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terça-feira, 30 de junho de 2015

GUERRA DO PACÍFICO: CHILE VS PERU

Ontem, ao assistir o jogo da Copa América entre as seleções do Chile e do Peru, logo me recordei a uma viagem que eu fiz a Lima em 2013 e me lembrava o quanto os peruanos não gostavam dos chilenos e tudo isso por causa da Guerra do Pacífico.
Mas o que foi a Guerra do Pacífico?
A Guerra do Pacífico foi um conflito em meados dos anos de 1879 e 1883, confrontando o Chile as forças conjuntas da Bolívia e do Peru. 
Fronteiras do Chile, Peru e Bolívia antes da Guerra do Pacífico.

Ao final da guerra, o Chile anexou ao seu território áreas ricas em recursos naturais do Peru e da Bolívia. O Peru perdeu a província de Tarapacá e a Bolívia teve de ceder a província de Antofagasta, ficando sem saída para o mar. Tanto que na Bolívia, recuperar o acesso ao Oceano Pacífico é uma questão nacional constando em sua Constituição. 
A origem da guerra teve sua origem nas desavenças entre o Chile e na Bolívia sobre o controle de uma parte do deserto do Atacama, muito rico em recursos minerais, sendo que, este território era explorado por empresas chilenas de capital britânico. O aumento das taxas sobre a exploração mineral transformou-se em uma disputa comercial, logo após, em uma crise diplomática e por fim, em uma guerra. 
Batalha naval de Angamos, por Thomas Somercales. 

O cenário era amplamente desfavorável para as forças aliadas:
Para a Bolívia, depois de uma série de governos transitórios, estava claramente despreparada, além de carecer de uma força marítima.
Para o Peru, o país se via diante de um colapso econômico que deixou o seu exército e marinha despreparados para o confronto. A maioria dos navios de guerra peruanos estavam velhos e precisando de reparos.  
Somente para o Chile, o cenário era favorável, ao dispor de uma marinha moderna e de forças de combate preparadas para o conflito.  
Sendo uma guerra localizada em pleno deserto, o controle do seria de suma importância. 
A Batalha de Topáter, que ocorreu no dia 23 de março de 1879, onde 554 soldados chilenos mais a cavalaria marcharam rumo a Calama, encontrando a resistência boliviana composta de 135 soldados e de civis residentes na área, liderados por Ladislao Cabrera. 
Os pedidos de rendição não surtiram efeito e então teve inicio a batalha. Parte dos bolivianos bateram em retirada, exceto alguns civis, que lutaram até o fim. Outras batalhas em solo só ocorreram depois que o conflito no mar se resolveu.
Isso é somente um resumo que eu fiz deste conflito. Eu sei que faltam muitas coisas para completar, mas eu só quis falar sobre este conflito, pouco conhecido por nós, brasileiros que infelizmente, não sei por uma questão histórica ou cultural, não se interessam por história e geografia da América Latina, um continente tão rico e tão interessante em conhecer.

segunda-feira, 29 de junho de 2015

ESTADO ISLÂMICO: ORIGENS SOBRE O GRUPO

Nos dias de hoje, ao assistir em noticiários de TV, rádio e internet assuntos como o ocorrido na sexta-feira (26) em que houveram os ataques terroristas à turistas na Tunísia, no Kuwait e na França, todos eles, atribuídos ao Estado Islâmico.
Mas o que é o Estado Islâmico? Onde ele surgiu? Quais as suas ligações com a Al-Qaeda?
Soldados do Estado Islâmico

