasileira
  • A Agenda 21 Brasileira foi criada em 1996 pela Comissão de Políticas de Desenvolvimento Sustentável e da Agenda 21 Nacional (CPDS). Ela tem como objetivo firmar os compromissos da sociedade brasileira com o desenvolvimento sustentável.
  • Efetivamente implementada em 2002, esse instrumento é baseado nas diretrizes da Agenda 21 Global. No Brasil, os resultados são positivos e crescem cada vez mais de maneira descentralizada, e assim, buscando o fortalecimento da sociedade e do poder local.
  • Muitos municípios brasileiros aderiram à Agenda 21 e se comprometerem com o desenvolvimento local em nível ambiental, social, cultural, econômico, assegurando a sustentabilidade da comunidade.
  • Portanto, a Agenda 21 Brasileira é um importante instrumento de participação cidadã e ação coletiva em prol de uma sociedade sustentável.
Declaração de Princípios para a Administração Sustentável das Florestas
  • Declaração de Princípios para a Administração Sustentável das Florestas. Tendo por objetivo a implantação da proteção ambiental de forma integral e integrada. Buscou-se um consenso global sobre o manejo, conservação e desenvolvimento sustentável de todos os tipos de florestas.
  • No cenário legislativo doméstico o Brasil editou a Lei 11.284, de 02 de março de 2006, dispondo sobre a gestão de florestas públicas para a produção sustentável, e dá outras providências, com o estabelecimento dos princípios da gestão de florestas públicas, sendo eles:
    • Constituem princípios da gestão de florestas públicas:
      • I - a proteção dos ecossistemas, do solo, da água, da biodiversidade e valores culturais associados, bem como do patrimônio público;
      • II - o estabelecimento de atividades que promovam o uso eficiente e racional das florestas e que contribuam para o cumprimento das metas do desenvolvimento sustentável local, regional e de todo o País;
      • III - o respeito ao direito da população, em especial das comunidades locais, de acesso às florestas públicas e aos benefícios decorrentes de seu uso e conservação;
      • IV - a promoção do processamento local e o incentivo ao incremento da agregação de valor aos produtos e serviços da floresta, bem como à diversificação industrial, ao desenvolvimento tecnológico, à utilização e à capacitação de empreendedores locais e da mão-de-obra regional;
      • V - o acesso livre de qualquer indivíduo às informações referentes à gestão de florestas públicas, nos termos da Lei no 10.650, de 16 de abril de 2003;
      • VI - a promoção e difusão da pesquisa florestal, faunística e edáfica, relacionada à conservação, à recuperação e ao uso sustentável das florestas;
      • VII - o fomento ao conhecimento e a promoção da conscientização da população sobre a importância da conservação, da recuperação e do manejo sustentável dos recursos florestais;
      • VIII - a garantia de condições estáveis e seguras que estimulem investimentos de longo prazo no manejo, na conservação e na recuperação das florestas.
        • § 1o Os Estados, o Distrito Federal e os Municípios promoverão as adaptações necessárias de sua legislação às prescrições desta Lei, buscando atender às peculiaridades das diversas modalidades de gestão de florestas públicas.
        • § 2o Os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, na esfera de sua competência e em relação às florestas públicas sob sua jurisdição, poderão elaborar normas supletivas e complementares e estabelecer padrões relacionados à gestão florestal.”
