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quinta-feira, 13 de abril de 2017

DELAÇÕES DA ODEBRECHT LEVANTAM QUESTÃO: QUAIS POLÍTICOS CHEGARÃO A 2018?

Diante da impossibilidade de o Supremo Tribunal Federal (STF) concluir os inquéritos da Lava-Jato até o ano que vem, os políticos citados na lista de Edson Fachin/Rodrigo Janot vão para as eleições gerais de 2018 carimbados com o rótulo de investigados. 

A situação ficará mais complexa para candidatos a cargos majoritários, como Senado, governos estaduais e presidência da República. Nas eleições proporcionais, a chance de se esconder em uma chapa de partidos ou na lista fechada pode aumentar as possibilidades de êxito nas urnas.

Essa dificuldade cria um outro embaraço, desta vez, para o governo. Os políticos, por uma questão de sobrevivência, também devem ter mais dificuldades em aprovar medidas impopulares, como as reformas da Previdência e trabalhista. 

“A única alternativa seria se a aprovação das reformas conseguisse dar um choque de otimismo, os investidores despejassem recursos infinitos e o otimismo remontasse à 2010. Mas isso não vai acontecer, não dá tempo”, afirmou o cientista político do Insper, Carlos Melo.

Os inquéritos abertos a partir das delações da Odebrecht provocaram estragos em linhas sucessórias estaduais importantes. Minas, Bahia, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Maranhão e outras unidades da Federação que tiveram os principais caciques partidários avariados pelas denúncias. 

Os três presidenciáveis do PSDB — Aécio Neves, Geraldo Alckmin e José Serra — têm inquéritos. Maior estrela do PT e candidato do partido ao Planalto em 2018, Luiz Inácio Lula da Silva terá de se virar para explicar-se na Justiça Federal do Paraná.

“Não há ainda como cravar que em 2018 trocaremos completamente o establishment político brasileiro. Mas teremos o início de uma renovação, que poderá vir até por dentro, com a eleição de filhos e parentes dos citados na Lava-Jato”, avaliou o analista político da XP Investimentos, Richard Bach. 
“Agora, com o levantamento dos sigilos, os vídeos dos depoimentos dos ex-executivos vão viralizar nas redes sociais”, completou Richard.

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