Este grupo fundamentalista surgiu nos anos 90, na surdina, no Iraque, na época governada por Sadam Hussein. O auge deste grupo surge em 2011, logo após a morte de Osama Bin Laden e o enfraquecimento da Al-Qaeda, o grupo começa a tomar força recrutando e aliciando soldados em diversas partes do mundo.
A Guerra da Síria em 2011 é onde o grupo começa a tomar força sendo considerado como uma continuação da Al-Qaeda cometendo atos terroristas e atrocidades muitas vezes consideradas mais extremas.
Além disso, o grupo gera o ódio e a discriminação ao mundo e a cultura ocidental, aos monumentos arqueológicos e históricos.
O fato é que este grupo faz não é nada menos do que causar a "islafomobia" que é o ódio e a aversão aos muçulmanos. Muitos muçulmanos são contra o Estado Islâmico dizendo que eles não são muçulmanos e que eles sim, são os grandes culpados e responsáveis pela islamofobia.
O Estado Islâmico também é um causador e disseminador do medo na região ao obrigar as pessoas que vivem nas regiões controladas a se converterem ao islã, ao divulgar vídeos de maus-tratos, tortura, execuções e afogamento de civis, jornalistas e soldados capturados. O EI também é responsável por denúncias de violência sexual, imposição de seu regime aos civis em territórios conquistados e a destruição dos Patrimônios da Humanidade, principalmente na Síria e no Iraque.
Por fim, o Estado Islâmico não representa em nada a cultura islâmica e as pessoas que cultuam o islã. A cultura islâmica é extremamente rica, milenar e que merece todo o respeito.


sábado, 27 de junho de 2015

OPINIÃO_01

Ontem, foi aprovado pela Justiça dos EUA o casamento gay e muitas pessoas aqui no Brasil colocaram em seus perfis no Facebook a bandeira GLBT.
A minha opinião é: sou a favor do casamento gay, acho que todos devem ser felizes com quem quer que seja, sem nenhum tipo de preconceito ou discriminação, mas também não sou obrigado a postar em meu perfil do Facebook, Instagram ou Twitter qualquer bandeira dizendo se eu sou contra ou a favor de qualquer coisa.
Acho que qualquer um faz o que quiser com a sua vida, mas também acho que não se deve meter na vida de outra pessoa. Cada um tem sua opinião, eu tenho a minha.
Já ouviram o ditado que diz: "Deus deu a vida pra cada um cuidar da sua".

E pra quem achou ruim, assista e ouça este vídeo.



Obrigado.

sexta-feira, 26 de junho de 2015

TRANSPOSIÇÃO DO RIO SÃO FRANCISCO: VERDADES E MITOS

Em 2006, quando eu fiz um TCC sobre a transposição do rio São Francisco, costumava dizer quais eram os aspectos positivos e negativos e se essa transposição ou revitalização seria benéficos para as comunidades e a população da região.

Atualmente, não se tem falado muito deste projeto por ser mais uma ilusão do que uma realidade. Isso porque esse projeto é falado desde a época do Brasil Império com Dom Pedro II, passou pela época da Era Vargas, dos militares e só voltou a ser mencionado nos Governos FHC e Lula.

Área de abrangência do Projeto de Revitalização ou Transposição do Rio São Francisco

Em 2007, as obras foram iniciadas pelos militares do Exército Brasileiro e concluído pelos mesmos em 2013. Agora só falta as empreiteiras concluírem. 

Aí vem a pergunta. Quando essas empreiteiras irão iniciar a sua parte no processo de transposição? Ou será apenas mais uma ilusão?

No meu TCC eu havia citado os mitos e verdades sobre o que é a transposição ou revitalização: 