  • Além da edição do novo Código Florestal através da Lei 11.651, de 25 de maio de 2012, que menciona a gestão sustentável das florestas, trazendo como princípios:
    • “Art. 1º-A. Esta Lei estabelece normas gerais com o fundamento central da proteção e uso sustentável das florestas e demais formas de vegetação nativa em harmonia com a promoção do desenvolvimento econômico, atendidos os seguintes princípios:
      • I - reconhecimento das florestas existentes no território nacional e demais formas de vegetação nativa como bens de interesse comum a todos os habitantes do País;
      • II - afirmação do compromisso soberano do Brasil com a preservação das suas florestas e demais formas de vegetação nativa, da biodiversidade, do solo e dos recursos hídricos, e com a integridade do sistema climático, para o bem-estar das gerações presentes e futuras;
      • III - reconhecimento da função estratégica da produção rural na recuperação e manutenção das florestas e demais formas de vegetação nativa, e do papel destas na sustentabilidade da produção agropecuária;
      • IV - consagração do compromisso do País com o modelo de desenvolvimento ecologicamente sustentável, que concilie o uso produtivo da terra e a contribuição de serviços coletivos das florestas e demais formas de vegetação nativa privadas;
      • V - ação governamental de proteção e uso sustentável de florestas, coordenada com a Política Nacional do Meio Ambiente, a Política Nacional de Recursos Hídricos, a Política Agrícola, o Sistema Nacional de Unidades de Conservação da Natureza, a Política de Gestão de Florestas Públicas, a Política Nacional sobre Mudança do Clima e a Política Nacional da Biodiversidade;
      • VI - responsabilidade comum de União, Estados, Distrito Federal e Municípios, em colaboração com a sociedade civil, na criação de políticas para a preservação e restauração da vegetação nativa e de suas funções ecológicas e sociais nas áreas urbanas e rurais;
      • VII - fomento à inovação para o uso sustentável, a recuperação e a preservação das florestas e demais formas de vegetação nativa; e
      • VIII - criação e mobilização de incentivos jurídicos e econômicos para fomentar a preservação e a recuperação da vegetação nativa, e para promover o desenvolvimento de atividades produtivas sustentáveis.”" (OLIVEIRA, 2013)
Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (UNFCCC)
  • Durante a Conferência das Nações Unidas para o Meio Ambiente e o Desenvolvimento, realizada no Rio de Janeiro em 1992, a Rio 92, representantes de 179 países consolidaram uma agenda global para minimizar os problemas ambientais mundiais. Crescia a ideia do desenvolvimento sustentável, buscando um modelo de crescimento econômico e social aliado à preservação ambiental e ao equilíbrio climático em todo o planeta. Nesse cenário, foi elaborada a Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (UNFCCC). Ainda na Rio 92, outras duas convenções foram elaboradas: a Convenção sobre Diversidade Biológica e a Convenção das Nações Unidas para o Combate à Desertificação e Mitigação dos efeitos da seca.
  • A Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (UNFCCC, na sigla em inglês) tem o objetivo de estabilizaras concentrações de gases de efeito estufa na atmosfera em um nível que impeça uma interferência antrópica perigosa no sistema climático. Esse nível deverá ser alcançado em um prazo suficiente que permita aos ecossistemas adaptarem-se naturalmente à mudança do clima, assegurando que a produção de alimentos não seja ameaçada e permitindo ao desenvolvimento econômico prosseguir de maneira sustentável.
  • Uma forte preocupação do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC) – que reúne cientistas independentes de todo o mundo, incluindo pesquisadores brasileiros – quanto a anomalias nos dados de temperatura observados, indica uma tendência de aquecimento global devido a razões antrópicas. Isso foi importante para que a Convenção estabelecesse como seu principal objetivo estabilizar as concentrações de gases de efeito estufa (GEE) na atmosfera em um nível que impeça uma interferência antrópica perigosa no sistema climático global.
  • Para isso, foram definidos compromissos e obrigações para todos os países (denominados Partes da Convenção) e, levando em consideração o princípio das responsabilidades comuns porém diferenciadas, foram determinados compromissos específicos para as nações desenvolvidas.Os países signatários comprometeram-se a elaborar uma estratégia global “para proteger o sistema climático para gerações presentes e futuras”.
  • Convém destacar que o Brasil foi o primeiro país a assinar a Convenção, que somente começou a vigorar em 29 de maio de 1994, 90 dias depois de ter sido aprovada e ratificada pelo Congresso Nacional.
  • Entre os compromissos assumidos por todas as Partes, incluem-se:
    • Elaborar inventários nacionais de emissões de gases de efeito estufa;
    • Implementar programas nacionais e/ou regionais com medidas para mitigar a mudança do clima e se adaptar a ela;
    • Promover o desenvolvimento, a aplicação e a difusão de tecnologias, práticas e processos que controlem, reduzam ou previnam as emissões antrópicas de gases de efeito estufa;
    • Promover e cooperar em pesquisas científicas, tecnológicas, técnicas, socioeconômicas e outras, em observações sistemáticas e no desenvolvimento de bancos de dados relativos ao sistema do clima;
    • Promover e cooperar na educação, treinamento e conscientização pública em relação à mudança do clima.