Antes da revitalização das águas do rio São Francisco, o que estava em pauta era um assunto menos consensual, que era a transposição do rio São Francisco.
Tratava-se de um projeto que retirava as águas do São Francisco, na altura do município de Cabrobó (PE) e levaria para o interior do semi-árido nordestino, considerada a região mais seca e sofrida do país, atendendo as áreas dos Estados do Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba e Pernambuco.
A transposição transformou-se em revitalização, porem há várias justificativas para a mudança, sendo uma delas a falta de água no rio. Quando o Governo Fernando Henrique Cardoso elaborou seu primeiro Plano Plurianual, havia R$ 2 bilhões para o projeto de transposição de águas do São Francisco, sendo que, naquela época o real valia um dólar naquela época. Esses recursos chamaram a atenção de políticos de todo o Brasil, e uma verdadeira ofensiva foi montada.
Na imprensa, as manchetes tratavam do projeto como “desvio” do São Francisco, e alguns políticos como o Senador Antônio Carlos Magalhães (PFL – BA) dispararam críticas. Na época, atribuíram ao Senador Antônio Carlos Magalhães a ideia de que se o governo faria projetos de irrigação, que os membros e técnicos ambientais do Governo e do Ministério do Meio Ambiente fossem ao Estado da Bahia, por onde o rio passava e observassem os problemas no rio para o desvio de suas águas.
A ideia de que a falta de água não poderia barrar a execução do projeto, porem era necessário criar essa polêmica em torno da transposição do rio São Francisco e para discutir o assunto em números, à transposição de águas teria uma vazão média anual máxima de 64 m³/s.
Nos dias atuais, o rio São Francisco fornece 330 m³/s em todos os projetos de irrigação instalados, e apenas a Companhia de Desenvolvimento do Vale do São Francisco e do Parnaíba (COODEVASF) tem uma outorga de água de 80 m³/s para o projeto Jaíba, em Minas Gerais que possui uma área de 7 km de extensão, e serve para irrigar cerca de 28 mil hectares da região norte de Minas Gerais, no vale do Jequitinhonha, uma das regiões mais pobres do Brasil (Figura 5). Sendo assim, todos os Estados que compõem a Bacia Hidrográfica do rio São Francisco querem uma parte dos recursos dessa transposição.
Mas o que parecia apenas esconder as más intenções por parte de alguns estados acabou servindo a uma boa causa. O debate, acerca da transposição das águas do rio São Francisco, acabou despertando a opinião pública para a importância do rio São Francisco. Foi a partir daí que os problemas do rio vieram à tona como o lixo, o assoreamento, a falta de água e de peixes. No ano de 2001, outro fator entrou em cena: o racionamento de energia. Se os técnicos ambientais já haviam descoberto que o rio São Francisco possui problemas, de repente, viram que o problema da falta de energia poderia afetar a vida de todos, quando entra em questão um racionamento de energia e um “apagão” à vista.
Com todos os problemas, a cerca da transposição do rio São Francisco, foi criado o Projeto de Integração e Revitalização da Bacia Hidrográfica do rio São Francisco em junho de 2002 pela Presidência da República.
E também mencionei quais os benefícios e quais os malefícios do processo de transposição do rio São Francisco.

Os benefícios seriam:
  • O aumento da oferta hídrica e da garantia hídrica;
  • Geração de empregos e renda durante a implantação;
  • Dinamização da economia regional;
  • Aumento de oferta de água para o abastecimento urbano;
  • Abastecimento de água das populações rurais;
  • Redução da exposição da população a situações emergenciais da seca;
  • Dinamização da atividade pecuária e a incorporação de novas áreas do processo produtivo;
  • Melhoria da qualidade da água nas bacias receptoras;
  • Diminuição do êxodo rural e da emigração da região;
  • Redução da exposição da população a doenças e mortes e;
  • Redução da pressão sobre a infra-estrutura de saúde.
E os malefícios que seriam:

  • Retiradas de água para o consumo em poços próximos aos rios e que podem reduzir o fluxo dos mesmos, 
    • Ao sugar a água diretamente para fora do rio, quanto por interceptar a água subterrânea que, de outra maneira, acabaria no rio. 
    • Exemplo: o aumento dos níveis de concentração de poluentes.
  • A água que é usada fora do curso e é então despejada novamente no rio (através de estações de tratamento, tanques sépticos, etc.) 
    • Normalmente mais pobre em qualidade do que quando foi originalmente retirada também levando a uma diminuição geral na qualidade de água.
  • O aumento do fluxo de água nas estações de tratamento de esgoto resultantes do crescente aumento de uso, tornando mais difícil para as plantas tratarem os efluentes efetivamente 
    • Exemplo: fluxos maiores podem exceder a capacidade das estações e diminuir a capacidade de fluxos de esgotos combinados.
Por fim, quero dizer que isto foi a minha opinião e respeito qualquer outra opinião. Por favor, comentem mas sem fascismo ou sem qualquer outro tipo de intolerância.