  • Os países desenvolvidos encarregaram-se, ainda, dos seguintes compromissos específicos:
    • Adotar políticas e medidas nacionais para reduzir as emissões de gases de efeito estufa e mitigar a mudança do clima;
    • Transferir recursos tecnológicos e financeiros para países em desenvolvimento;
    • Auxiliar os países em desenvolvimento, particularmente os mais vulneráveis à mudança do clima, na implementação de ações de adaptação e na preparação para a mudança do clima, reduzindo os seus impactos.
Recursos financeiros
  • Para facilitar a transferência de recursos financeiros aos países em desenvolvimento, a Convenção estabeleceu mecanismos operacionais como o Fundo Global para o Meio Ambiente (GEF) e o Fundo Verde para o Clima (GFC).
  • O GEF foi então estabelecido pelo Banco Mundial, pelo Programa das Nações Unidas para Desenvolvimento (PNUD) e pelo Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA), para prover recursos a fundo perdido para projetos dos países em desenvolvimento que gerem benefícios ambientais globais, não apenas na área da mudança do clima, mas também sobre biodiversidade, proteção da camada de ozônio e recursos hídricos internacionais.
  • O Fundo Verde do Clima (GCF) apoia os países em desenvolvimento na promoção da mitigação da mudança do clima e da adaptação aos seus efeitos.
  • O Fundo deve alcançar US$ 100 bilhões por ano até 2020, conforme os compromissos assumidos pelos países desenvolvidos.

segunda-feira, 10 de fevereiro de 2020

RECURSOS MINERAIS DO BRASIL

  • O Brasil é um país privilegiado quando o assunto é disponibilidade de recursos minerais. A grande extensão territorial, a localização geográfica e sua formação geológica criaram condições para que o país apresente uma ampla oferta de diversos tipos de minérios e minerais.
Mineral x Minério
  • Mineral é uma substância homogênea, de composição inorgânica e quimicamente definida e que surge naturalmente na crosta terrestre.
  • Os minérios, nada mais são que os minerais de grande valor comercial. Entre eles estão: a hematita, magnetita e pirita (minérios de ferro), a bauxita (minério de alumínio) e a cassiterita (minério de estanho).
Principais recursos minerais do Brasil
  • A mineração ocupa importante posição na economia brasileira, especialmente no que se refere às exportações. O Brasil possui consideráveis reservas de minério e ocupa papel de destaque nas exportações de nióbio, minério de ferro, manganês e bauxita.
  • Em relação às reservas mundiais o Brasil é detém as maiores reservas de nióbio (que responde por mais de 90% das reservas mundiais), o país também tem mais da metade das reservas mundiais de barita e grafita natural. Os minérios de níquel, estanho e ferro também têm participação significativa em relação às reservas mundiais.
Petróleo
  • É verdade que o Brasil destaca-se no cenário mundial no que diz respeito à reservas e exploração de combustíveis fósseis como o petróleo. No entanto, o petróleo, assim como o gás natural, o carvão mineral e o xisto betuminoso são recursos de origem orgânica, com estrutura química e processo de formação muito distintos dos minerais aqui descritos.
Destaques da produção mineral no Brasil
  • Os minerais metálicos - como: ferro, ouro, estanho, e manganês e,
  • Os não metálicos - como: calcário, fosfato, talco e caulim.
  • Em relação ao mercado mundial, os minerais abaixo, percentualmente, são os mais representativos:
    • Nióbio (maior produtor mundial)
    • Minérios de ferro
    • Minérios de alumínio
    • Amianto (crisotila)
    • Bentonita
    • Vermicuta
    • Grafita natural
    • Talco
Nem tão rico assim
  • Seja por não possuir grandes jazidas ou por não ter exploração ou ter produção insuficiente para atender a demanda do mercado interno, o Brasil possui carência – ou dependência externa dos seguintes minerais: carvão metalúrgico, fosfato, potássio, enxofre, chumbo, fluorita, tungstênio e prata.