quinta-feira, 25 de junho de 2015

BANDEIRA CONFEDERADA DA AMÉRICA: SÍMBOLO HISTÓRICO OU SÍMBOLO RACISTA?


Bandeira dos Estados Confederados da América ou Cruz-Sulista

Quando um atirador matou no dia 17 de junho de 2015 nove pessoas em igreja da comunidade negra na cidade de Charleston, no estado americano da Carolina do Sul, o atirador usava como símbolo e aparecia em fotos com uma bandeira dos Estados Confederados da América (Confederate States of America).

Mas o que são os Estados Confederados da América e por que este símbolo muitas vezes usados por grupos de motociclistas e bandas e fãs de rock, foi usada no ataque a igreja e por que ela tem ligação com o ódio racial?

Primeiro, temos que voltar no tempo mais precisamente entre os anos de 1861 a 1865 na Guerra Civil Americana.

Dimebag Darell usando uma guitarra com a bandeira dos Estados Confederados

No período da Guerra Civil Americana ou Guerra de Secessão, houve a tentativa de separação dos Estados do Sul (compostos pelos sete estados-membros fundadores: Carolina do Sul - onde houve o ataque -, Mississipi, Florida, Alabama, Geórgia, Louisiana e Texas mais os Estados da Virgínia, Arkansas, Carolina do Norte, Tenessee, Missouri e Kentucky) que eram defensores da escravidão em relação aos EUA.

Com isso há controvérsias de que a bandeira dos Estados Confederados representam uma supremacia branca com intuito de ódio racial, sendo usada por grupos racistas como o Ku Klux Klan.

Para outros, a bandeira é um símbolo histórico e representativo da história americana. Esta bandeira sempre foi um assunto de discussão e polêmica ao tratar de racismo e supremacia étnica.

Tanto que atualmente, alguns políticos e cidadãos querem a retirada da bandeira hasteada em prédios públicos alegando que este símbolo significa uma segregação racial.

  




quarta-feira, 24 de junho de 2015

INDICAÇÃO DE FILME

Hoje, quero falar sobre um filme que eu assisti no Netflix que realmente me emocionou. O filme chama-se Vozes Inocentes (Innocent Voices) de 2004.
O filme fala sobre a ditadura militar em El Salvador na década de 80 onde os militares salvadorenhos alistavam crianças de 12 anos para servir o exército do país. O filme mostra essa realidade por meio da visão de uma criança que temia ser alistado no exército de El Salvador.

Não vou falar mais para não dar "spoiler".

Aqui está o trailer. Assistam.






terça-feira, 23 de junho de 2015

Bem-vindo ao Geografando,

Este blog foi criado para falar dos assuntos sobre Geografia, Geopolítica e assuntos que buscam atender a comunidade geográfica. Sou formado em Geografia desde 2006 e pós-graduado em Gestão Ambiental e Geoprocessamento em 2012. Sempre tive o interesse por essa matéria por abranger diversos assuntos (alguns polêmicos, outros não) e por ser um apaixonado por esta disciplina. 

A intenção de fazer este blog é falar abertamente sobre determinados assuntos em que há uma certa discrepância ou falta de conhecimento e conteúdo em assuntos considerados polêmicos. Obviamente sem levantar bandeira de clube de futebol ou partido político (apesar de achar que é tudo farinha do mesmo saco).

E então vamos "geografar"?