  • Estados Brasileiros maiores produtores de minérios (em toneladas):
    • 1° - Minas Gerais
    • 2° - Pará
    • 3° - Goiás
    • 4° - São Paulo
    • 5° - Bahia
    • 6° - Mato Grosso
    • 7° - Sergipe
  • Embora o Brasil possua uma expressiva variedade e quantidade de recursos minerais, o aproveitamento destes sofre prejuízo – em determinadas regiões - em função da escassez de tecnologia para a exploração comercial destes recursos. Nesses locais ainda é significativa a exploração rudimentar dos garimpos irregulares.
  • O desenvolvimento tecnológico voltado à indústria da mineração, tanto para a exploração, quanto para a utilização – faz com que estes recursos sejam vendidos para o mercado internacional a baixos preços. É comum também a presença de empresas estrangeiras atuando no campo da mineração no Brasil. A Vale (antiga empresa estatal privatizada em 1997) é uma gigante da mineração que atua em várias vertentes da atividade mineradora e industrial.
Impactos ambientais da Mineração
  • Os impactos ambientais da mineração afetam os ambientes hidrológicos, atmosféricos, além da biosfera, dos solos e das formas de relevo.
A mineração pode gerar diversos impactos ambientais
  • A atividade mineradora consiste na extração de riquezas minerais dos solos e das formações rochosas que compõem a estrutura terrestre. Trata-se, assim, de uma das mais importantes atividades econômicas tanto no Brasil como em todo o mundo, com destaque para o petróleo e o carvão mineral. No entanto, é preciso ressaltar que essa prática costuma gerar sérios danos ao meio ambiente.
  • Os impactos ambientais da mineração são diversos e apresentam-se em diversas escalas: desde problemas locais específicos até alterações biológicas, geomorfológicas, hídricas e atmosféricas de grandes proporções. Portanto, conhecer esses problemas causados e a minimização de seus efeitos é de grande necessidade para garantir a preservação dos ambientes naturais.
  • Entre as principais alterações nas paisagens e os impactos gerados pela mineração, podemos destacar:
    • Remoção da vegetação em todas as áreas de extração;
    • Poluição dos recursos hídricos (superficiais e subterrâneos) pelos produtos químicos utilizados na extração de minérios;
    • Contaminação dos solos por elementos tóxicos;
    • Proliferação de processos erosivos, sobretudo em minas antigas ou desativadas que não foram reparadas pelas empresas mineradoras;
    • Sedimentação e poluição de rios pelo descarte indevido do material produzido não aproveitado (rochas, minerais e equipamentos danificados);
    • Poluição do ar a partir da queima ao ar livre de mercúrio (muito utilizado na extração de vários tipos de minérios);
    • Mortandade de peixes em áreas de rios poluídos pelos elementos químicos oriundos de minas;
    • Evasão forçada de animais silvestres previamente existentes na área de extração mineral;
    • Poluição sonora gerada em ambientes e cidades localizados no entorno das instalações, embora a legislação vigente limite a extração mineral em áreas urbanas atualmente;
    • Contaminação de águas superficiais (doce e salgada) pelo vazamento direto dos minerais extraídos ou seus componentes, tais como o petróleo.
  • Diversos estudos ambientais indicam que muitos dos materiais gerados pela mineração são rejeitos, estes muitas vezes erroneamente descartados. Na produção de ouro, por exemplo, 99,9% de todo material produzido não é aproveitado, sendo muitas vezes depositado de forma deliberada no leito de rios ou em áreas onde as águas das chuvas escoam para a sedimentação de cursos d'água. Na extração de cobre, por sua vez, menos de 1% do que é extraído costuma ser devidamente aproveitado, ao passo que o restante é lixo.
  • A contaminação por compostos químicos, com destaque para o mercúrio, também é um dos principais danos ambientais provocados pela mineração. Esses compostos são utilizados para a separação de misturas, retirada dos minerais e catalização de reações. Após o processo, costumam ser descartados, o que ocorre muitas vezes de maneira indevida, principalmente em localidades de limitada fiscalização, ou até em minas ilegais, que, além de tudo isso, costumam empregar trabalho análogo ao escravo ou infantil. Essa realidade, infelizmente, é muito comum em países como o Brasil e em territórios dependentes economicamente, a exemplo de muitas nações do continente africano.
  • Diante dessas considerações, é importante mencionar que a atividade mineradora é, de toda forma, de vital importância para as sociedades. Mas isso não significa, no entanto, que ela deva ser realizada de maneira não planejada e sem a devida fiscalização de suas instalações. É preciso, pois, promover medidas para o correto direcionamento do material descartado e a contenção da poluição gerada pelos elementos químicos. Além disso, torna-se necessário pensar na utilização sustentável dos recursos minerais a fim de garantir a sua existência para as gerações futuras.

sexta-feira, 7 de fevereiro de 2020

GESTÃO DE RESÍDUOS ORGÂNICOS

  • Os resíduos orgânicos representam metade dos resíduos sólidos urbanos gerados no Brasil e podem ser tratados em várias escalas, desde a escala doméstica, passando pela escala comunitária, institucional (de um grande gerador de resíduos), municipal até a escala industrial, para a produção de fertilizante orgânico.
  • Os resíduos orgânicos são constituídos basicamente por restos de animais ou vegetais descartados de atividades humanas. Podem ter diversas origens, como doméstica ou urbana (restos de alimentos e podas), agrícola ou industrial (resíduos de agroindústria alimentícia, indústria madeireira, frigoríficos...), de saneamento básico (lodos de estações de tratamento de esgotos), entre outras.
  • São materiais que, em ambientes naturais equilibrados, se degradam espontaneamente e reciclam os nutrientes nos processos da natureza. Mas quando derivados de atividades humanas, especialmente em ambientes urbanos, podem se constituir em um sério problema ambiental, pelo grande volume gerado e pelos locais inadequados em que são armazenados ou dispostos. A disposição inadequada de resíduos orgânicos gera chorume, emissão de metano na atmosfera e favorece a proliferação de vetores de doenças. Assim, faz-se necessária a adoção de métodos adequados de gestão e tratamento destes grandes volumes de resíduos, para que a matéria orgânica presente seja estabilizada e possa cumprir seu papel natural de fertilizar os solos.
Os resíduos orgânicos
  • Segundo a caracterização nacional de resíduos publicada na versão preliminar do Plano Nacional de Resíduos Sólidos, os resíduos orgânicos correspondem a mais de 50% do total de resíduos sólidos urbanos gerados no Brasil. Somados aos resíduos orgânicos provenientes de atividades agrossilvopastoris e industriais, os dados do Plano Nacional de Resíduos Sólidos indicam que há uma geração anual de 800 milhões de toneladas de resíduos orgânicos.
  • Quando separados na fonte (ou seja, quando os resíduos orgânicos não são misturados com outros tipos de resíduos) a reciclagem dos resíduos orgânicos e sua transformação em adubo ou fertilizante orgânico pode ser feita em várias escalas e modelos tecnológicos. Pequenas quantidades de resíduos orgânicos podem ser tratadas de forma doméstica ou comunitária, enquanto grandes quantidades podem ser tratadas em plantas industriais. Os processos mais comuns de reciclagem de resíduos orgânicos são a compostagem (degradação dos resíduos com presença de oxigênio) e a biodigestão (degradação dos resíduos com ausência de oxigênio).
  • Tanto a compostagem quanto a biodigestão buscam criar as condições ideias para que os diversos organismos decompositores presentes na natureza possam degradar e estabilizar os resíduos orgânicos em condições controladas e seguras para a saúde humana. A adoção destes tipos de tratamento resulta na produção de fertilizantes orgânicos e condicionadores de solo, promovendo a reciclagem de nutrientes, a proteção do solo contra erosão e perda de nutrientes e diminuindo a necessidade de fertilizantes minerais (dependentes do processo de mineração, com todos os impactos ambientais e sociais inerentes a esta atividade, e cuja maior parte da matéria-prima é importada).
  • Apesar disso, atualmente, menos de 2% dos resíduos sólidos urbanos são destinados para compostagem. Aproveitar este enorme potencial de nutrientes para devolver fertilidade para os solos brasileiros está entre os maiores desafios para a implementação da Política Nacional de Resíduos Sólidos.
  • Quanto à biodigestão, o Ministério do Meio Ambiente fez parte do Comitê Gestor do Projeto Brasil-Alemanha de Fomento ao Aproveitamento Energético de Biogás no Brasil (PROBIOGÁS), coordenado pelo Ministério das Cidades em parceria com a Agência de Cooperação Internacional Alemã.
Resíduos orgânicos e a legislação brasileira
  • A Política Nacional de Resíduos Sólidos (Lei 12.305/2010) prevê, a necessidade de implantação, pelos titulares dos serviços, “de sistemas de compostagem para resíduos sólidos orgânicos e articulação com os agentes econômicos e sociais formas de utilização do composto produzido”. Desta forma, entende-se que a promoção da compostagem da fração orgânica dos resíduos, assim como a implantação da coleta seletiva e da disposição final ambientalmente adequada dos rejeitos, faz parte do rol de obrigações dos municípios.
  • Segundo as definições de reciclagem e rejeitos da PNRS conclui-se igualmente que processos que promovem a transformação de resíduos orgânicos em adubos e fertilizantes (como a compostagem) também podem ser entendidos como processos de reciclagem. Desta forma, resíduos orgânicos não devem ser considerados indiscriminadamente como rejeitos, e esforços para promover sua reciclagem devem ser parte das estratégias de gestão de resíduos em qualquer escala (domiciliar, comunitária, institucional, industrial, municipal...).
  • As principais referências legais nacionais atualmente em vigor aplicáveis à reciclagem de resíduos orgânicos estão listadas abaixo:
    • Lei nº 6894, de 16 de dezembro de 1980. Dispõe sobre a inspeção e a fiscalização da produção e do comércio de fertilizantes, corretivos, inoculantes, estimulantes ou biofertilizantes, remineralizadores e substratos para plantas, destinados à agricultura, e dá outras providências. (Redação dada pela Lei nº 12.890, de 2013).
    • Decreto nº 4.954, de 14 de janeiro de 2004. Altera o Anexo ao Decreto nº 4.954, de 14 de janeiro de 2004, que aprova o Regulamento da Lei no 6.894, de 16 de dezembro de 1980, que dispõe sobre a inspeção e fiscalização da produção e do comércio de fertilizantes, corretivos, inoculantes, ou biofertilizantes, remineralizadores e substratos para plantas destinados à agricultura-.
    • Resolução CONAMA n. 375, de 29 de agosto de 2006. Define critérios e procedimentos, para o uso agrícola de lodos de esgoto gerados em estações de tratamento de esgoto sanitário e seus produtos derivados, e dá outras providências.
    • Instrução Normativa SDA nº 25, de 23 de julho de 2009, do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Aprova as normas sobre as especificações e as garantias, as tolerâncias, o registro, a embalagem e a rotulagem dos fertilizantes orgânicos simples, mistos, compostos, organominerais e biofertilizantes destinados à agricultura.
    • Instrução Normativa SDA nº 27, de 5 de junho de 2006, do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Dispõe sobre a importação ou comercialização, para a produção, de fertilizantes, corretivos, inoculantes e biofertilizantes.
    • Instrução Normativa GM nº 46, de 6 de outubro de 2011, do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Estabelece o Regulamento Técnico para os Sistemas Orgânicos de Produção Animal de Vegetal.
    • Instrução Normativa GM nº 53, de 23 de outubro de 2013, do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Estabelece disposições e critérios para a inspeção e fiscalização de fertilizantes, corretivos, inoculantes, biofertilizantes e materiais secundários; o credenciamento de instituições privadas de pesquisa; e requisitos mínimos para avaliação da viabilidade e eficiência agronômica e elaboração do relatório técnico-científico para fins de registro de fertilizante, corretivo e biofertilizante na condição de produto novo.
Catadores e a compostagem
  • A Lei nº 8666, de 21 de junho de 1993, estabelece a possibilidade de dispensa de licitação “na contratação da coleta, processamento e comercialização de resíduos sólidos urbanos recicláveis ou reutilizáveis, em áreas com sistema de coleta seletiva de lixo, efetuados por associações ou cooperativas formadas exclusivamente por pessoas físicas de baixa renda reconhecidas pelo poder público como catadores de materiais recicláveis, com o uso de equipamentos compatíveis com as normas técnicas, ambientais e de saúde pública.
  • A partir do entendimento da compostagem também como uma forma de reciclagem, conclui-se que a prestação deste tipo de serviço por cooperativas ou outras formas de associações de catadores de materiais reutilizáveis e recicláveis é mais uma forma de atuação possível destas entidades.
Como fazer a compostagem
  • Existem muitas formas de compostar resíduos orgânicos de forma segura. A medida que vamos entendendo que condições são necessárias para garantir que os resíduos se degradem de forma segura (sem gerar odores, nem atrair animais como ratos e moscas), podemos criar estas condições de infinitas formas.
    • Para a compostagem doméstica, outras possibilidades simples são a compostagem em minhocários e a compostagem em baldes, que podem ser feitas até em locais com pouco espaços, como apartamentos.
Coleta seletiva de lixo: importância, benefícios e como fazer
  • A coleta seletiva é o método de otimização dos processos de destinação adequada do lixo. E por falar em lixo... Vale a pena ressaltar que lixo é uma palavra geral para designar as palavras "resíduo" (os descartes que ainda têm alguma utilização possível por meio da reciclagem ou reutilização) e "rejeito" (aqueles que já não podem ser utilizados novamente).
  • A importância da coleta seletiva é justamente a redução dos impactos ambientais do consumo. Quando separamos o lixo (ou o que sobrou do que consumimos), facilitamos muito o seu tratamento e diminuímos as chances de impactos nocivos para o ambiente e para a saúde da vida no planeta, incluindo a vida humana.
A importância da coleta seletiva
  • A coleta seletiva exige que os descartes sejam separados em úmidos, secos, recicláveis e orgânicos. E dentro dessas categorias há subcategorias. Os recicláveis, por exemplo, abrangem o alumínio, o papel, o papelão e alguns tipos de plástico, entre outros. Quando os materiais recicláveis são coletados e chegam às cooperativas, eles são separados minuciosamente para serem reaproveitados. O que não é reaproveitado é levado para aterros sanitários.
  • Todo esse caminho tem muita importância, pois o lixo descartado incorretamente que não passa por esse processo pode acabar indo parar em bueiros e valas, entupindo-as; ou então se acumular em locais inadequados formando focos de proliferação de mosquitos e de outros vetores de doenças. O vento e a chuva podem transportar o descarte para mares e rios. Nesse caso, até mesmo o lixo descartado corretamente pode ser transportado pelo vento e pela chuva e parar no oceano, mas os descartes incorretos têm mais chances de serem transportados dessa forma (pelo vento e pela chuva).
  • Materiais perigosos como pilhas e objetos eletrônicos, quando descartados incorretamente, poluem o solo, a água e às vezes até mesmo o ar de maneira significativa.
  • A Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS) prevê a não geração de resíduos sólidos e, quando gerados, a disposição final ambientalmente adequada. Para isso, a PNRS estabelece que a responsabilidade pelo ciclo de vida dos produtos deve ser compartilhada, ou seja, todos - fabricantes, importadores, distribuidores, comerciantes, consumidores e titulares de serviços públicos de limpeza urbana - têm responsabilidade pela disposição final ambientalmente adequada dos resíduos sólidos.
  • A mesma lei estabelece que haja integração e emancipação econômica dos catadores de materiais reutilizáveis no ciclo de vida dos produtos. Sendo assim, a importância da coleta seletiva também se dá no nível econômico-social.
Empresas especializadas em coleta
  • Para facilitar a implantação da coleta seletiva e a gestão consciente de resíduos,existem empresas especializadas que oferecem um projeto específico para viabilizar a coleta seletiva em condomínios e empresas. A relação custo/benefício acaba compensando, considerando o aumento da eficiência do processo, para além de outros benefícios.
  • Em São Paulo, uma empresa que atua com projeto de coleta seletiva é o Instituto Muda. Desde 2007, eles realizam o diagnóstico e o projeto para adequar a infraestrutura necessária para acondicionamento dos recicláveis. A implantação inclui palestras e treinamentos, coleta dos materiais recicláveis, relatório mensal de resíduos, além de certificado de destinação correta.